sábado, 22 de setembro de 2012

A crise de 1968 no “Instituto Moçambicano” na Tanzania

A História de Moçambique tem outras versões diferentes das que conta a Frelimo

O Dr. Eduardo Mondlane reconheceu que a maior parte dos dirigentes era do Sul. Defendeu-se, contudo, dizendo o seguinte: “Quando nós nomeamos indivíduos para cargos de chefia não reparamos para tribo ou região mas para a competência de cada um”. Com essas palavras o Dr. Mondlane enfureceu ainda mais os estudantes por dar a entender que as pessoas do Centro e do Norte não eram competentes. A reunião teve que ser interrompida.
Leia tudo aqui
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Comments
1
paka nkali said in reply to Tadeu Phiri...
Termina aqui ou foi derrotado? Trata-se do burro lendario que dez pessoas podem levar a um poco, mas estes dez homens podem nao conseguir faze-lo beber a agua. A historia re-escreve confrontando a monstruosidade da Frelimo que este Tadeu Phiri pregoa. Declarou-se vencido, mas ca vira com outros nomes para falar da mesma coisa. Este Tadeu Phiri e o mesmo que Miguel, ou Miguel das Asturias, Artur S. e outros nomes.
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Tadeu Phiri said...
Termino aqui esta discussão. Estou contente porque:
i. Ficou demonstrado que é falaciosa a alegação de que o sul subjuga o norte (a esmagadora maioria dos membros da comissão política da Frelimo, de ministros, de deputados... são do norte)
ii. Ficou demonstrado que as pessoas de Gaza, Inhambane e Maputo não vivem às custas do norte. Cada família lá tem que lutar pelo seu sustento como em qualquer outra parte do mundo. Aliás, uma esmagadora maioria dos homens daquela região tem que emigrar para poder sobreviver;
iii. Ficou demonstrado que as pessoas que aparecem com a tal "nova" versão da história escondem factos que não lhes interessa divulgar (Muthemba foi assassinado por um grupo liderado por Gwengere e por Nkavandame, Kankhomba foi assassinado por um grupo liderado por Kavandame, Mondlane pode ter sido assassinado pela ala que se lhe opunha, é falaciosa a ideia de que pessoas como Simango, Gwengere e outros foram APENAS presos porque pensavam de maneira diferente. Estavam a preparar uma guerra, mesmo antes da independência)
iv. Ficou provado que, mais do que trazer novos dados da história, estamos em presença de uma monstruosa manipulação política levada a cabo por pessoas que, na década 60, perderam o protagonismo no panorama político moçambicano. Alguns perderam-no porque optaram por desertar da luta de libertação e outros porque foram corridos por virtude da luta vitoriosa contra o colonialismo.
Os manipuladores terão, doravante, que ser um pouco mais cuidadosos quando quiserem falar dos aspectos acima.
3
umBhalane said...
O passado já não se consegue modificar.
Já quanto ao presente tenho dúvidas.
No que respeita ao futuro...
"Ou seja, não corresponde à verdade histórica a alegação trazida por Unbhalane de que os Ngunis chacinavam toda a gente.
Eles combinavam o terror com a cooptação."
A memória virtual deste sítio fala por mim.
Está cá tudo, escrito.
Basta conferir.
Entretanto deixo esta pérola:
« Nos primeiros anos da independência, um dos únicos ministros que representava o Centro e o Norte de Moçambique era o Alberto Joaquim Chipande.
A situação era tal que um governante queniano que foi receber uma delegação moçambicana no Aeroporto de Nairobi não conseguiu identificá-la.
Perguntou dentro do aeroporto:
“Wako wapi wana wa Msumbiji?
Na ona wareno peke ake.”
(“Onde é que estão os moçambicanos?
Só vejo brancos portugueses”) »
Afinal?
Tadeu Phir escreveu:
“Finalmente, a escolha que fez, aquando da conquista da nossa independencia não deixa dúvida do desconforto que lhe causou a vitória dos moçambicanos.
Esta é a razão porque lhe chamo colonialista frustrado e sempre rezingão.”
Contudo, umBhalane tinha questionado/perguntado:
“Finalmente, e talvez Marcelino dos Santos, Sérgio Vieira,... o possam ajudar:
- Porquê que eu sou colonialista, e Hélder Martins, Jacinto Veloso, Ganhão, Baltazar, Couto (Mia), e muitos outros não o são?
- Somos de etnias/origens diferentes?”
O ministro Queniano já tinha respondido, e
Eu, umBhalane, NÃO DURMO EM SERVIÇO
“Só vejo brancos portugueses”
Tudo farinha do mesmo saco.
É preciso acordar, abrir os olhos, porque mitologia tipo o "bom selvagem", "cabana do Pai Tomás", e outros similares, é conversa para boi dormir.
Por isso, termino quase sempre,
A LUTA É CONTÍNUA
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Tadeu Phiri said...
Uma questão que me intriga, principalmente quando trazida por pessoas que dizem ter escrito livros de história, é a confusão entre Shangana e Nguni. Este equívoco revela um profundo dêfice de conhecimento etno-histórico indisculpável para qualquer historiador que se pretende ocupar de assuntos de Moçambique.
Ngunis são um subgrupo clánico daquilo a que, depois de Chaka, veio a ser conhecido por Zulos. O Mfecane, um complexo processo demográfico e político de degenerou em sangrentas guerras na região hoje conhecida por Kwazulo-Natal, levou a que diferentes subrupos se dispersassem. O subgrupo Nguni, chefiado por Sochangane, veio a fundar um Estado na região que se estende (grosseiramente) entre Incomati e Zambeze. Outros grupos estabeleceram-se numa parte do que é hoje o Zimbabwe, fundando o reino Ndebele. Outros foram mais para o norte, estabelecendo-se na actual Angonia, partes do Malawi e partes da Zambia. Alguns historiadores dizem que alguns subgrupos Zulo estabeleceram-se tão longe como na região do Rovuma e, mesmo, na região dos Grandes Lagos.
Ora, confundir Shanganas com Ngunis seria o mesmo que confundir Ndaus com Ngunis. Aliás, este nome de Shangana designava do mesmo modo os Tsongas (um grupo étnico estabelecido entre o Incomate e o Save) e os Ndaus (um grupo estabelecido a norte do Save). Ambos os grupos foram, durante muitas décadas, conhecidos por Shanganas. Foi, aliás, me referido que, na Estação Radiofónica da Beira, quando chegava a hora de entrar a língua Ndau, dizia-se até bem entrada a década de 70 que ia entrar a língua Shangana.
O Termo Shangana, que designava os Tsongas e os Ndaus quer dizer simplesmente súbditos do Sochangane. É evidente que, aquando do Nfecana, Tsongas e Ndaus já viviam onde hoje se encontram estabelecidos. Nenhum dos dois grupos étnicos “veio de fora”. No caso dos Tsongas, clãs como Bila, Khossa, Nkuna, Macaringue, Mondlane, Macuacua, Matshinhe, Mukhavele e mutos outros já se encontravam estabelecidos onde estão hoje. É evidente que ficaram em Gaza algumas remniscências dos Ngunis, como sejam os apelidos Numaio, Mavundlas e outros. Ou nos termos Zulo que muitos dos apelidos ostentam, sobretudo nos actos laudatórios nas cerimónias familiares.
No caso da região dos Ndaus acredita-se que apelidos como Muhlanga, Dlhakama e outros seriam de influência Nguni, pois têm uma grafia e um som não usual entre os falantes daquela língua. É por isso que nem sequer são bem pronunciados pela maioria dos falantes de Ndau, soando algo como Muxanga ou Djakama quando pronunciados pelos falantes daquela língua.
Portanto, tanto os Tsongas como os Ndaus foram subjugados pela superior arte militar dos Ngunis. Estes últimos nem sequer eram numerosos. Conseguiram reinar nesse vasto território porque cooptaram famílias locais para postos de responsabilidade. Ou seja, não corresponde à verdade histórica a alegação trazida por Unbhalane de que os Ngunis chacinavam toda a gente. Eles combinavam o terror com a cooptação. É devido a essa cooptação que encontramos um Khossa como Comandante Supremo de Ngungunhane
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UmBhalane o Tadeu parece escrever com o Coronel de Tete dp "participei"!Tal e qualmente!Romancista de aldrabices para pé descalço!
São os mesmos argumentos de sempre! Machelistas!
O tal que atraiçoou o amigo, deixando aterrar o avião em solo rochoso - a Bem da Humanidade claro- porque ditadores devem levar um tiro na cabeça ou morrerem despedaçados!
É mais um "cabrito como onde está amarrado"!
6
Francisco Moises said in reply to Alberto Navarra...
Wow, muito interessante ver esta historia de Alberto Navarra. Ca ja cansei de neste blog relatar sobre o assalto ao escritorio da Frelimo em Dar Es Salaam por grupo de homens e mulheres macondes durante o qual Chissano perdeu o seu casaco e Sérgio Vieira se enfiou na latrina e se fechou por dentro impendido assim que os invasores o atingissem para lhe ensinar uma ou outra liçao por causa dos seus crimes. Por resistir aos invasores, Muthemba foi catanado na cabeça e veio a morrer no Hospital de Muhimbili em Dar-Es-Salaam.
Infelizmente, e digo infelimente, que mesmo na morte nao houve simpatia nenhuma para com Muthemba. Mondlane colocou um aviso no Instituto moçambicano sobre o dia, a hora e o lugar do enterro de Muthemba em Dar Es Salaam e nenhum, repito nenhum estudante dos acerca duma centena ou menos se dignou ir ao interro -- coisa que indignou Mondlane que ouvi a lamentar-se no instituto moçambicano sobre esta falta de simpatia e de rerspeito "por um camarada de luta."
A revolta contra liderança de Mondlane era tal que estudantes nao queriam estar e se ver num lugar onde Mondlane e os lideres da Frelimo estivessem. A outra razao, como ja disse aqui, era que Muthemba, o tio da Josina Mutemba que é hoje conhecida como Josinha Machel e o homem da rede de transmissoes no escritorio da Frelimo, era acusado de ser um agente da PIDE que transmitia informaçoes aos portugueses. Diziam as pessoas que os portugueses estavam bem informados de tudo que se passava na Frelimo em parte por causa do Mutemba. A liderança da Frelimo tinha agentes dos portugueses.
E ja disse aqui que se nao fosse Gwenjere a restringir grupos de macondes para nao recorrer a violência, o pior teria acontecido e que a invasao deu-se no dia em que Gwenjere tinha se ausentado para a cidade de Morogoro, a cerca de 100 quilometros a norte de Dar Es Salaam, em visita pastoral. E que regresso Gwenjere ficou muito triste e chorou a ouvir do que tinha acontecido. Gwenjere, padre catolico, era um santo homem que nao queria violencias entre os moçambicanos na Frelimo.
Um membro daquele grupo tinha ja ameaçada a Gwenjere com uma espada, acusando-o de estar a impedir actividades de violencia que o seu grupo queria empreender contra os liders da Frelimo visto que dizia o grupo que estes "bichos da liderança da Frelimo" so podem entender a sua propria lingua de violencia. Ja o disse aqui muitas vezes.
E ja disse neste blog muitas vezes que o grupo que se dirigiu ao escritorio da Frelimo em Maio de 1968, la tinha ido especificamente a procura de Mondlane para mata-lo. A partir daquele momento Mondlane tinha premonicoês de que iria morrer, coisa que veio publicada no "Mzalendo (O Nativo)", um jornal da lingua swahili de Dar Es Salaam.
Matar Mondlane nunca seria a resposta visto que o tirano seria sucedido por um outro tirano como na verdade aconteceu depois quando o ditador Samora Machel com o apoio dos seus comparsas assumiu a presidencia pela força das armas.
Nos queriamos uma soluçao civilisada. Queriamos que houvesse um congresso na Tanzania onde os oponentes podia ir participar e votar em eleiçoes par um nova liderancça da Frelimo. Mas para frustrar os oponentes e sabendo que ele era universalmente impopular, Mondlane e os seus comparsas dirigiram-se a Niassa donde sairam a correr quando avioes portugueses começaram a atacar o lugar do seu congresso.
Muitos de nos os opontens nao queriamos que nenhum mal fisico acontcesse a Mondlane. Queriamos que Mondlane deixasse a presidencia e regressasse se quizesse para ir ensinar la onde ensinava na Universidade de Syracuse em Nova Iorque, um emprego que ele nao queria deixar e so deixou depois de muitas pressoes dum grupo do sul na Frelimo que lhe enviou uma carta escrita em ronga dizendo que ele devia ir a Dar Es Salaam para ser o novo lider senao um chingondo como Simango tomaria a liderança. Julius Nyerere disse aos que formaram a Frelimo que ele conhecia um homem moçambicano educado de nome Eduardo Mondlane de quem muitos dos que formaram a Frelimo nao tinham ouvido e que podia dirigir a Frelimo. E finalmente dos americanos ou da CIA que lhe prometeu fundos na sua luta contra Portugal (Professor Ungar, "Africa", Stanford Univeristy Press, 1982). Até aquela altura.
Mondlane era ainda um cidadao português, talvez o unico moçamcicano que tivesse ido etudar nos Esados Unidos com um passaporte portuguese e que foi direitamente aos EUA de Lisboa. Depois de ter vivido 12 anos na America, Eduardo Mondlane se tornou tambem em cidadao americano e era cidadao americano qundo dirigia a Frelimo, coisa que eu proprio tambem faria se fosse eu. Pelo que nunca largarei a minha cidadania canadiana. Vivi com o estatuto de refugiado por muitos anos e nao é uma piada quando alguem é indesejado em todas as partes do mundo.
Que Gwenjere e Nkavandame estavam no mesmo grupo? Quem escreve aqui? Estou a desconfiar que seja um certo Sérgio Vieira para justificar porque é que a Frelimo dele assassinou o Gwenjere e Nkavandame ou o individuo que por ca marimba com tantos nomes como o numero das estrelas no céu e que decidi ja nao entreter. Penso que se trata dum individuo diferente. Se soubesse que se trata do mesmo individuo que por aqui marimba nao teria perdido o meu tempo respondendo a Alberto Navarra. E respondi lhe com todo o devido respeito sem caracterisaçoes de insultos.
Gwenjere vivia em Dar Es Salaam e Nkavandame vivia em Mtwara e Nkavandame nao era do Grupo de Baraza la Wazee (ler wazé -- swahili para significar Comité dos ancioes") que estava em Dar Es Salaam, um grupo de ancioes makondes que se opunham a liderança do Mondlane. Este grup era muito secreto e so Gwenjere é que lidava com eles.
O senhor Alberto nada ganha ao recorrer a mesma linguage abusiva do individduo que por aqui marimba em prol da Frelimo a designar de "novos" historiadores àqueles que viveram a historia e que estao dando uma versao diferente da Historia da Frelimo a da liderança da Frelimo. Ou é o mesmo individuo com ainda um outro novo nome. Se é, que Deus me perdoe que perdi o meu rico tempo em responder aqui.
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umBhalane said...
Verifico, constato, caro Tadeu Phiri o seu desconforto total perante o que explanei, frente a factos concretos perpetrados pela sua frelimo, o seu modo de implantação em Moçambique, recorrendo a más práticas, práticas terroristas, com nefastos traumas na sociedade Moçambicana, que perduram até hoje.
Actos concretos, práticas que levaram a que o Povo Moçambicano pegasse novamente em armas contra o TIRANO interno, estrangeirados catequizados por doutrinas completamente alheias ao querer, à vontade do Povo Moçambicano – daí a guerra civil, da única e exclusiva responsabilidade da Frelimo, esta Frelimo hegemónica, depurada das elites não comunistas, e apropriada por um núcleo de pseudo-libertadores, curiosamente, e talvez por mera coincidência, da mesma “família”.
Não questionou, não replicou às questões centrais que coloquei.
Preferiu a fuga em frente – e mais uma vez recorre a chavões, a vulgaridades, à banalidade do colonialismo.
Colonialismo que é/foi um sistema de governação, e/ou exploração.
Qua agora se continua, e vai continuar, uma vez substituído o governador-geral por um presidente “pedinte”.
Mudou a cor, dirá, atributo “importante”!
Cada qual dá importância ao que quer.
E depois vem com o argumento das classes, coisa que sempre pensei ser coisa arrumada na frelimo do homem novo.
Dando de barato o seu argumento, então um individuo proveniente de quaisquer classes não pode inflectir, colocar-se noutro patamar de lógica política, de acção? Mesmo social?
Não são oriundos da burguesia, mesmo alta burguesia, os grandes líderes de “esquerda”?
Ou vieram das classes mais baixas, e desfavorecidas?
Temos que fazer como na Índia, e estabelecer as castas – e nunca ser permitido mudar, ter pensamento próprio.
Bom sistema!
A perpetuação do imobilismo.
Como o compreendo.
Mas não aceito.
Caro Tadeu Phiri, nunca aceitei a frelimo, simplesmente porque era necessário “matar” o meu Pai e a minha Mãe, sentido figurado, claro.
Nunca aceitei ser um boneco de corda, o pensamento único, a correia de transmissão de um grupo cujas práticas abominava.
Mesmo a troco de posições privilegiadas.
Só que o preço era demasiado alto.
E a maior parte, rio-me, estão por aqui, agora, e de há muito tempo para cá!!!
Está cheio!!!
Mas quantos traíram, quantos ajudaram a perseguir, assassinar, esbulhar,…
A mera hipótese do arbítrio de escolha é-lhe desconfortável – e eu sei porquê.
A isso chama-se liberdade, liberdade individual, liberdade de pensamento e sua expressão.
Conceitos estranhos para muito boa gente.
E por falar em liberdade, libertação, é bom ter respeito pelas palavras, seu significado.
A frelimo NUNCA foi, nem é partidário da liberdade, ou libertação.
Ponto final.
Os Moçambicanos sabem, e pagaram um preço demasiado alto pela “libertação” da frelimo.
A frelimo nunca fez uma guerra de “libertação”, fez sim uma guerra de independência.
Tão diferentes foram os conceitos, a sua tradução, que independência não significou libertação, liberdade.
Antes pelo contrário.
Redundou num sistema de perseguição sistemática, anárquica, oportunista, sem regras.
Instaurou-se o terror, o medo, a fome, a deportação, a concentração de cidadãos que NUNCA viram raiar a luz da tão ansiada liberdade.
Substituiu-se um mal, por outro mal bem maior.
Mas estes conceitos são-lhe estranhos.
O Sr. é, afinal, um beneficiário do sistema.
Faz parte.
Mas já aceitou que quem pagou o preço mais alto da guerra de independência foram os Povos onde ela decorreu. Vá lá!
Vendo a colecção de personalidades moçambicanas, um exemplo do dia-a-dia, comezinho, vulgar da realidade de Moçambique da frelimo, verificamos:
1 - Ngungunhane
2 - Eduardo Mondlane
3 - SAMORA MACHEL

A lógica é sempre a mesma – a lógica N’Guni, a supremacia, o domínio, o comando,…
Antes de Gungunhana não havia história, nem ninguém digno dela – era o vazio, o deserto.
Depois, entre Gungunhana e Mondlane também não – foi outro vazio, outro hiato;
Apareceu depois Samora.
Quem vem a seguir – Chissano, Guebuza – agora que estão alertados, podem correr para alterar.
Ponham um Chingondo assimilado no meio.
Fica bem.
Insisto nas perguntas:
– Quando pedem desculpa ao Povo Moçambicano pelos crimes cometidos?
- Quando devolvem/entregam os restos mortais das vossa vítimas assassinadas sem culpa formada, sem julgamento, sem quaisquer hipóteses de defesa,...,às respectivas Famílias?
Quando?
A LUTA É CONTÍNUA.

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Tadeu Phiri said...
Veja, caro Unbhalane, que eu nem o conheço pessoalmente. Pude apenas avalia-lo pelo que escreve. A sua simpatia pelo colonialismo derrubado em 1974 é indisfarçável! O seu ódio e rancor pelos movimentos de libertação que derrotaram o colonialismo é patente em cada palavra que escreve! A sua frustração por Moçambique ter conquistado a sua independência vê-se quase que graficamente! O seu saudosismo pelo sistema colonial, onde o indígena era tratado pior que burro de carga é transparente (de nada serve o facto de o senhor seu pai ter sido pedreiro. Normalmente é nas classes baixas onde se alojam todos os extremismos). Finalmente, a escolha que fez, aquando da conquista da nossa independencia não deixa dúvida do desconforto que lhe causou a vitória dos moçambicanos. Esta é a razão porque lhe chamo colonialista frustrado e sempre rezingão.
Ninguém, muito menos eu, nega o sacrifício que as populações de Cabo Delgado, Niassa, Tete, Manica e Sofala prestaram à libertação do país. Nego, isso sim, as suas torpes tentativas de medir o sangue que os vários grupos étnicos derramaram pela conquista da liberdade. Moçambicanos de todas as origens deram o que tinham de mais precioso no processo de libertação do país. Os combatentes destacados para cada uma dessas províncias não o eram em razão da sua tribo. Houve vários shanganas ou ndaus que sucumbiram em Cabo Delgado, Niassa, Tete, Manica e Sofala. Houve muitos macondes ou senas que morreram no Niassa. E assim sucessivamente. Para agravar estes sacrifícios, houve a famigerada pide em todas as aldeias, vilas e cidades que prendeu, torturou e assassinou centenas, se não milhares, de moçambicanos. Vá ao Ibo contar os coqueiros plantados em cada tumba e procure apurar, se puder, a tribo de cada um dos que ali foi massacrado. Vai ver as paredes pintadas de sangue das celas de Djamangwane = Cadeia da Machava = e tente determinar a tribo da pessoa que o verteu!
Esclarecimentos adicionais para quem interessar. Eu nao defendo a tese de que foram as pessoas do sul que iniciaram a luta. Respondendo a um tribalista que afirmava que o ªterrorismoª e a ªsubversaoª teriam somente sido protagonizados por pessoas do norte-centro, eu procurei demonstrar que o primeiro movimento de libertacao contemporaneo foi fundado por pessoas do sul. E que havia pessoas do sul entre os que deram alguns passos para fundir os 3 movimentos em Accra. Isto para reforcar a ideia de que a luta foi feita por mocambicanos do Rovuma ao Maputo.
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umBhalane said...
Caro Sr. Tadeu Phiri
Este estado da “Nação” é bom, está bom!!!!
Este estar das coisas, este imobilismo está bom – para quê mexer?
Quem beneficia? Quem é beneficiado?
Acho normal haver defensores do regime totalitário da Frelimo, da sua forma de (des)governar Moçambique.
Até acho muito bom virem aqui escrever, defender a sua dama.
Idi Amin, Bokassa, Mobutu, Mugabe, al-Gaddafi,…, e tantos outros da mesma laia, tiveram/têm sempre os seus partidários.
Até mesmo em Moçambique.
É normal.
A sua fuga em frente, chamando de colonialista, e fazendo tábua rasa dos sacrifícios das populações mais atingidas pela guerra, precisamente onde a guerra aconteceu, é uma manobra que não cola.
Porque, contra factos não há argumentos.
Agora, o Sr. que é um defensor do regime, queira por favor explicar-me porquê que eu sou colonialista?
- Por ser branco (de 2ª classe)?
- Por ser filho de um trabalhador da Sena Sugar Estates, serralheiro/operário, que vestia fato-macaco , e se deslocava numa ginga para o seu serviço?
- Por não ter aderido à Frelimo, ao comunismo retrógrado imposto pelo terror, com o beneplácito dos comunistas infiltrados nas FA portuguesas, URSS/RPChina & outros?
Finalmente, e talvez Marcelino dos Santos, Sérgio Vieira,... o possam ajudar:
- Porquê que eu sou colonialista, e Hélder Martins, Jacinto Veloso, Ganhão, Baltazar, Couto (Mia), e muitos outros não o são?
- Somos de etnias/origens diferentes?
Por favor não me venha com a velha tese da independência unilateral tipo Smith, ou que não aceitava um governo de maioria negra – esse disco já está muito gasto – já nem toca.
E pode escrever em tese geral, não personalizando, se quiser – isto para facilitar a sua argumentação.
E já agora, porquê que “aquele” operário que substituiu o Sr. meu Pai, o “serralheiro” que trabalha agora na Companhia de Sena, também empresa estrangeira e capitalista, não é colonialista, pese o facto de também ser branco, e até da mesma origem/etnia?
E, se recuar no tempo, na história, porquê que os “cooperantes” que começaram a chegar a Moçambique, enviados com credenciais do PCP (partido comunista português), logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, e que foram usufruir 4 e 5 vezes mais que os ditos “colonialistas”, os “exploradores do Povo”, esses já não eram colonialistas???!!!
Ou até, para falar de tempos mais recentes, p.e., aqueles que construíram a ponte do Zambeze, Caia-Chimuara?
Para terminar, gostaria também de ser esclarecido, QUEM??? é que afinal derrotou o tal colonialismo:
- PAIGC/Guiné Bissau, o “Vietnam português”?
- UPA/FNLA, de Angola?
- MPLA, de Angola?
- UNITA, de Angola?
- Frelimo, de Moçambique?
- Coremo, de Moçambique?
- PCP, de Portugal?
- PCUS, da URSS?
- Vários outros?
Eu preciso de entregar a taça, e estou muito confuso!!!
E, os Srs. passam a vida a reclamar a taça, sozinhos, ainda por cima!!!
É costume dos N’Gunis.
Eles é que são, os outros não prestam, servem apenas para serem mandados, pisados,…
Como vê, a mentira, a propaganda barata, tem perna curta, pés de barro.
A modéstia, o reconhecimento da verdade histórica, dos crimes praticados, das más práticas de terror impostas a Moçambique pela frelimo, ESTA frelimo (N’Gunis),…,ficariam bem.
Mal que pergunte, quando vão devolver as ossadas, os restos mortais das vossas vítimas, para as Famílias fazerem o seu luto, encerrarem definitivamente esse drama, esse trauma?
Fazerem as suas cerimónias, enterrar nos locais certos os seus familiares assassinados.
Quando é que vão pedir perdão, desculpas públicas ao Povo Moçambicano?
Não será esse o caminho CERTO da reconciliação, da unidade, e da paz?
Afinal quem é que divide, oprime, despreza, desrespeita, humilha,…,???
A LUTA É CONTÍNUA
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Alberto Navarra said...
Algumas coisas que os "novos" historiadores não dizem:
(i) O grupo liderado por Gwengere e Nkavandame (os tais Baraza qualquer coisa) organizaram uma manifestação para liquidar por completo a direcção da FRELIMO. Para o efeito, dirigiram-se à sede do Movimento onde lograram assassinar Mateus sansão Muthemba. Outros que lá se encontravam (Chissano, Rebelo e Sérgio) conseguiram escapar - Nunca ouvi ninguém a chamar assassinos aos organizadores desta matança parcialmente bem sucedida;
(ii) O grupo dirigido por Nkavandame organizou o assassinato de Paulo Samuel Nkankhomba - Nunca ouvi ninguém chamar assassino a este desertor, que se entregou aos portugueses;
(iii) Mondlane foi assassinado. Muitos dos "novos" historiadores já nos demonstraram como, de forma violenta, se opunham a este dirigente; Já, também, nos demonstraram como Gwengere, Nkavandame, Simango e outros se opunham a este líder; estes "novos" historiadores já se cansaram de nos ensinar que Mondlane era aliado próximo de Samora, de Chissano, de Marcelino e de Guebuza. Quem então o assassinou? Os que se opunham a ele ou os seus aliados?
(iv) Tenho lido que a Frelimo prendeu e assassinou adversários apenas porque tinham ideias contrárias. Ninguém diz, por exemplo, que o Rev. Simango não foi preso numa igreja a pregar o evangelho. Ele foi preso no Malawi quando, activamente, procurava cativar alguns poderes regionais para apoiarem um levantamento armado contra o novo poder que emergia em Moçambique. Para este mesmo efeito já estivera na Rodesia e na Africa do Sul. E, de acordo com Nkomo, já havia iniciado a guerra psicológica ao distribuir frquentes comunicados de guerra nos quais afirmava ter morto milhares de soldados da Frelimo. Isso tudo antes da Independência!
(iv) Em resumo, os "novos" historiadores ocultam a face traiçoeira, assassina, violenta e, em alguns casos, desertora dos adversários da Frelimo.
Se se critica a Frelimo por praticar uma historiografia parcial, esperava que os novos historiadores propusessem uma historiografia mais imparcial, em que todos os factos se apresentam na sua crueza. Estão preparados para isso os "novos" historiadores?
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paka nkali said in reply to Tadeu Phiri...
Olha, Tadeu Phiri, se voce nao tem nada a dizer é melhor calar-se em vez de se dar muita pena e arder como uma pessoa queimada. Assim voce nao ensina nada a ninguem.
Foi o proprio Samora Machel que disse a Braz, um amigo analfabeto dele e como ele que ele colocou como chefe do posto algures no Niassa: "quando eu enviar pessoas do sul para os campos de re-educaçao, voce deve mesmo castiga-las, deve castiga-las mais do que as pessoas doutras regioes porque estas pessoas do sul teem muito do colonialismo na cabeça e nao conheceram a guerra."
Estas coisas de vitorias de que voce fala sao coisas ultrapassadas e a bem dizer nao houve vitoria militar da Frelimo sobre os portugueses, o que explica porque a Frelimo negociou com os portugueses para a retirada das forças militares portuguesas e a administraçao portuguesas de Moçambique e ambos os lados assinaram um acordo em Lusaka neste sentido.
Do ton da sua voz, voce esta tonto visto que umBhalane demonstrou quao deshumana e primitiva é a natureza da Frelimo e umBhalane nao louvou os colonialistas portugueses.
O senhor é bem racista. Deixa do racismo. Pessoas nada aprendem dos seus berros e ladros aqui.
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Tadeu Phiri said...
Os colonialistas derrotados e escorraçados pela luta vitoriosa do nosso povo unido do Rovuma ao Maputo voltam agora para, na sua raiva, nos dividir. Tentam pesar os sacrifícios que, como povo, consentimos para os derrotar. Parece que tinham uma balança para pesar o sangue derramado pelo povo combatente: Os macondes perderam tantos litros! dizem eles. Os Nyanjas derramaram um pouco menos! repetem eles. Os Nyungwes derramaram algum! procuram eles ensinar. Os Shanganas e os Rongas não derramaram nenhum! Concluem eles, pensando que dessa forma dividem o povo que os escorraçou daqui.
Os moçambicanos sabem que em Nachingweia existiam combatentes de todas as etnias (ou nações) de Moçambique. Que nas diferentes bases, em Cabo Delgado, Niassa, Tete, Manica e Sofala os guerrilheiros não se identificavam pelas tribos.
Fracassaram antes no seu afã divisionista. Fracaçarão agora e no futuro.
Caro Unbhalane, as cadeias da Pide que se localizavam em todo o nosso país não prendiam tribos. Prendiam e torturavam combatentes moçambicanos que lutavam para expulsar os colonialistas.
Tadeu Phiri
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Francisco Moises said...
No seu artigo magistral, Lawe Laweki falou de alguns pontos tais como o caso do cao de Mondlane e do Luis Diogo que se encontrou em situaçao caotica com Chissano depois dele ter sujado o quadro que tinha os resultados do fim do ano com os seus resultados que demonstravam que ele tinha reprovado, coisa que aconteceu antes da chegada do grupo dos ex-seminaristas no Instituto. Obviamente ha muitos factos que agora se encontram na camada das nuvens visto que muitos de nos nao escreviamos o que se passava e a memoria depois de 43 anos mais ou menos (1968-2011) nao se recorda bem dos factos. Mas ha individuos com memorias muito fortes.
Para me refrescar, alguns dias atras dei um toque ao velho Chataika na urbe onde vivo para obter explicaçao do caso do cao de Mondlane que se dizia que era dado a mesma quantia de carne como os estudantes do Instituto moçambicano.
E quanto as aventuras do Luis Diogo ouviremos certas das coisas na sua propria voz e resumirei o resto.
Depois de dizer a Chataika que eu pessoalmente tinha ouvido primeiro do Gwenjere que o cao de Mondlane comia a mesma quantia de carne como comiam o conjunto dos estudantes do Instituto moçambicano, perguntei-lhe se sabia quem teria dado esta informaçao a Gwenjere.
Chataika disse: "o cao de Mondlane era muito grande e comia muito -- muita carne. Gwenjere obteve a informaçao do cozinheiro de Mondlane que comprava a carne para os estudantes e para o cao - 4 kilos para o cao e 4 kilos para os estudantes. Depois da critica do Gwenjere, o cao passou a comer 2 kilos."
EU: "na minha opiniao, achei que a comida no Instituto era boa. O que é que voce pensa do que se lembra?"
É de salientar que a divulgaçao deste caso do cao de Mondlane deu-se muito depois da rebeliao dos estudantes ter começado pelo que nao foi de nenhuma maneira uma das causas da rebeliao.
Chataika: "A comida nao era ma. Mas como voce sabe, nao é, estudantes sao sempre estudantes e dirao sempre a alguma coisa negativa." Eu pessoalmente nao ouvi nada de negativo sobre a comida como tal.
Luis Diogo (que a sua alma repose em paz!) faleceu alguns anos atras em Milange na Zambézia. Foi um dos maiores aventureiros moçambicanos dentre os que conheci. Como disse: o grupo dos ex-seminaristas nao viveram o periodo da sua confrontaçao com os lideres da Frelimo. Vi a conhecer Luis Diogo em Nairobi quando la cheguei e foi o primeiro moçambicano a partir para os Estados Unidos. Um belo dia, estive com ele e na companhia de outros na Casa No. 14 de Ngara onde alguns refugiados moçambicanos viviam.
Diogo narrou as suas aventuras: "Ninguem sabia que era eu que tinha sujado o quadro com os resultados."
Ca retiro a voz do Diogo para nao escandalisar as pessoas com as suas proprias palavras. Luis Diogo era um rapaz bonito e era quase irresistivel por muitas raparigas. Teve relaçoes com a Marcela, a entao namorada do Chissano que veio a se tornar a esposa deste ulimo. Na ocasiao de intimidade, foi entao que Diogo divulgou a Marcela que tinha sido ele que tinha sujado o quadro com os resultados do fim do ano. A Marcela foi depois informar a Chissano. Depois uma tempestade surgiu.
Diogo: "Convocou-se uma reuniao no Instituto moçambicano e Chissano denounciou-me como tendo sido a pessoa que tinha sujado o quadro e disse que eu devia logo partir para Nachingwea, o que aceitei fazer. Eu levantei me e disse a Chissano: Se voce camarada Chissano jamais comparecer onde eu estiver armado, voce recebera um tiro de mim. Eu parti para Nachingwea onde fui treinado e fui depois enviado para Cabo Delgado num grupo de pessoas que deviam ser castigados. Mas na base, em vez de ser castigado por um comandante que me conhecia, fui dado a missao de estabelecer uma base na regiao de Mueda com o meu grupo e la combatemos duramente.
"Os Portugueses eram muito bons com morteiros. Quando lançamos obuses de morteiros e logo depois deviamos no retirar da posicao para irmos a alguns metros dai visto que a resposta dos portugueses cairia exactamente no lugar donde tinhamos lançados os nossos obuses."
Esta pontaria dos portugueses com morteiros e lança-granadas era muito bem conhecida e os guerrilheiros sempre procediam assim depois de lançar obuses de morteiros contra os portugueses. Retiravam-se imediatamente ou fugiam do lugar que era para nao serem martelados com respostas dos soldados portugueses.
Digo: "Uma tarde atacamos a base aérea de Mueda com morteiros e danificamos alguns avioes que estiveram no terreno. Depois de estar a combater durante muito tempo e sem esperança de jamais sair dai, um dia convoquei os meus soldados e transferi o comando ao meu vice e disse-lhes que eu ia me embora. Assim sai dai.
Atravessei o Rovuma e encontrei-me a andar na Tanzania, armado com a minha pistola. Um dia cheguei a numa palhota onde os donos nao estiveram la. Havia uma panela com carne a ferver. Eu tinha muita fome. Tirei a panela do fogo e toquei a comer a carne.
"Foi entao que algumas mulheres regressavam do poço com cantaros na cabeça e nao entendiam o que eu fazia. Tentaram me assaltar e eu tirei a minha pistola e deu um tiro no ar e ordenei que elas se deitassem no chao senao eu havia de mata-las. Isto o fizeram. Depois de eu comer, caguei na panela e continuei a marchar. Algures no sul da Tanzania assaltei uma loja e consegui bastante dinheiro e desapareci até a uma regiao onde pude comprar um bilhete para Dar Es Salaam e dai para ca, Nairobi."
Luis Diogo, enquanto estudante em Nairobi, conseguiu um capitalista americano de California que decidiu adopta-lo como o seu proprio filho. Em California, em vez de estudar, Luis Diogo ajuntou-se a um grupo de bandidos consumidores de drogas a quem ele começou a ensinar a guerrilla. E um belo dia o grupo comandado por ele foi atacar um banco com muito sucesso e sairam dai com mito dinheiro, mas um dos bandidos foi apanhado e revelou tudo a FBI (policia de investigaçao criminal dos Estados Unidos).
Um dos guardas no banco que tinha combatido no Vietname, louvou a tactica utilisada no assalto e disse que mesmo no Vietname, ele nunca tinha visto uma tal tactica utilisada pelos Vietcongs.
Diogo foi expulso dos Estados Unidos e regressou a Nairobi.
No dia que o vi depois do seu regresso da América, Diogo com um outro moçambicano estava andar descalço e com uma banda de pano vermelho atada em redor da sua cabeça no River Road que sai da baixa de Nairobi para os suburbios de Ngara e de Eastleigh. Ja tinha ouvido que ele estava de regresso da América donde tinha sido expulso.
Diogo que tinha ja conseguido o sutaque Americano empreendeu viagens para a Tanzania onde foi a uma escola de raparigas em Mbeya para prometer ajuda americana as estudantes daquela escola. Durante esta aventura Diogo chamava-se Bob Williams. Foi dado uma grande recepçao e aproveitou-se da aldrabice para fazer amores com algumas raparigas com o conhecimento e mesmo encorajamento do gerente da escola que esperava muito dinheiro da América.
Antes da independencia, ele foi a Malawi e depois da independencia tratou de ir viver em Quelimane, onde o seu tio Bonifacio Gruveta decidiu guarda-lo na sua casa e rogou-lhe que estivesse a viver na casa dele como um trabalhador que era para as pessoas nao o reconhecerem.
Mas Diogo nao escutou. Foi entao que foi ajuntar-se as Forças Populares de Libertaçao de Moçambique, as FPLM, e destacou-se em Quelimane.
E um dia Samora Machel chegou-la e ele decidiu fazer parte da guarda de honra que ia receber Samora Machel. Quando Samora fazia a inspecçao da guarda de honra, passou por ele e pensou que o tinha ja visto algures e passou, mas depois Machel regressou a ele. Verificou-o bem e disse: "tu nao es Luis Diogo?" Ele nao respondeu. Machel deu a ordem para que ele fosse preso la mesmo e assim foi preso e enviado para um dos campos de concentraçao do norte. O seu tio Bonifacio Gruveta trabalhou muito para que ele nao fosse morto e assim nao foi morto e sobreviveu até depois da guerra civil.
E veio a morrer em Milange depois da guerra civil, alguns 4 a 5 anos atras.
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umBhalane said in reply to Defensor dos Corruptos...
Terrorismo, a palavra que entrou no uso corrente, e por extensão, após os massacres perpetrados pela UPA/Holden Roberto em Angola, para designar os movimentos que se opunham à administração portuguesa.
De facto, o início da guerra em Angola, por parte da UPA, foi uma prática terrorista, condenada até pelos camaradas do MPLA, tão repugnante foi.
Em Moçambique, a prática dos contentores foi diferente, passe alguns casos esporádicos, não a regra, que foram praticados por ambos os lados.
Com o devido respeito, e tanto como é do meu conhecimento, é impróprio chamar terrorismo à guerra levada a cabo pelos Povos aludidos.
De resto, a resistência à administração Portuguesa sempre foi mais forte, mais persistente, no centro e norte, do que no sul (Pélissier, e várias outras fontes Portuguesas).
Tanto na guerra de 1895, contra o ladrão de cabritos e galinhas, aquele cobarde gordo e bêbado, como depois com o desmantelamento total da rede subversiva N’Guni no sul, já na pré-guerra de independência, a resolução das dificuldades por parte das autoridades Portuguesas foi relativamente fácil.
Não restam quaisquer dúvidas, que mais uma vez, e durante toda a guerra de independência, a carne para canhão foram os outros Povos/Nações, do norte e do centro, agora já em Moçambique, esta realidade Estado, construção Portuguesa.
O alto preço da guerra de independência foi pago onde a guerra existiu, decorreu de facto – Cabo Delgado, Niassa, Tete, Manica, Sofala.
E foram os Povos dessas zonas que o pagaram.
Ponto final.
Falar de terrorismo em Moçambique, só é próprio se relacionado com os actos praticados com a eliminação, assassínios metódicos e sistemáticos de milhares de cidadãos que atrapalhavam o assalto ao poder pela camarilha que actualmente o detém, aos massacres hediondos das elites que não perfilavam o modelo comunista (queimados vivos, fuzilados, mortos por fome, maus tratos e doenças, e vários outros), sem culpa formada, sem julgamento, sem defesa.
Terrorismo foi a prática que o (des)governo da Frelimo utilizou quando entrou em Moçambique, para impor a sua vontade, com o uso sistemático de medidas violentas – campos de concentração, deportação de populações, fuzilamentos, prisões arbitrárias, espancamentos, perseguições religiosas, política e sociais,…
Falar de terrorismo em Moçambique, só faz sentido se referido à Frelimo, e suas más práticas.
Na verdade, são terroristas, e está devidamente comprovado.
Ponto final.
A LUTA É CONTÍNUA.
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umBhalane said...
Caros Chingondos.
Estão a cair na armadilha do N'Guni.
Há Povos/Nações do Sul que foram massacrados, escravizados, aculturados pelos N'Gunis, esses que fugiram derrotados por TChaka, e na fuga precipitada/veloz que empreenderam para norte, entraram nos territórios que hoje fazem parte de Moçambique, que não existia de facto, com a realidade que hoje conhecemos.
AINDA (construção Portuguesa).
Esses invasores, parasitas, viviam do saque/rapinas, e dos tributos impostos aos Povos que escravizavam.
Povos que eram agricultores, e criadores de gado.
Povos pacíficos.
Que não habituados à guerra, foram presas fáceis dos N'Gunis.
Ficaram sem terras, sem mulheres/maridos, sem filhos, sem pais e avós.
Foram esbulhados de tudo – cultura, raízes, bens materiais e espirituais.
Foram, os escolhidos, os homens jovens para carne para canhão – eram a frente de combate contra as outras etnias, sempre sob o comando de N’Gunis, que assim não se expunham à morte em combate.
Os Velhos, e crianças de tenra idade, ou os que não acompanhavam as marcas forçadas , eram de imediato motos.
A mortandade era medonha.
Bastas áreas das savanas ficaram despovoadas.
Os Povos fugiram como puderam, inclusivamente para norte do Zambeze e territórios vizinhos.
Por onde passavam os N’Gunis, era como se passassem nuvens de gafanhotos, seguido de seca e incêndios.
Arrasavam tudo.
O terror imperava, o saque e a escravização eram os únicos objectivos.
Ainda hoje, e vão continuar, porque esse é o seu espírito, cantam assim:
Sya hamba syo gwaza mathonga
Simabulale sibanga umhlaba
Sibuse.
Vamos matar os Varhonga,
Matá-los e apoderar-nos das suas terras
Va yiphi a mabantu valazizweni
Ave ko a baze si vabulala
Onde estão os donos desta terra?
Não estão?! Que venham para serem mortos
Uya ri khalele mani muhlaba
Kuse manange

Coro
Gii yooo uya ni khalele mani m'hlaba
Kuse mananga
Uya khale mani m'hlaba
Ku se mananga.
O murhonga chora quando lhe penetramos a zagaia
Espete-a mais a fundo para ele sofrer mais
Retire a sua zagaia com os intestinos da vítima
Os N’Gunis deliciavam-se com o sofrimento dos seus inimigos quando espetados com uma lança ou zagaia.
Adoravam, sobretudo, ver os intestinos da vítima fora.
COMEMORAM. FESTEJAM. PROVOCAM.
O único problema, o problema central são os N’Gunis, os seus descendentes, que ainda hoje dominam a máquina do Estado de Moçambique, e a puseram a funcionar em benefício próprio.
Apropriaram-se do Estado.
Privatizaram o Estado de Moçambique a favor deles, cabritos e alguns assimilados.
É preciso definir concretamente o inimigo – os N’Gunis, a frelimo.
O resto é conversa para boi dormir.

A LUTA É CONTÍNUA.
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Francisco Moises said...
Se alguem me insultar neste blog, reagirei com as palavras "Lido e ignorado" e ignorarei o que o individuo disser seja a meu respeito ou a respeito de qualquer outro assunto neste blog. Isto sera para evitiar a tendencia de responder e ter que fazer outros insultos e depois me abaixar ao nivel do insultador. Mas nao vou abandonar este blog por causa de insultos.
Reconheço que reagi com insultos contra Paul Fauvet por ele me ter lançado insultos sem nenhuma razao visto que eu nao tinha tido argumentos com ele e por outras razoes que ja expliquei. Mesmo se eu tivesse tido argumentos com ele, nao deveria ser a razao para ele me insultar. Se ele tiver que reagir contra o que eu direi no futuro, que o faça com respeito e poderei, se sera necessario, lhe responder, observando as regras de decencia e delicadeza.
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paka nkali said in reply to Defensor dos Corruptos...
Tens razao Defensor dos Corruptos. Este Tadeu Phiri dele divaga muito com fantasias. O dinheiro ganho pelos mineiros do sul na Afria do sul utilisado pela Frelimo para desenvolver todo o moçambique? Que fantasia tao rata e barata. Até o mundo apercebe-se que o governo da Frelimo se interessa mais pelo sul do que pelo centro e pelo norte. Angaria todo o apoio para forasteiro para Maputo. Chegara o dia quando esta macacada toda tera o seu fim estes LAMBEBOTAS que dizem asneiras aqui trocarao a tinta. Ele diz tambem que a Frelimo foi a obra de pessoas do sul. Estiveram la os macondes com a sua Manu e o centro com a sua UNAMI e pessoas do sul. O que esta em questao é igualdade de todos os moçambicanos com vozes e nao aqueles lambebotas chingondos estupidos como Pachinuapa, Gruveta (que descanse em paz), Chipande e tantos outros fantoches que estao la na Frelimo ajoelhando-se sempre perante os seus chefes do sul: Mondlane, Machel, Chissano, Guebuza e o proximo que tambe sera do sul.
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Tadeu Phiri said...
É interessante ver que, quando confrontada com dados e factos a atoarda de que o norte estava a ser subjugado pelo sul, um comentador, em forma de fuga para frente, lançou outra alegação sem bases: a de que o sul vive dos impostos do norte. Cita para o efeito Mpanda N'kuwa, Carvão de Moatize e Gás de Cabo Delgado.
O comentário anterior é em resposta a essa nova mentira.
Tadeu Phiri
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tadeu phiri said...
É estranha a ideia que alguns comentadores têm do sul. Para muitos deles, as pessoas de Gaza, Inhambane e Maputo quando acordam só ficam à espera dos rendimentos do carvão de Tete ou do gás de Cabo Delgado. Há pessoas que pensam que, sem essa exploração dos recursos do norte, as pessoas de Inhambane, Gaza e Maputo estariam mortas de fome. Esquecem esses indivíduos que nenhuma quinhenta foi ainda produzida por esse carvão e por esse gás!
Para quem conhece minimamente o sul, há-de saber que já desde os finais do século XIX os homens lá nascidos emigram para as minas de África do Sul, por exemplo. Ainda hoje, mais de metade dos homens válidos de Gaza, Inhambane e Maputo labuta na África do Sul (muitos como emigrantes ilegais). As remessas, antes em ouro e agora em divisas, ajudaram e continuam a ajudar a construir este país, do norte a sul. Nunca ouvimos as pessoas de Gaza, Inhambane e Maputo a reclamar que esses rendimentos deveriam apenas servir para desenvolver o sul.
Mais ainda, a economia do sul foi estruturada como uma economia de serviços em direcção à Africa do Sul, à swazilândia e ao Zimbabwe. Os seus Portos, as suas linhas férreas, as suas estradas, os seus bancos, os seus seguros... geram uma renda elevadíssima que ajuda a construir Moçambique do norte a sul.
Por isso era bom que se soubesse que o sul tem uma economia bastante produtiva, os rongas, shanganas, matswas, chopes e bitongas não são chulos nenhuns. São povos bastante trabalhadores que nao carecem de explorar o suor nem do norte, nem do centro. De tanto trabalharem, não têm sequer tempo de andarem por aí a reclamar.
Sobre a luta contra o colonialismo, acho bastante peregrina a ideia que se lança aqui de que enquanto os povos do norte lutavam, os do sul ficavam a dormir. Os mesmos factos que alguns desertores da luta de libertação trazem aqui desmentem essa atoarda. Em Maputo e Gaza desenvolveu-se um intenso movimento reivindicativo nas aldeias, vilas e cidades. Para confirmar isso é só avaliar o cancioneiro popular e outras manifestações. Existem registos de movimentos organizados reivindicativos desde a segunda década do seculo XX. Para quem não sabe, até um ANC foi fundado na antiga Lourenço Marques, inspirada no ANC da África do Sul.
As pessoas que fundaram o primeiro movimento de libertação contemporâneo (UDENAMO) eram do sul - Adelino Guambe, Mahluza, Mahlayeye, Lopes Tembe, Bucuane e outros. Entre os fundadores da tal FRELIMO de Acra avultam vários cidadãos originários do sul (Adelino Guambe, Mahluza - o desertor Khamba refere-se ainda a Lopes Tembe, João Munguambe e a um tal Mandlate). Qual é esse movimento "terrorista" fundado pelos moçambicanos do norte, enquanto os do sul ficavam a dormir?
Conto essas coisas porque muitas pessoas que lêm este blog podem mesmo se convencer de que as pessoas do sul em vez de trabalhar duramente, ficam à espera de arrancar os rendimentos gerados no norte. Ou que, enquanto as pessoas do norte lutavam, eles ficavam a se espreguiçar. Tudo mentiras de tribalistas que não têm por onde pegar.
Viva Moçambique
Viva o Norte
Viva o Centro
Viva o Sul
Viva Moçambique unido e em concórdia
Tadeu Phiri
20
O sr Tadeu Phiri, o senhor está a DELIRAR uma VERDADE ABSOLUTA e lógica!
No dia em que a Frelimo VIRAR PARA O NORTE, pelo sinal de MAIORIA de elementos do Norte ( voto), há-de reparar que o estilo "soberbo" dos ngunistas, vai acabar em Moçambique.
E mesmo o nome Frelimo, vai terminar...
E quem irá EMERGIR?
Um CNT, tipo Líbia, e aí os impostos dos INVESTIMENTOS de peso, serão distribuídos pelo País, como faziam os COLONIZADORES!
Sabe que Maputo, teve primazia, devido ao Porto, e estar perto da fronteira com sul-africanos!
Se HCB, MKwa, carvão de Moatize estão em Tete, é importante que o dinheiro dos impostos, sejam utilizados pelas Autarquias Locais para desenvolvimento apropriado e bem estar das populações "ngunizadas" nos últimos 36 anos.
Se 13/16 são PAUS MANDADOS qu nunca interpuseram ou objectaram qualquer coisa, é porque são LAMBE-BOTAS, ESCRAVOS DE NGUNIS!
Leia a história de Moçambique, e chegará a conclusão que quem iniciou o TERRORISMO
e SUBVERSÃO contra as autoridades coloniais, foram os CHINGONDOS, que foram todos MTELELADOS- ELIMINADOS, para ficarem ESSES LAMBE-BOTAS NGUNIZADOS, mas que um dia se libertam e criam um órgão TIPO CNT!
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Tadeu Phiri said...
Dois ou três aspectos: Essa treta da dominação do norte pelo sul já cansa de tão mentirosa. Na Comissão Política da FRELIMO, formada por cerca de 15 pessoas os seguintes não são do sul: Chipande, Pachinuapa, Manuel Tomé, Mulembwe, Aiuba, Alcinda Abreu, Pacheco, Luisa Diogo, Margarida Talapa, Filipe Paunde, Conceita Sortane, Aires Ali, a antiga SG da OMM. São do sul os seguintes: Guebuza, Verónica Macamo, Comiche e Teodoro Whaty. E este é o órgão decisório da FRELIMO.
Lucília Hama, da Zambézia, é Governadora da Cidade de Maputo, Maria Jonas, de Sofala, é Governadora da Província de Maputo, Trinta é Governador de Inhambane, Raimundo Diomba (maconde) é Governador de Gaza, Carvalho Muaria é Governador de Sofala, Vaquina é Governador de Tete, Marizane é Governador de Niassa, Itai Meque é Governador da Zambézia e Felismino Tocole é Governador de Nampula. Nenhum destes governadores é do sul.
Os deputados, na sua esmagadora maioria são do norte. Os membros do Conselho de Ministros idem.
Onde está o propalado predomínio do sul? Já sei! vão me dizer que todos estes são paus mandados do sul. Só não sei se alguma pessoa com o mínimo de bom senso acreditaria nisso.
É o que dá desertores e frustados colonialista pretenderem serem historiadores.
22
Francisco Moises said in reply to Armando...
Muito obrigado pelo artigo que li com muia atençao. É o que aconteceu.Por admirarem Staline na Uniao sovietica, ests senhores da Frelimo nao sabiam o que faziam. Insultavam o governo soviético sem saber que Staline que eles adoravam tinha sido eliminado do mapa politico soviético como nao pessoa.
Mas no fim ao cabo, os soviéticos aturaram desde que os senhores da Frelimo entregavam Moçambique ao império soviético numa bandeja de prata.
23
Armando said in reply to Francisco Moises...
É o que vem escrito num artigo neste link:
http://mozblog.blogs.sapo.mz/1999.html?thread=4815
Cumprimentos
24
Francisco Moises said in reply to Armando...
Se Sergio pediu uma foto do ditador Josef Staline, ele fe-lo por causa da ignorancia. Naquele tempo que Vieira o fez Staline ja era nao pessoa na Uniao sovietica.
O ditador morreu em 1953. Depois duma luta pelo poder, Nikita Khruschev emergiu como o lider incontestavel da Uniao Sovietica. No dia 25 de Fevereiro numa sessao de delegados sovieticos ao XXe congresso do Partido comunista da Uniao Sovieitia, Khruschev denunciou os crimes de Staline num discuros que durou quatro horas.
E a partir daquele dia Staline deixou de ser pessoa na politica sovietica e o seu nome nao era mais mencionado pelos lideres sovieticos que o seguiram. Foi apagado da historia sovietica.
A sua propria filha Svetlana Alleluieva, que denunciou o pai como um monstro e que fugiu para viver na America depois na Inglaterra (obras de Svetlana lidas por mim en traducao inglesa) recusou utilisar o nome do pai e preferiu o nome da mae que se chamava Alliluyeva e que cometeu suicidio.
Aposto que Sergio Vieira se imaginava no papel de Lavrentiy Beria, o mais temido chefe da seguranca de Staline que perdeu a luta pelo poder contra Nikita Chruschev e foi depois executado pelo grupo khruschevista depois de ter sido de ter sido acusado como espiao britanico, uma acusacao que surprendeu os Britanicos.
Ao pedir para obter a foto de Staline, Sergio Vieira devia ter feito uma figura de parvo oerante of lideres sovieticos que nao deviam ter gostado dele.
25
Armando said in reply to Francisco Moises...
E o Sérgio Vieira era um dos admiradores de Staline. Dizem que quando foi à antiga União Soviética pediu uma foto do ditador. Não se até agora admira, porque desde que o comunismo foi derrotado, agora são todos "democratas".
26
Francisco Moises said...
A seguinte foi provavelmente uma piada americana -- um americano chega no Kremlin e entrevista o camarada Josef Staline e lhe diz: "senhor secretario general do Partido Comunista da Uniao Soviética, nos na América estamos muito livres. Qualquer pessoa pode ir a Casa Branca e la insultar o Presidente dos Estados."
"Da, da, da," diz Staline a palavra do russo para "sim". "Aqui na Uniao Soviética tambem estamos muito livres. Qualquer pessoa pode vir ao Kremlin e insultar o Presidente Americano." Rie-se o amaricano e rie-se tambem o camarada Staline. Apertam-se a mao e osa dias bebem Vodka junto.
Mas ca o Staline de pé em sentido e bem firme. Na presença do camarada Staline, quem se risse antes do camarada Staline se rir era fuzilado. Quando o camarada Staline se ria ou aplaudia, ninguem devia se rir em voz mais alta do que o caudilho soviético ou aplaudir batendo as palmas com mais força do que o camarada Staline. Que o fizesse ficava fuzilado. O individuo que continuava a se rir ou a bater as palmas depois do camarada Staline era tambem fuzilado.
Para castigar os ucranianos cujos camposes resistiram entregar a sua comida ao governo de graça, o camarada Staline castiga os camposes com deportaçoes e implanta uma fome artificial que fustiga e mata mais de 7 milhoes de Ucranianos. Ao todo, mais de 36 milhoes de soviéticos perecem do terror stalinista.
O humor desapareceu da Uniao soviética durante mais de 70 anos.
O comunismo foi o inimigo dos povos. O comunismo foi e é o inimigo do povo moçambicano.
27
Armando said in reply to JJLABORET...
É isso Sr. JJLABORET, enquanto lutamos por um Moçambique melhor, vamos rindo um pouco com as piadas como as do sr. "Freedom Figther". Afinal, precisamos que alguém nos faça rir um pouco.
"Melhor que essa, só piada de papagaio!". Gostei.
28
JJLABORET said...
Caro Sr. Armando
Eentão não sabia que os do sul trocam figurinhas de jogadores de futebol com os do norte?
Não sabia ainda que de tempos emn tempos os do sul dão uma "churrascada à brasileira" para os do norte, e esses por sua vez retribuem com outra? Tudo regado a "canhu"!
Desconhece que (os do sul e os do norte) apenas não partilham as suas mulheres e seus filhos, mas o resto tudo é partilhado?
Não fique surpreso pelo humor do Sr. "Freedom Figther" !
Moçambique está mesmo precisando disso!
E vamos todos rir juntos da piada! Melhor que essa, só piada de papagaio!

29
Armando said in reply to Freedom Fighter...
Desculpe sr. "Freedom Figther", mas isso de intercâmbio entre Norte e Sul é mesmo piada né?
30
umBhalane said...
Estou a seguir com interesse, baixo/médio, o "ping-pong" nos comentários a este artigo.
Conhecer bem o passado, conhecer a história verdadeira, permite/possibilita o ensejo para que não se repitam os mesmos erros.
Quero apenas perguntar/recordar o seguinte:
- Quem foi que esteve, e está AINDA, no poder em Moçambique, desde 1974/1975?
- Quem (des)governou Moçambique com poder absoluto, totalitário, sem contraditório/oposição, retalhou, desmantelou, desfez,…?
- A que conduziu este comportamento da frelimo, a sua acção de (des)governação de Moçambique, enfim, qual é a situação actual, o saldo para o Povo.
Estamos contentes, satisfeitos?
O que é que beneficiamos/ganhamos?
- Onde estávamos, e onde estamos, agora?
- Será mesmo que o tal de colonialismo acabou!!!!!!
Será?????
Pensem bem. Verifiquem.
Fungulane masso.
Olhem para cima, e à vossa volta.
- Afinal quem é o inimigo comum?
Maugrado o racismo, tribalismo, elitismo…, negritude,…,TAMBÉM e TÃO BEM, evidenciados por vários comentadores Chingondos.
Pensem comigo!
Pensem.
CONCLUAM.

Entretanto,
A LUTA É CONTÍNUA
31
Miguel said...
Mais uma "novidade histórica" que nos chega do distante Canadá:
"O sul do Sudao se separar do Norte do Sudao e isto entre arabes e pretos?"

Terá o autor aprendido isto nalguma escola canadiana?
32
Freedom Fighter said in reply to CATAVA...
Bonito sao as tuas ideias de um so Mocambique...e este esiprito k temos k cultivar pra o bem de todos mocambicanos...mas em relacao de ter so dirigients do sul n sua area de trabalho kero lhe fzer recordar que uma das politicas da Frelimo pois a independencia foi de fzer un intercambio, onde o pessoal d sul ia pra o norte e do norte vinha pr sul, venh pr ak n Maputo vai ver que a maior dos dirigents das empresas publicas sao originariox do norte...mx tbm nao podem medir ax coisas com base na origem do fulano e sicrano...vamos combater a riqueza absoluta e a corrupcao d tdos camarads do norte ao sul d pais...
33
Francisco Moises said in reply to Muna...
Inteiramente de acordo. Se alguem analisar o que digo com seriedade, estaria muito grato, mas nao estas ridiculisaçoes que um agente da Frelimo tenta por aqui. Trata-se dum so homem com muitos nomes diferentes e nao tantos homens.
Nem Fernando Gil e nem eu gostariamos a ideia de dividir Moçambique. Todos nos amamos Moçambique que devia ser Moçambique para todos. Vamos lavar a mao suja e nao corta-la. De acordo e gosto muito desta metafora, Muna.
O problema que tenho é que os pretos tambem podem agir como primitivos e selvagens. Tente dividir Moçambique, havera uma guerra sangrenta como o vimos entre o Nigeria e Biafra que em menos de dois anos causou a a morte de 2 milhoes de pessoas.
Quanto sangue se derramou para O sul do Sudao se separar do Norte do Sudao e isto entre arabes e pretos?
Ca no Canada, o Québec ja teve dois referendos para se tornar independente e cada vez a maioria preferiu estar no Canada. Se a maioria no Québec tivesse decidido sair da Federaçao, aquela provincia maioritariamente francofone se teria separado sem nenhum tiro e teria negociado as modelidades da sua separaçao com a parte federal ou com o Canada inglês.
Da ultima vez que houve o referendo, toda a media, principalmente as televisoes locais e federais estiveram nas maos dos separatistas Jacques Parizeau que era primeiro ministro provincial, Lucien Bouchard e Dumont a tempo inteiro que as utilisavam para fazer a sua propaganda separatista e insultavam o Canada.
O Primeiro ministro federal de entao, Jean Chrétien (traduçao do seu nome do francês: Joao Cristao), ele proprio do Québec onde era considerado como traidor por ser federalista e por esta contra a independencia da sua provincia, quase que um dia chorou em publico ao ver toda a media a disposiçao dos separatistas.
Em que pais da Africa teria isto acontecido? Sinceramente, nos os pretos podemo ser selvagens. Nao me chamem de racista. Eu so negro "puro" Bantu sem suspeita de sangue misturado.
34
Francisco Moises said in reply to JJLABORET...
Caro JJLaboret,
Esta é a cena de Yusuf Akbar que vem se repetindo. Morreu e reincarnou-se com nomes diferentes que voce ve nesta coluna e noutras tis como Miguel, Tadeu Phiri, Artur S., Bundi wa Jicho e e tantos outros nomes, algando -se assim ser muitos homens.
É a mesma pessoa. Ele ha-de tentar dizer que nao é como ja o fez num passado recente. Nao sao varias pessoas ou pessoas diferentes.
É a tactica da Frelimo. Nao percamos tempo com este gajo visto que ele nao mudara e nao querera escutar uma versao diferente daquela que ele tem na sua cabeça limitada.
Trata-se do caso tipico da personagem burro do adagio inglês que diz que "dez homens podem levar um burro a um poço, mas estes dez homens nao farao o burro beber a agua se o burro nao qizer beber." Porque entao perder tempo com o burro a quem você da agua e ele nao quer beber visto que gosta de cerveja com o seu gosto amargo?
Que ele interprete a historia a sua maneira e que continue a se iludir e a historia vai se re-escrevendo tambem. Tudo é claro agora que a Frelimo ja perdeu o monopolio de apresentar a historia a sua maneira marxista-leninista onde tudo se vem duma maneira totalitaria e ninguem lhe fazia fazia com uma outra versao.
Nos outros daremos os factos que conhecemos, vivemos e sobrevivemos da nossa maneira. Vale a pena nao se preocupar mais com o tal individuo.
Obviamente ha muitos individuos sérios no blog e nao este individuo dos serviços secretos da Frelimo que tenta insistir na sua interpretaçao, que é o seu direito, mas com a intençao de espiar as pessoas que a Frelimo nao gosta. É a tactica de espionagem de continuar fazer o inimigo falar, esperando-se que ele vai revelar algo de importancia para depois degola-lo.
Agora mesmo acabo de ler uma mensagem de algures que me diz que sou um dos três mais receados diasporanos pela Frelimo e o outro receado, Boaventura Lemane,infleizmente morreu nos EUA acerca de dois anos atras. Retenho o nome do terceiro por ele estar vivo.
Ca lhe doi um exemplo daquilo que se aparenta como uma maldade classica da Frelimo deste individuo que por aqui marimba e alega ser muitos senhores:
"Quando Boaventura Lemane estava em vida nos Estados Unidos antes de morrer de cancro alguns dois anos atras, Armando Panguene, entao embaixador da Frelimo para os EUA e Canada, nunca se preocupou em estabelecer relaçoes com ele e nunca o visitou na sua casa. Mas quando Armando Panguene soube de que o pobre do Lemane estava a beira da morte, entao ele precipitou-se para visitar "o moçambicano Lemane" no hospital para vê-lo desaparecer fisicamente.
Qual era a intençao deste Armando Panguene quando se comportou desta forma?
Era para que ele pudesse escrever aos seus chefes em Maputo para dizer que o nosso inimigo Boaventura Lemane morreu mesmo. Este é governo deste individuo malandro que se marimba por aqui como historiador e com tantos nomes diferentes. Nao sei donde é que ele aprendeu que a historia se interpreta duma unica maneira. Da Universidade Eduardo Mondlane?
O ridiculo deste homem é de pensar que Lawe Laweki deve escrever e pensar exactamente como eu e até que nao possa mesmo haver algumas pequenas diferenças de dados. Si assim entao posse, os alunos de historia teriam so um texto e nao precisaraiam de fazer pesquisas para escreverem as suas redaçoes ou teses ou para os seus exames.
A primeira coisa: eu nao tenho nenhuma comunicaçao com Lawe. Foi colega do Zobue sim e na diaspora tanzaniana e queniana. E é tudo. Nao conheço o seu endereço nem o seu e-mail.
Obviamente, eu nao tenho tempo para este individuo que aqui marimba e fala das suas quem nao me interessam. Reconhecerei os seus nomes quando os vir no futuro e nao me preocuparei nem mesmo de ler o que escreve visto que nao me ineressa. É como diz em adagio latino, "encoraja um cao a ladrar, o cao vai ladrar mais e terminara por mordê-lo."
Agora ando muito preocupado e nao tenho tempo para entreter as ninharias deste individuo snasp-siseiro. o romance que escrevo esta quase na fase da crise final. E depois tenho que vendê-lo algures seja na Inglaterra onde ha casas editoras que se interessam em publicar ficçao africana. Ha tambem publicaçoes que se interessam na literatura africana nos EUA e no Canada. Escrever e editar ao mesmo tempo nao é uma brincadeira e ao mesmo tempo que leio a ficçao africana em inglês e francês dos tais mestres como Chinua Achebe e Elechi Amadi e outros nigerians e de Mongo Béti (camerunês)e Ousmane Sembène (senegalês) en français.
em termos simples, nao tenho tempo para este individuo. Ponto final.

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Francisco Moises said...
CORRECCAO
no paragrafo que segue " Nao entreterei mais tais individuos, mas argumentarei e falarei com outras pessoas que nao recorrem a insultos e deturpacoes "como aprenderam" na escola de mentiras da Frelimo: na segunda linha ler onde esta como aprenderam ler "como nao aprenderam"
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Francisco Moises said in reply to CATAVA...
Caro Catava,
Foi bom que voce observou de perto que os oficiais do governo da FRElimo NO NORTE eram do Sul. As informacoes que me chegam confirmam que isto esta acontecendo em todas as partes do norte e do centro, embora os agentes da Frelimo tentem dizer o contrario neste blog. Como ja decidi, ja nao vou perder o meu rico tempo com tais homens (que na verdade pode ser o mesmo homem com tantos nomes diferentes) que em geral nao tem nocao daquilo que dizem visto que estao bebados com a politica mentirosa da Frelimo.
A Frelimo anda raivosa e assim incitam os seus agentes a vir aqui com insultos. Nao entreterei mais tais individuos, mas argumentarei e falarei com outras pessoas que nao recorrem a insultos e deturpacoes como aprenderam na escola de mentiras da Frelimo.
Mas eles nao ganham. Perdem. Estes agentes do SNASP-SISE querem saber tanto sobre o que os outros fizeram ou nao fizeram, mas eles nao falam de si proprios -- daquilo que fizeram ou nao fizeram. Lutaram eles pela indepedendencia ou nao. Se lutaram em que lado estiveram: no lado portugues ou da Frelimo? Lutaram eles na guerra civil ou nao e se o fizeram, foi no lado da Frelimo ou da Renamo.
Como de costume estes agentes da Frelimo deturpam e metem as suas proprias palavras em lugar daquilo que tenho dito. Como ja disse, tenho os nomes destes agentes do totalitarismo frelimista notados. Pelo que nao entraterei mais em discussoes inuteis com eles neste blog, mas continuarei sempre a fornecer dados do que vivi, enquanto vou escrevendo a historia contemporanea de Mocambique e nao e da primeira vez que o faco.
No passado ja escrevi uma obra limitada em ingles que se encontra catalogada na Biblioteca nacional do Canada e que tem servido como fonte de pesquisas sobre a historia de Mocambique. Fiquei admirado por saber que o amigo brasileiro JJLaboret este ao par desta obra.
Mas a proxima obra sera mais larga com mais detalhes, factos e analises.

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Armando said in reply to freedommozambique@gmail.com...
Abra os olhos lambe-botas. Fracassado é o senhor que para sobreviver tem que lamber as botas dos tais, vendendo a sua dignidade.
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Miguel said...

Pede-me Laboret para que apresenta a minha versão de forma convincente.

Sera este o mesmo Laboret que em 24/09/2011 chumbou um dado que apresentei sobre o 2. Congresso por te-lo extraído da Wikileaks e de livros?

(Laboret: Os Senhores Miguel, Artur S. e Bundi wa Jicho, recorrem-se de livros e da Wikipédia!)
Antes de mais, saiba Laboret que não tenho a minha versão pois não estive la no IM. Mas os fatos que se recolhem de diversas fontes permitem-me concluir que Moises muitas das vezes fala a toa.
O que Lawe Laweki tem escrito põe em cheque muitas das afirmações de Moises. Moises, como se sabe, foi o que reagiu da seguinte forma quando se discutia e entrevista de Janet Mondlane:
Moises: A Escola para mentiras -- Nao é somente Sérgio Vieira, Janet Mondlane mas ha tambem estes outros frelos "Artur S., Bundi wa Jicho, e Miguel"... (24.9.11)
Que mentiras, afinal?
Pôr em causa a afirmação bombástica de Nota Moises de que o 2.Congresso da Frelimo foi convocado devido à crise do IM?
Outras “mentiras” que Lawe Laweki agora confirma que são verdades incontornáveis:
1. Que as reivindicações dos estudantes eram por causa da comida que Mondlane dava ao cão.
2. Que o primeiro sinal da crise deu-se quando estudantes viram-se na contingencia de ira para treinos militares por não serem bons alunos.
3. Que estudantes não aceitavam professores moçambicanos brancos por serem conotados com a PIDE.
4. A "reinvindicacao politica" de base dos estudantes era afinal uma questão étnica. Foi esse o fundamento da confrontação entre estudantes e direcção da Frelimo, como confirma os artigos de analise de Lawe Laweki.
Tudo isto Nota Moises aceita agora, mas quando foi apontado por Artur S., Bundi wa Jicho, e eu próprio eram mentiras da escola das mentiras da Janet.
Falta uma “mentira” minha que num próximo artigo Lawe Laweki podia confirmar ou desmentir: qual era a idade media dos estudantes do Zobue que chegaram em Nachingwea?

Respeito o direito de Laboret considerar Moises a única fonte autorizada. Respeite ele o meu direito de considerar Moises um papo furado pelas razoes que muitos aqui tem mencionado.
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CATAVA said...
Woow!!!
Eu sempre estranhei o comportamento da Frelimo.
Trabalhei num porto no norte de Moçambique -(nacala). Ali todos dirigentes apartir do director até chefes das operações eram todos do Sul. Me perguntava, será que não existem pessoas do norte e centro do país com capacidade de dirigir? Não tinha respósta e ninguem me satisfazia da minha pergunta. Mais tarde comecei perceber que parece que esta forma era a cultura e custome do governo da Frelimo, que tudo, e tudo tinha que ser por Maputo e dai o norte e centro passou a ser nada.
Fui recordando das canções que eu cantava aos meus 10-17 anos. " Kavandame, Joana, Simango reacionários. assim, ia fazendo uma pesquisa para descobrir oque realmente esses nomes eram. Depois percebi que a maioria deles eram do norte e teriam sidoos impresionados pelos diregentes da Frelimo ( Shanganes).
Passei a compreender que querermos como não, a Frelimo era um partido com ideologias sulistas e que pessoas do norte e centro não eram valorizados. Assim tornei uma pessoa que não gosta a Frelimo. Passei a desejar uma coisa diferente em Moçambique.
Esperei que houvesse com a Renamo, e em 199o tornei membro deste partido e perticipei nas primeiras eleições como delgado de lista da Renamo. Eu queria ver a Frelimo fora dop poder.
Não goataria ver um Moçambique dividido, mas sim um Moçambique com outro tipo de governo sem influencias de regionalismo.
Agora, ja sei que isso será dificil com a Frelimo, pois os que estão no volante da Frelimo são Durões!!!!!!!!!!
Veremos, veremos,!!!!!!!
A Luta continua!!!!!
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Muna said...
Este Nota Moisés é mesmo uma maternidade de história viva. Aproveitem. Agora, não sejam esponja... absorvam aquilo que vos interessar, porque o altar da verdade absoluta é inacessível para os seres humanos.
Já aqui disse, aliás, quando se bebe "tontonto" é preciso ter o cuidado de saber separar o líquido do fermento. Assim, os conhecimentos do senhor Nota, que são úteis, devem passar pela mesma "moagem".
Não cantará o galo três vezes.... a razão virá em seu favor.
Não vamos dividir o país porque mão suja não se corta, lava-se. O que temos de fazer é lavar o país. Isso sim.
Zicomo
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Tadeu Phiri said...
O parágrafo que começa por "Tenho aqui visto estes artigos que, preferentemente, falam sobre quem "de facto" a FRELIMO..." deveria ser "Tenho aqui visto estes artigos que, preferentemente, falam sobre quem "de facto" fundou a FRELIMO..."
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Tadeu Phiri said...
Tenho aqui visto estes artigos que, preferentemente, falam sobre quem "de facto" a FRELIMO e, também, sobre o "grande protagonismo" dos estudantes que apoiavam Gwengere. As perguntas que se podem fazer ao Senhor Camba (que se diz fundador da FRELIMO) e ao senhor Nota Moisés (grande protagonista dos eventos do Instituto Moçambicano) são:
(i) O que fez depois de "fundar" a FRELIMO?
(ii) Participou activamente na consolidação do Movimento de Libertação?
(iii) Treinou militarmente para libertar o país?
(iv) Participou na Luta de Libertação Nacional que derrubou o colonialismo?
(v) O que fez depois do "grande" protagonismo no Instituto Moçambicano?
O que se depreende da leitura dos comentários destes respeitáveis anciãos é que eles desetaram e foram viver para o estrangeiro. Não eram homens de témpera rija para suportarem os sacrifícios que uma luta de libertação implica.
Os homens que eles impiedosamente insultam (no caso do senhor Nota vem insultando desde o Instituto Moçambicabo e este é o seu verdadeiro protagonismo) são os que, de facto, lutaram e aceitaram sacrifícios pela libertação de Moçambique. É por isso que concitam o ódio também de alguns colonialistas derrotados que frequentam este espaço - Na verdade, ainda não percebi o que atrai pessoas como Nota Moisés e alguns desses colonialistas derrotados para este espaço! É a frustração comum pelo facto de a FRELIMO os ter derrotado? Veja-se que se apoiam mutuamente nas suas lamentações e insultos (digo, apoiam-se mutuamente os derrotados e os desertores da luta).
Entre os líderes da luta vitoriosa havia moçambicanos de todas as origens étnicas. Nenhum deles escapa à tendência insultuosa que campeia aqui. Entre esses líderes avultam personalidades como Samora, Chissano, Guebuza, Gruveta, Chipande, Pachinuapa, Nihia, Solomon Michaque, Deolinda Guezimane, Maguni, Pedro Juma, Tanzama...). Numa manifestação clara de complexo de inferioridade, alega-se que os líderes oriundos do centro/norte eram criados dos do sul. Em que é que Chipande é inferior a Mabote? Em que é que Pachinuapa é inferior a Matavele?
Repito, se tivéssemos dependido de pessoas como Nota Moisés ou como Camba ainda hoje seríamos escravos. Ou, como eles, seríamos "diasporinos" falando inglês no Canadá e nos USA. No entanto, diferentemente deles nós não só nascemos aqui. Somos daqui e gostamos de estar aqui.
Tadeu Phiri
43
freedommozambique@gmail.com said in reply to Muna...
Tsc...mais uma fracassada na vida...eu sou do norte, vive no centro agora to n sul a viver a 15 anos...nunca senti o tal divisao...ixo sao ideias de gent com preconceitos..que lhe levou ao fracsso n vida, acusand as suas origens....deixa disso...Sr.Muna...vmos combater a corrupcao ds camaradas,nao falr de xingond...tretax so
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Francisco Moises said...
OS PARADEIROS DOS INVASORES DO INSTITUTO MOÇAMBIQUE NA NOITE DE 6 DE MARÇO DE 1968.
Penso que talvez houve um ou mais individuos no bando que invadiu o Instituto moçambicano armados de pistolas naquela noite de 6 de Março, data que Lawe Laweki da no seu artigo aqui, para alem de Samora Machel, Joaquim Chissano, Luis Arrancatudo e Aurélio Manave.
Os homens que semearam o terror nos nossos coraçoes dentro de alguns minutos terminaram humilhados quando a policia tanzaniana apareceu. Samora Machel e Joaquim Chissano foram temporariamente detidos, mas livraram-se quando disseram ao oficial da policia que eles eram lideres da Frelimo. Devia ter sido muito humilhador para Samora Machel que foi detido, agarrado pela barba.
Os dois desapareceram logo que se viram livres e o oficial da policia esteve mais interessado em ouvir os estudantes. Dois dois, Samora Machel ja rendeu a sua alma ao seu criador. Joaquim Chissano ainda vive.
Luis Arrancatudo da Zambézia desapareceu do Instituto como por encanto e nunca foi agarrado pela policia visto que ele era o verdadeiro guerreiro que passava todo o tempo a lutar em Niassa. Mais tarde teve desavenças com Samora Machel e foi mais tarde se entregar aos portugueses em Milange, a quem revelou as posiçoes das bases da Frelimo no Niassa que avioes militare portugueses atacaram com muita precisao, desvatando muitos guerrilheiros da Frelimo (Comandante da Frelimo Chico Almeida, Rutamba, 1969).
No dia da sa morte, Luis Arrancatudo vinha a frente duma unidade de 70 soldados portugueses depois de efectuarem um ataque contra uma base da Frelimo. De regresso esta unidade caiu numa emboscada da Frelimo e Arrancatudo recebeu um tiro de bazooka no peito (Comandante Chico Almeida, Rutamba, 1969). Ele entregou a alma ao seu criador.
Aurélio Manava que desenterramos escondido na palha por debaixo dum coqueiro foi algemado e macharmos o pobre do homem até a esquadra da policia enquanto os estudantes o batiam. A esquadra estava perto. La um policia abriu a pistola com a capacidade de 12 balas e viu se que ele tinha disparado três visto que restavam 9 balas. Se disparou em panico ou alvejando os estudantes, tenho que dizer que eu pessoalmente nao ouvi nenhum tiro e ninguem entre os estudantes foi morto ou ficou ferido por uma arma de fogo.
O unico que ficou ferido magoou-se depois de cair quando esteve a correr para a policia onde o mais procurado Daniel Chatama que tinha batido Paulino Xadreque ja tinha chegado para alertar a policia que o Instituto estava a ser agredido por um bando de lideres da Frelimo. O homem que se magoou disse a policia que tinha sido empurrado pelos lideres da Frellimo!
Na esquadra da policia o pobre de Manave foi despido e deixado de cuecas e chamboqueado em frente dos estudantes que reclamavam que se castigasse o malfeitor. Suou até o ranho lhe saiu das narinas e grunhiu. Passou a noite na celula da esquadra e foi deixado livre no dia seguinte depois da Janet ter deixado alguns 11,000 shillings tanzanianos.
Aurélio Manave ja esta no outro mundo depois de cometer muitos crimes contra a humanidade como governador do Niassa depois da independencia. Ele tambem entregou a sua alma ao se criador.
Em resumo: Samora Machel, falecido
Luis Arrancatudo, falecido
Aurélio Manave, falecido
Joaquim Chissano, vivo ainda.
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freedommozambique@gmail.com said in reply to Armando...
Meu Deus...xt e um exemplo ds fracassados na vida... que axa que divisao do pais sera a solucao dos seus fracassos....triste que temos mts dessas ca n pais....ate hje naO vejo que desenolviment e' estes do sul(excepcao do Maputo)...olha pr Gaza e inhambane...max tbm vms deixar disso....um so Mocambique,tdos sabems que o pais nuxta bem...e que os culpados j sabems que sao os camarads...mas xtx fracssados k vem com ideias de dividr o pais temos que meter nas jaulas que neh em Montepuez...uno Mocambique.
46
Francisco Moises said in reply to Armando...

Senhor Armando,
La estava Paul Fauvet a me insultar e a apontar para tais quantidades de carvao em Tete e do gas do norte de Moçambique como industrias que, de acordo com ele, indicam que o governo da Frelimo que ele apoia nao discrimina contra o centro e o norte. O pobre do homem teve que verificar no mapa para saber onde estava Tete e o norte de Moçambique.
Obviamente, o tal Paul Fauvet nao sabe que o interesse do regime da Frelimo é de explorar tais recursos para o seu proprio beneficio e para transferi-os beneficios para o sul ou para vender os recursos que nao beneficiarao as populaçoes locais.
E depois os seus agentes dizem que aqueles que dizem isto estao a fazer uma campanha contra o sul. Verdadeiramente, uma campanha contra o sul? Mas as injustiças da Frelimo contra o centro e o norte sao bem conhecidas deles e tais individuos nao veem nada de mal e de errado nesta situaçao. Tudo para eles é normal e quem aponta para tais anomalias faz campanha contra o sul.
Tenho muita pena deste pais que se chama Moçambique. Nao posso renuncia-lo como o meu pais, como o pais onde nasci embora nao seja cidadao moçambicano de acordo com a lei da Frelimo e seja cidadao dum outro pais. Nao regreto a situaçao visto que nao perco nada e estou num pais onde sou cidadao digno do nome.
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Armando said...
Continuando. Descobriram-se grandes quantidades de carvão em Tete e gás no norte de Moçambique. Vão ver dentro de alguns anos o sul cada vez mais rico e as populações do centro e norte mais pobrezinhas. Divisão já! Antes que nos roubem tudo! Estou avisando.
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Armando said in reply to Muna...
Oi Muna,
o que fazer? Vamos dividir o país. Estamos cansados de humilhações.
Abraços
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Francisco Moises said in reply to JJLABORET...
Agradeço-lhe imenso, JJLaboret. Quanto a Miguel (Miguel quem?) nao consigo fazer o uso da razao com este individuo que esta muito decidido a nao escutar o que as pessoas dizem visto que a verdade fere a mao de quem lhe da a comida.
Evito tanto quanto possivel insultos aqui até que alguns dias atras um certo senhor Paul Fauvet assaltou me com insultos descrevendo o que tenho escrito como "como mentiras estupidas de costume (the usual stupid lies)de Nota Moises."
Perdi as estribeiras com Paul Fauvet por ele ser um homem com muita importancia. Na minha resposta em ingles, disse-lhe que "se tu te comportas como um estupido, outras pessoas te tratarao tambem como o homem estupido e insano que é."
Reconheço que aquilo nao devia ser uma coisa que uma pessoa do meu calibre devia dizer.
Mas Paul Fauvet nao é um individuo como Miguel (Miguel quem? talvez é) que nao conheço ou que talvez conheço, mas que nao posso dizer que é tal e tal para evitar cometer erros graves e ser injusto com uma pessoa que nao é responsavel de provocaçoes. Paul Fauvet é o homem que propala a propaganda da Frelimo por todo o mundo e danifica qualquer esforço para a democratisao de Moçambique por apresentar os moçambicanos que nao sao da Frelimo como quem nao tem nenhum direito e que estao tortos.
Paul Fauvet, um britanico que é possivelmente um cidadao moçambicano agora, falha grandemente quando ajuda os esforços da Frelimo que dividem os moçambicanos mais e mais com os seus esforços de renforçar a propaganda totalitarista da Frelimo. Pode ser um comunista como queira e tem toda a liberdade de ser um comunista, mas seria melhor que nao ajudasse a ditadura da Frelimo contra os moçambicanos.
Por nao poder dizer quem este Miguel é, foi por isto que reagi pondo "lido e ignorado" por ele ter reagido com insultos ao que lhe disse com factos e argumentos sem eu usar palavras duras contra ele.
Como ja o disse, eu nao vou me abaixar ao nivel de trocar insultos neste blog com individuos que ca comentam visto que isto seria falta de delicadeza e respeito pelos leitores. E gostaria de ver leitores discutirem coisas no ambito de respeito.
Quando individuos começam a insultar outros é porque estao derrotados e sao incapazes de argumentar contra factos.
Dora avante quando vir o nome Miguel em relaçao ao que eu escrever, vou ignora-lo por completo sem até escrever "lido e ignorado." É tambem claro que este individuo aparece por aqui com um programa da Frelimo. Parece-me ser um daqueles individuos que quer estar aqui so para comentar sobre aquilo que digo e para me insultar e raramente inicia uma discussao seja que seja.
Nao vou desrespeitar este espaço trocando insultos com o tal Miguel (Miguel quem?)
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JJLABORET said...
Senhor Miguel, com todo o respeito que lhe devo,
Há espaço por aqui, para que conte a sua versão! Por que não o faz de forma convincente?
Analisaremos a sua versão e a do Francisco Nota Moisés, mas de antemão o Francisco Moisés já sai na frente, pois VIVEU OS FATOS! Era um daqueles estudantes!
No mais, baixei e imprimi o texto completo da matéria, e só achei nele a corroboração, a afirmação de tudo o que o Francisco Nota Moisés sempre tem aqui colocado ao longo das suas esclarecedoras e úteis intervenções.
De parte do Senhor, ainda não tive nada para enriquecer o meu conhecimento daquele (e de outros) fatos históricos.
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Francisco Moises said in reply to Miguel...
Lido e ignorado
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Miguel said...
Nota Moises é como ele próprio se intitula um velho macaco. Mas deve deixar-se de macacadas pois a historia é um assunto serio.
O 2 Congresso da Frelimo realizou-se depois de ter sido solucionada a crise do Instituto. Nao houve nenhuma resolução do Congresso que tivesse feito referencia a essa crise, mas antes a outras bem mais graves e que estiveram na origem dessa reunião magna.
Este é um macaco velho, que com a sua megalomonia pretende chamar a si protagonismos que não teve.
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Francisco Moises said in reply to Miguel...
Os graves problemas que assolaram a Frelimo começaram logo depois da fundaçao da Frelimo quando membros renegados dos partidos que se tinham fundido na Frelimo retiraram os seus partidos da Frelimo pelo que a crise estudantil veio depois porque Mondlane e Janet fundaram o Instituto Moçambicano depois da Frelimo ter existido. O segundo Congresso foi realizado por impulso de muitas pressoes e a rebeliao do Insituto moçambicano contra a liderança de Mondlane e dos seus colegas tendo sido um destes impulsos. Como Lawe, eu ja o disse aqui muitas vezes, os estudantes nao falavam so dos prolemas que os confrontavam, mas iam direitamente para os problemas da Frelimo que exigiam que se corrigissem.
E estava mais do que claro que muitos militantes incluindo os estudantes nao queriam mais do Mondlane e o dito congresso foi feito exactamente para Mondlane se confirmar no seu lugar e proclamar que tinha sido re-eleito.
Se muitos dos que faziam a pressao para que houvesse mudanças na Frelimo o faziam clandestinamente incluindo o Baraza la Wazee, o comité dos ancioes, com o qual Genjerere se coligava, os estudantes montaram uma rebeliao aberta e bem aberta mesmo. Foi la onde Mondlane suou. Portanto, o capitulo da crise dos estudantes tinha muitas facetas.
É como o velho diasporino Chataika disse: "O congresso foi resultado das criticas da situaçao na Frelimo que se faziam no Instituto moçambicano e mesmo la em Nachingwea."
Como ja o disse e repito: a maior pressao veio do trabalho do Gwenjere que passava toda a sua vida em Dar Es Salaam a discutir os problemas da Frelimo e que pessoalmente tinha dito a Mondlane que devia haver uma reuniao para se resolverem os problemas dentro da Frelimo e apresentava os problemas da Frelimo ao gabinete do Rashid Kawawa, vice-presidente da Tanzania, que se encarregava dos problemas da Frelimo, e onde Gwenjere era bem escutado como Lawe tambem confirma aqui o que tenho dito neste blog.
E falando a mim e a outros na mesa onde estivemos a comer, Mondlane disse um dia sobre o Gwenjere: "eu respeito muito o padre Gwenjere. Ele é um homem muito educado, mas nao gosto da maneira como age." Por si, as palavras do Mondlane ja demonstravam que Mondlane considerava Gwenjere como o seu antagonista principal. E que mais: Quase todos os estudantes apoiavam a Gwenjere e nao Mondlane.
É preciso que Lawe diga exactamente o que digo, que Lawe interprete a historia do Instituto moçambicano exactamente como eu o faço, embora os dois estivessemos la? O importante é que em grande nos contamos a mesma historia e pode haver umas penas diferenças de interpretaçao aqui e acola, como o filosofo italiano Benedetto Croce o disse: " toda a historia é historia intelectual."
Lawe historiou a crise, o que eu nunca fiz. Falei sempre de alguns aspectos tais como a invasao dos Instituto moçambicano por Samora Machel, Joaquim Chissano, Aurelio Manave e Luis Arrancatudo. Lawe disse que Luis Arrancatudo foi ao dormitorio no primeiro andar onde os mais novos dormiam. Sim lembro me nitidamante. Mas ele subiu para o primeiro andar com Joaquim Chissano que nos deram porradas e nos pontapearam equanto que Samora Mahel e Manave se preocuparam de vijiar os dormitorios debaixo. E nao posso dizer que Lawe errou por omitir o nome de Joaquim Chissano na invasao do dormitorio do primeiro andar.
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Miguel said...
O artigo do Sr Lawe
vem confirmar algumas coisas que ja foram debatidas neste local
1. a crise dos estudantes foi posterior aos graves problemas que ja existiam no seio da Frelimo
2. O Sr Lawe nao diz que o segundo congresso da Frelimo se realizou por causa da crise dos estudantes
3. O sr. Moises errou quando disse que eu e outros haviamm mentido.
55
Muna said...
Eu não duvido, aliás, depois de ver aquela miniatura de porco a voar nada mais nesta selva humana me surpreende.
Há um ano estava eu em conversa com um general português, F. C.
A dado momento da conversa o meu interlocutor, um dos libertadores do Salazarismo em Portugal: "óh Muna, de que sítio és tu em Moçambique?"
Respondi-lhe, orgulhosamente, sou de TETE.
Raios, estás lixado e linchado meu caro. Quer dizer, para além de não seres da Frelimo, também és Chingondo?
Que mal tem isso, general?
- Por imposição dos factos (conheço o teu país), em Moçambique o chingondo tem de duplo dilema: agradar os "sulistas" e convencer ao sistema que não é da oposição senão o biberão seca. Mas quando o chefe a viver no sul for também um chingondo, o dilema deixa de ser dois e passa a ser três. É assim. Quem se opor a esta realidade morre. Disse.
Portanto, é normal o que se diz. Parece que a "Pátria Amada" só faz filhos da primeira (sulistas), esta é uma outra constatação que recebo quando sou questionado por alguns amigos pelo facto de haver POUCOS bolseiros do Centro e Norte do país.
Que fazer?
Zicomo
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Francisco Moises said...
Li a versao que Lawe Laweki conta e confirmo ser essencialmente a situaçao que se viveu no dito Instituto moçambicano. Evidentemente, contar este aspecto que merece um livro inteiro visto que tem muitos detalhes que nao podem caber num artigo é grande desafio.
Devo contudo felicitar Lawe Laweki por ter resumido a situaçao que se viveu no Instituto moçambicano que foi verdadeiramente uma rebeliao contra a liderança da Frelimo pelas razoes que Laweki deu com precisao: a tribalisaçao a favor do sul de Moçambique da liderança da Frelimo por Mondlane enquanto que os estudantes na sua maioria eram do centro e do norte e os problemas internos da Frelimo.
E havia mais do que isto: havia tambem estudantes que eram do sul tal como José Manhique que era um dos chefes dos estundantes e que era altamente respeitado por todos os estudantes e que estava no grupo dos estudantes até que por desespero decidiu aceitar ir a Nachingwea de Rutamba visto que Mondlane madnou uma carta na qual dizia que o Instituto iria se abrir, mas os estudantes deviam a Nachingwea. Foi assim que ele e alguns outros foram a Nachingwea incluindo um certo Chagomelane da Angonia que depois de ser treinado em Nachingwea foi enfrentar o No Gordio de Kaulza de Arriaga. De acordo com o que ouvi dele em Nairobi, a Frelimo estava realmente pressionada pela operaçao e esteve a correr e a esconder-se nos buracos e nas matas.
Chagomelane conseguiu depois fugir do interior e chegou a Nairobi. E contava quao dificil foi subreviver o No Gordio. Depois does estudos secundarios em Nairobi rcebeu uma bolsa de estudos para ir estudar na Universidade de Maseru no Lesotho.
A carta altamente desrespeitante dos estudantes moçambicanos nos Estados Unidos que acusava Mondlane de ser um agente dos portugueses e o ridiculisava sem piedade, realsava que Mondlane era um traidor. O proprio titudo da carta era A REVOLUÇAO MOÇAMBICANA atraiçoada era uma acusaçao séria contra Mondlane.
A carta era em reposta a carta de Eduardo Mondlane. A carta de Mondlane redigida alegadamente por Sérgio Vieira era dum espirito imperioso que ordenava aos estudantes abandonarem os seus estudos para seguirem para Tanzania para se integrarem na revoluçao.
Os estudantes na America viram-se abusados visto que muitos deles, senao todos, tinham ido a America a partir de Moçambique atraves do Malawi com a ajuda principalmente dum padre branco belga André de Bels e nao aturaram ser tratados como Mondlane estava a trata-los visto que nao tinham sido enviados pela Frelimo.
O incidente que Laweki conta sobre o mal entendimento dum rapaz que disse "ndina mimba" foi realmente um problema de lingua. Na lingua nhungue do rapaz como na lingua sena "ndina mimba" pode ser traduzido como "tenho dores de barriga" inteiramente quando dito por um rapaz ou um homem e por uma rapariga ou mulher, aquelas palavras podem significar que "tenho dores de barriga" ou "estou de gravidez."
Como o rapaz queria ser tratado por dores de barriga resultadas da ma comida na prisao e nao sabia o Swahili que muitos de nos nao conheciamos na altura, disse a policia tanzaniana o que ele podia dizer na lingua dele nhungue que ele pensava significaria o mesmo como em Swahili.
Em swahili "nina mimba" significa "estou gravido" e nada mais, dai que houve ttoda a preocupaçao dos agentes da policia tanzaniana que pensaram que os grandes estivessem a fornicar os miudos. Na lingua swahili que eu e Lawe Laweki viemos aprender mais tarde em Rutamba e que depois passamos a dominar e que podemos falar com orgulho diz-se: "tumbo inaniuma" para dizer que "tenho dores de barriga."
Durante aquela prisao injusta a que fomos submetidos durante três dias alegadamente visto que Rashid Kawawa vice-presidente da Tanzania queria nos separar e proteger dos lideres da Frelimo, houve o seu proprio humor. Um rapaz, ex-seminarista, querendo atrair atençao dum agente da policia que estava no andar em cima do nivel subterraneo onde estivemos a falar com algumas putas que tinham sido presas começou a gritar para o policia em Swahili visto que o rapaz era muito aventureiro com as putas em Temeke, Dar ES Salaam, onde ja tinha aprendido um pouco de Swahili. Ele dizia, imperando: askari wacha malaya, njoo usikilize. Niko na tabu nyingi sana (O policia deixa la as putas. Venha me escutar visto que estou a sofrer)."
Na saida daquela prisao em formatura fomos conduzidos para machimbombos que estiveram a nossa espera para sermos conduzidos a um destino desconhecido com uma presença de agentes da policia tanzaniana armados. Pelo caminho para o sul da Tanzania, perguntavamos para onde é que nos levavam, os agentes da policia nao diziam nada embora nao demonstrassem nenhum ar ameaçador. E apesar da prisao ter tido condiçoes primitivas e deshumanas, nao fomos maltratados durante os três dias que la permanecemos.
Tendo viajado toda a manha e tarde e toda a noite seguinte até ao meiodia do dia seguinte, depositaram nos no campo de refugiados de Rutamba com a seguinte recomendaçao: se virdes qualquer lider da Frelimo vir vos chatear informem aos comandantes do campo (estava sob a tuteladas Naçoes unidas e os chefes eram tanzanianos) e o governo tanzaniano tratara do assunto.