quinta-feira, 20 de setembro de 2012

HUMANESSÊNCIA

HUMANESSÊNCIA


Não tenho medo do escuro da noite.
Temo, em verdade,
Quando o meu escuro anoitece.
O breu da alma tem infinitas gradações,
Se anoitecido.

Anjo falciforme,
Uma borboleta dourada vesgou-me os olhos
Ao pousar na ponta do meu nariz.

Veio em missão evangélica
Revelar que Deus, por capricho,
Condensou o néctar do sentimento dos homens
No coração de um colibri.

O futuro não mais se apavora com minha ausência de luz.
Eis agora descoberto
O reservatório da humanessência.