sexta-feira, 7 de setembro de 2012

“Urias Simango chegou a pedir à Rodésia para atacar Moçambique”

“Urias Simango chegou a pedir à Rodésia para atacar Moçambique”

Livro conta histórias vividas por Mariano Matsinha
Revela Mariano Matsinha, num livro lançado em sua homenagem.
Na mesma obra, Matsinha afirma que a eleição de Guebuza para presidente do partido foi opção de alguns “camaradas”, diferente de Chissano que foi eleito por consenso e se revelou figura unânime.
O antigo combatente e ex-ministro de Segurança, Mariano Matsinha, foi ontem homenageado por meio de um livro onde conta a sua própria história, sobretudo o seu envolvimento na luta de libertação nacional.
Na obra, intitulada “Um homem, mil exemplos: a vida e luta de Mariano de Araújo Matsinha”, o combatente faz várias revelações sobre vários assuntos dentro da Frelimo.
Matsinha diz que o primeiro vice-presidente da Frelimo, Urias Simango, perfilava na linhagem incorrecta, pois contrariava sempre as ideias da maioria e nega ter estado do seu lado.
“Não passa de mera especulação dizer que eu perfilava as ideias de Urias Simango. Ele era um dos meus chefes e, por isso, mantinha boas relações com ele, o certo é que mais tarde ele transformou-se. Chegou a pedir ao Governo da Rodésia do Sul (actual Zimbabwe) para invadir Moçambique”, conta Matsinha.Este deve ser um dos motivos pelos quais Simango passou, dentro da Frelimo, a ser considerado um reaccionário.
Chissano Vs Guebuza
Numa das passagens do livro, na página 66, Matsinha afirma que a eleição de Joaquim Chissano para a presidência da Frelimo pelo Comité Central foi uma decisão unânime. Porém, na página seguinte, o antigo combatente revela que Guebuza já não gozava deste consenso. Este, segundo Matsinha, foi eleito pela maioria devido à força de influência que ele detinha.
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