quinta-feira, 11 de abril de 2013

Marcelino dos Santos indeciso em quem votar em 2014

Eleições presidenciais e legislativas
- “Há camaradas meus que lutam a todo momento para reconstruir o socialismo. A única razão para continuarmos a viver é acreditarmos que é possível pelo socialismo. Não sabemos que concretizaremos hoje, amanhã ou depois...” – Marcelino dos Santos, confirmando a existência de alas ideológicas e mostrando crença na implementação de um socialismo moderno
- “Temos um incomensurável número de gente pobre e muito pobre. Mas o Estado não tem capacidade de resolver isto porque as políticas são capitalistas” – idem
Marcelino dos Santos, militante de primeira linha do partido Frelimo palestrou na manhã desta quarta-feira com estudantes da FLCS (Faculdade de Letras e Ciências Sociais) da UEM (Universidade Eduardo Mondlane) cujo pivot do debate foi: “O papel do Estado e da governação no Moçambique de hoje: que perspectivas de mudança nas eleições de 2013-14”.
Em vários pontos da sua intervenção, Marcelino dos Santos não escondeu o seu desalento e revolta em torno dos caminhos que o país está a tomar. De forma particular apontou questões que tem a ver com políticas de desenvolvimento, particularmente o lugar secundário para o qual o povo é relegado e os mecanismos que estão a ser privilegiados na exploração dos recursos naturais.
Para defender e justificar as suas zangas com o rumo das políticas nacionais de desenvolvimento,MarcelinodosSantosconvidou os estudantes a fazerem um simples exercício de revisita as teses do 3ºcongresso da Frelimo, realizado em 1977 que defendiam e mostravam claramente os caminhos e as estratégias que deviam ser seguidas para assegurar o triunfo do socialismo. Aceita que os momentos são outros, mas ainda sonha e acredita com um Estado socialista porque “só o socialismo é capaz de sentir o povo e pelo povo”.
Por causa das zangas que tem, Marcelino dos Santos tem uma certeza: que em 2014 não sabe em quem vai votar, exactamente pelo facto de ainda não ter indicações de quem está em altura de definir e implementar políticas objectivas “pelo povo e para o povo”.
“Se me forem a perguntar a quem vou votar nas autárquicas, sem dúvida, irei responder que votarei na Frelimo. Vocês dirão que votar na Frelimo estaria a votar no capitalismo. Sim, mas não podemos apoiar expressões que não conhecemos no concreto” – disse o antigo combatente e membro sénior da Frelimo.
Dizquenãosepodefazeraventurasmaiores e fora deste campo de acção porque votar na Renamo estaria a votar no imperialismo e votando no MDM, estaria a votar “numa coisa qualquer”.
Mais, acrescentou, também se deve votar na Frelimo por uma questão de assegurar a paz.
Portanto, “tenho agora que preservar Guebuza porque também estamos a preservar a paz”.
“Mas em 2014, temos que parar, olhar e reflectir sobre quem está em condições de lutar pelo povo. É esta questão que temos que colocar em 2014 no sentido de definir e decidirmos” – anotou Marcelino dos Santos.
Pensar diferente
Em discurso directo, Marcelino dos Santos disse que no seio da Frelimo há tal como aconteceu no passado, o pensar diferente, resultado das nuances que caracterizam o estado de espírito de cada militante e das suas ideias para desenvolver o país.
Nesta lógica, acrescenta “há camaradas meus que lutam a todo momento para reconstruir o socialismo. A única razão para continuarmos a viver é acreditarmos que é possível reconstruir o socialismo. Não sabemos se concretizaremos hoje, amanhã ou depois...”
De alguma forma, este discurso vem confirmar as suspeições em torno da luta de alas no seio da Frelimo para a definição dos modelos de governação para o país, particularmente a postura e o lugar dos governantes diante dos governados.
É que há um entendimento público de que os governantes da actual Frelimo estão a tornar-se autênticos predadores das riquezas nacionais que tem como resultado a acumulação incessante e desmedida da riqueza ilícita, ante uma população
Cada vez mais pobre. Aliás,esta realidade é espelhada em vários relatórios nacionais e internacionais.
Questionado se nas actuais condições haveria algum espaço para a implementação do socialismo, dos Santos aceitou que os tempos são outros e não podem ser comparados com a realidade que se observava na década 70. Entretanto, entende que a paixão e a convicção de que o povo é dono do seu destino, pode criar condições para a implementação daquilo que se poderia chamar socialismo moderno.
MEDIA FAX - 11.04.2013

6 comentários:

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