terça-feira, 8 de abril de 2014

Populações das zonas de conflito armado não vão votar

Populações das zonas de conflito armado não vão votar



"Para as zonas onde há problemas de acesso por cheias, já canalizámos uma medida preventiva com vista a facilitar a esta população, agora para as de conflito armado ainda não há solução” – Celso Chimoio, director do STAE em Sofala
O director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) em Sofala, Celso Chimoio, diz não haver condições para o STAE proceder ao recenseamento das populações em várias zonas que estão a ser fustigadas pelo conflito armado.
Essas populações poderão não exercer o direito de voto (votar ou ser eleito) no próximo dia 15 de Outubro. Segundo Celso Chimoio, não há “condições claras” para a montagem de brigadas eleitorais nestas regiões.
Sabe-se que algumas brigadas estão a funcionar nas sedes distritais, onde se encontram concentradas tropas governamentais.
Para além do conflito armado, outra adversidade que poderá prejudicar as populações são as cheias. Mas, no caso das regiões afectadas pelas cheias, o STAE garantiu que todas as condições já foram criadas, uma vez que foram montadas pequenas brigadas móveis nos regulados próximos destas populações.

"Nas zonas onde que há problemas de acesso por cheias, nos já canalizámos uma medida preventiva com vista a facilitar a esta população, agora para as de conflito armado já não depende mim", disse Celso Chimoio
Até 1 de Abril, Sofala registou 328 850 eleitores, o que corresponde a 51% de um universo previsto de 646 550 eleitores."Penso eu que vamos atingir as metas previstas, mas tudo depende do entendimento entre o Governo e a Renamo para facilitar o processo de registo dos eleitores", disse.
De todos os distritos de Sofala, o distrito de Marínguè lidera o nível de afluência ao recenseamento, com uma percentagem de 88% de inscritos, seguindo-se Muanza (83%), Chemba (72%), Caia (70%), Marromeu (64%), Cheringoma (61%), cidade da Beira (57%), Machanga e Dondo com 51%. Existem outros com percentagens abaixo dos 50%, como, por exemplo, Nhamatanda, Búzi, Gorongosa e Chibabava.
O director do STAE em Sofala, Celso Chimoio, disse ainda que, desde o início do processo a 15 de Fevereiro, existem na província de Sofala, treze postos de recenseamento que ainda não começaram a funcionar. "Temos nove postos que ainda não abriram, no distrito da Gorongosa, dois em Nhamatanda, um em Marínguè e um em Machanga, que totalizam treze. De um universo de 320 postos de recenseamento que deviam operar apenas estão a funcionar 307", concluiu. (José Jeco)
CANALMOZ – 08.04.2014

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