quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Frelimo e Renamo elevam tom

POR ENQUANTO SE LIMITAM A DISCURSOS CLAMOROSAMENTE ANTAGÓNICOS

AFrelimo condena “a pos­tura de violência” e “pro­nunciamentos intimidató­rios” da Renamo, maior força de oposição, e do seu líder e voltou a manifestar a sua recu­sa de um governo de gestão.

“A Frelimo repudia e con­dena veementemente os pronunciamentos intimi­datórios e a postura de violência que tem estado ciclicamente a ser utilizada pela Renamo e seu líder”, disse esta terça-feiraDamião José, porta-voz do partido no poder, em conferência de im­prensa realizada em Maputo.

Para o porta-voz da Frelimo, “os moçambicanos estão cansados de ciclicamen­te serem intimidados pela Renamo e seu dirigente”, apelando para o bom-senso de ambos e para que “pensem no povo antes de qualquer pronunciamento e acção”.

O partido liderado por Afon­so Dhlakama não reconhece o novo Presidente da República, Filipe Nyusi, nem o seu Exe­cutivo, investido na segunda­-feira, alegando que as elei­ções gerais de 15 de Outubro foram fraudulentas e exigindo participar num governo de gestão, sob ameaça de cria­ção de uma república autóno­ma no centro e norte do país.


Num comício realizado no sábado em Tete, Afonso Dhlakama prometeu reagir numa semana caso a Frelimo persista na recusa da sua exigência.

“Eu não vou ajoelhar-me à Frelimo porque não fui eu que roubei votos, mas os ladrões e comunistas da Frelimo é que se vão ajoelhar a mim, porque vou responder-lhes dentro de uma semana, caso eles continuem a brincar com o povo”, declarou o presidente da Renamo.

A Frelimo, através do seu porta-voz, reiterou esta terça­-feira que “não haverá lugar a um dito governo de ges­tão”, insistindo que o actual Executivo foi legitimado pelo voto nas eleições gerais, cujos resultados foram validados pelo Conselho Constitucio­nal, apesar dos protestos da oposição.

Segundo Damião José, o partido no poder está, porém, aberto “a trabalhar e dialogar, tendo sempre em vista para a inclusão, que não significa ter membros da oposição no Governo, mas ouvir o pensamento dos moçambi­canos e as forças vivas da sociedade”.

Tanto o Governo empos­sado na segunda-feira como o elenco de governadores provinciais, investidos esta terça-feira, não contemplam qualquer figura da oposição.

CORREIO DA MANHÃ – 21.01.2015

Frelimo não confirma reunião anunciada por Dhlakama com Governo moçambicano

A Frelimo, partido no poder em Moçambique, não confirma o encontro anunciado na terça-feira pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, com o executivo moçambicano, avisando que não haverá discussões sobre a exigência de um Governo de gestão.

"A Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] apresenta um ponto para falar sobre um tal Governo de gestão e esse diálogo está fora de hipótese", disse hoje à Lusa Damião José, porta-voz da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique)", descartando a marcação de qualquer encontro do Governo com o maior partido de oposição para os próximos dias. "Não existe nada, é absolutamente falso", acrescentou.

O Líder da Renamo anunciou na terça-feira um encontro com o novo executivo moçambicano, para discutir a sua exigência de um Governo de gestão, envolvendo os principais partidos de oposição.

LUSA . 21,01,2015

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