terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Obama esconde-se trás uma cabine de vidro

Hoje, 14:48

Obama, EUA, automobilismo, segurança

Foto de arquivo

Em 25-26 de janeiro, o presidente dos EUA, Barack Obama, estará na Índia, a convite do primeiro-ministro desse país, Narendra Modi, para comemorar o Dia da República, festa nacional indiana. A pessoa do mandatário norte-americano será protegida por franco-atiradores, as ruas adjacentes poderão ser fechadas durante o evento. E a parte estadunidense já pediu uma cabine de vidro blindado para Obama.

Até as entradas dos prédios que estão situados na avenida Rajpath, no centro de Nova Deli, onde acontecerá a parada militar do exército indiano, poderão ficar fechadas por toda a duração do evento e os preparativos, informou na segunda-feira a agência Tass.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que esteve na Índia até domingo (na segunda-feira, chegou ao Paquistão), discutiu a preparação dessa visita com o governo deNarendra Modi sem precisar os pormenores do encontro. Mas uma coisa fica clara: o presidente dos EUA terá medidas de proteção pessoal que nem o Papa.
“Qualquer cara com uma faca pode saltar a cerca da Casa Branca [residência oficial do presidente dos EUA na capital, Washington], atravessar o gramado e chegar à sala Leste antes de ser parado pelos seguranças. Já em Nova York [durante uma visita de Obama a essa cidade em setembro de 2014], eu posso assegurar, se esse cara não tivesse podido nem sair na rua com seu cachorro, porque o senhor Obama estava perto". São as palavrasde Allan Ripp,colunista do The Wall Street Journal. Ele também menciona os franco-atiradores colocados nos tetos dos prédios adjacentes.
A presença de um alto dignitário político suscita reforço de segurança, mas, via de regra, é segurança para ele, não para as pessoas que assistem ao evento ou simplesmente passavam lá.
Em 2009, o recém-eleito presidente Barack Obama recebeu a nova versão do carro presidencial, produzido pela General Motors, que foi imediatamente batizado de “A Besta” (“The Beast”). É um mecanismo munido de um sistema de visão noturna, proteção bioquímica (algumas fontes citam também proteção contra a radiação), blindagem, vidro grosso e outras coisas do estilo. O objeto mais curioso talvez seja o recipiente com o sangue correspondente ao do presidente. Outro recipiente contém oxigênio.
Só faltou o aspersor de democracia automático.
O carro, transportado em viagens internacionais por um Boeing C-17 Globemaster III da Força Aérea norte-americana, não parece suficiente ao presidente e às pessoas encarregadas da proteção dele. Uma das normas de segurança pessoal reforçada, citada pela agência Tass, prevê que o presidente não esteja ao ar livre em eventos públicos durante mais de 30 minutos seguidos. É esta norma que Obama vai desrespeitar em Nova Deli, já que a cerimônia solene dura umas horas.
Talvez tenha sido essa norma também que impediu ao presidente estadunidense de viajar para a Marcha Republicana em Paris? A manifestação, sim, durou bem mais de 30 minutos.
Aliás, várias fontes afirmam que a administração do presidente dos EUA pediu que a parte indiana prepare para ele uma cabine de vidro a prova de balas para que ele possa estar ao ar livre, perto de Narendra Modi e outras pessoas, visível a todos e ao mesmo tempo com a sua integridade física protegida.
E no entanto, os EUA convocam uma cúpula dedicada ao combate contra o terrorismo. Que tal uma cabine de vidro para todos os participantes?
A questão da segurança pessoal do chefe de Estado dos EUA ganhou especial importância após o assassinato de John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963, um dos eventos que mais marcaram o século XX. Kennedy foi morto por um tiro durante uma visita ao estado de Texas, ao viajar em carro aberto.
Os serviços secretos dos EUA ocupam-se da proteção tanto da família do presidente atual, o seu vice, como do presidente eleito e seu vice com suas respectivas famílias, de ex-presidentes e suas esposas, de seus filhos e filhas até 16 anos, de chefes de Estado estrangeiros e suas esposas ou esposos, assim como de visitantes de altos cargos políticos desses países, que visitam os EUA, de candidatos principais à presidência e vice-presidência e suas esposas começando 120 dias antes da eleição.
Outros indivíduos a serem protegidos pelos serviços secretos também podem ser indicados pelo presidente dos EUA.

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