domingo, 22 de março de 2015

A REALIDADE CABO VERDEANA

Carlos Fortes Lopes partilhou a sua publicação.

Esses senhores e senhoras que ocupam os assentos das bancadas parlamentares da Assembleia Nacional de Cabo Verde, precisam ser reformados, dispensados e ou reciclados.
As eleições legislativas do próximo ano serão, decerto, o momento marcante na história do parlamento cabo verdeano.
É imprescindível a reforma do parlamento e os atuais atores políticos dessa casa precisam reunir à volta de uma mesa e debater a melhor forma de introduzir uma reforma urgente no sistema político nacional.
O povo destas ilhas vem manifestando o seu descontentamento com a forma como os deputados são eleitos e exigem uma reforma da lei, acabando com o sistema de listas partidárias.
Sem cabeças de lista ou ordem de eleição.
O Povo é quem deve escolher cada um dos seus representantes parlamentares e não os partidos políticos.
Já não existe confiança populacional que determine a manutenção do atual sistema.
Os Deputados, o Primeiro Ministro e o Presidente da Republica não precisam de mais regalias.
O Zé povinho é quem precisa ver melhorado o seu poder de compra, para que a economia do país possa evoluir e encontrar a solidez necessária para reformas econômicas e financeiras nacionais.
Além do vencimento mínimo ser de apenas 11 mil escudos mensais, um terço (1/3) da população nem sequer tem acesso a esse montante erisório, que não consegue manter uma família de quatro pessoas.
Enquanto muitos sofrem com a fome e condições sub humanas de habitação os senhores políticos querem aumentar os seus subsídios de renda que já são sete (7) vezes o vencimento mínimo praticado no país.
Isto tudo sem falar das verbas de representação (3 vezes o vencimento mínimo do pobre coitado) e os mais de 14,000$00 de subsídio de comunicação (telefones e outros).
De salientar ainda que os Líderes das bancadas parlamentares (PAICV/MPD) beneficiam das mesmos regalias de qualquer um dos atuais Ministros do Governo.
Enquanto esses políticos e seus familiares desfrutam das benesses do acesso grátis aos veículos do Estado para passeios familiares e outros, o pobre povo eleitor nem consegue levar a panela ao lume para alimentar os filhos coitados.
Triste sina do cabo verdeano.
A Voz do Povo Sofredor
Carlos Fortes Lopes, M.A.

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