segunda-feira, 23 de março de 2015

CONSIDERA ISAURA NYUSI: Formação da mulher é imperativo nacional

Sábado, 21 Março 2015
A PRIMEIRA-Dama de Moçambique, Isaura Nyusi, afirmou quinta-feira em Maputo que o acesso da mulher à formação profissional e a projectos de micro-finanças constituem imperativo nacional, pois só assim se pode falar da redução da pobreza no país.
Isaura Nyusi, que falava num encontro que manteve com cônjuges de governantes e do corpo diplomático, disse que a formação da mulher e o acesso a micro-finanças é a porta para a sua integração na vida laboral, seja trabalhando para outrem, seja para actividades empreendedoras e de auto-emprego.
“Quero afirmar uma vez mais que esta é uma luta de todos e podemos estar seguros que só será possível obtermos resultados positivos quando todos, homens e mulheres, cumprirmos a nossa parte e lutarmos em conjunto”, salientou.
Naquilo que constituiu encontro de reflexão sobre o papel da mulher, Isaura Nyusi recordou que dentro de dias o país vai acolher o 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, sob o lema “Mulher Moçambicana na luta pela paz”, acto integrado no quadro das festividades dos 40 anos da independência.
Explicou que o lema reafirma o grande compromisso da mulher pela paz, condição principal para o desenvolvimento sócio-económico.
“A luta pela consolidação da paz e harmonia ao nível nacional tem que ser uma constante nas nossas vidas e começa nas nossas mentes, nos nossos lares, nos locais de trabalho e de residência, na forma como somos capazes de nos relacionar em todos os momentos das nossas vidas”, disse a primeira-dama, acrescentando que a paz implica o máximo respeito pelo próximo, independentemente da sua origem, do seu extracto social, da sua cor política ou crença.
A esposa do Presidente da República disse que o país tem muitas razões para celebrar com júbilo o mês da mulher, pois são grandes e incontornáveis os sucessos alcançados na luta pela igualdade do género.
Salientou ainda que Moçambique ocupa neste momento a 26.ª posição no conjunto de 133 Estados-membros das Nações Unidas no que diz respeito à adopção de boas práticas nos diferentes domínios tendentes à promoção do apoderamento da mulher. Importantes leis foram dotadas ou revistas, visando o reforço da igualdade do género.
Em relação à participação da mulher na vida política e na administração pública tem sido crescente o número de mulheres deputadas da Assembleia da República, nas assembleias municipais, bem como o número de mulheres em posições de liderança no Governo aos diferentes níveis.
Na Saúde e Educação, para além do elevado número de enfermeiras e professoras, tem-se verificado avanços significativos na redução acentuada da mortalidade materno-infantil e aumento da percentagem de mulheres alfabetizadas e a concluir níveis do ensino médio e superior de formação.
Na vida económica a mulher tem também o papel cada vez mais activo e a percentagem de mulheres a viver abaixo do nível da pobreza tem reduzido significativamente.
“Mas estas conquistas ainda que animadoras não nos podem sossegar. Precisamos de continuar a lutar com sabedoria e determinação para que possamos vencer os grandes desafios que temos pela frente”, disse Isaura Nyusi.
A primeira-dama destacou como acções indispensáveis o conhecimento da legislação e dos direitos da mulher, alfabetização e educação de adultos para que se reduza cada vez mais o número de mulheres analfabetas. A manutenção da rapariga nas escolas, a melhoria da qualidade dos serviços de Saúde, incluindo a sexual e reprodutiva, planeamento familiar como forma de continuar a lutar para que não moram mais mulheres a dar a luz.
Por sua vez, a esposa do primeiro-ministro, Verónica do Rosário, que falou em representação dos cônjuges dos dirigentes, agradeceu o encontro e garantiu que todos vão desenvolver esforços tendentes ao combate à pobreza que afecta em grande medida mulheres e crianças.
Joana Macie

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