quarta-feira, 11 de março de 2015

Frelimo instrumentaliza “extraparlamentares” para rejeitarem regiões autónomas

O Plano B 

A ideia das “regiões autónomas” continua a tirar sono ao partido Frelimo. O CanalMoz está na posse de informações segundo as quais, depois de fracassada a campanha dos membros da Comissão Política nas províncias de condenar as pretensões da Renamo, o partido no poder arregimentou um grupo de partidos políticos sem representação na Assembleia da República, para refutarem a ideia de regiões autónomas com base nos resultados das últimas eleições, tal como a Renamo pretende.
Assim, a ideia da Frelimo consiste em usar os “extra parlamentares” para apresentarem à Assembleia da República uma “preocupação” de que as regiões autónomas, não podem ser implementadas com base nos resultados de 15 de Outubro, mas a partir das eleições de 2019.
Assim, um grupo de partidos extraparlamentares, esteve esta terça-feira em audiência com a presidente da AR, Verónica Macamo, que é também membro da Comissão Política da Frelimo. De entre vários assuntos, os extraparlamentares apresentaram o que chamam de sua “posição sobre as regiões autónomas”. Em contacto com com o “Canalmoz”, Miguel Mabote, presidente do partido Trabalhista (PT) disse que no encontro que mantiveram com Verónica Macamo, passaram a mensagem de que que as regiões autónomas não podem ser implementadas com base nos resultados eleitorais de 15 de Outubro”.


“Não estamos contra, nem a favor. Não se deve usar os resultados eleitorais [do ano] passados para a instalação das regiões autónomas”, disse Mabote, explicando que “em nenhum momento entregamos candidaturas para concorrer para as regiões autónomas”. Sobre a fraude eleitoral que suscitou as regiões autónomas como saída Mabote não quer falar. Disse que reconhece os resultados. Para Mabote “as regiões autónomas têm que ser um processo autónomo ao pleito eleitoral passado”. Mabote faz parte da pacotilha dos partidos políticos extraparlamentares que vivem na Frelimo e que depois são usados como “oposição” para o inglês ver... 
Fontes garantiram ao “Canalmoz” que a ideia é de facto da Frelimo que, querendo se ver livre de conotações de que esteja a inviabilizar as regiões autónomas, usou os extraparlamentares para apresentarem a ideia de que mesmo se a AR vier a aprovar o anteprojecto, o mesmo não deve produzir efeitos nesta legislatura. Segundo as nossas fontes, a presidente da AR já tinha conhecimento do plano. Confrontado sobre o assunto, Mabote refutou as acusações nos seguintes termos: “a Frelimo sabe falar e tem fórum próprio para falar”. “Temos que acreditar que há pessoas com ideias próprias”, disse Mabote. (André Mulungo)
CANALMOZ – 11.03.2015

Comments

1
Alibaba said...
Isto tudo é só e simplesmente para salvar os interesses de um pequeno grupo no seio da Frelimo. Este partido PT é corrupto e é partido sombra da Frelimo, ja receberam o dinheiro desta menoria que controla, reprime, humilha e mata e aparecem no publico a se arumarem de extra parlamenatários para atrapalhar o povo, näo, näo e nada mais. Porquê deixar para 2019? Que é para ganharem o tempo a tracarem novas estrategias de como roubar o Povo. Sim concordo com Akumanguetu nhacuana, tantas organizacöes para que? Isto é espendioso, STAE fora.
2
Akumanguetu nhacuaua said...
Nao quero incluir todos os Partidos extra parlamentares no intra frelimo do Sr Mabote. Porque ha de facto os extra- parlamentares serios e genuinos e nao fantoches, como o Partido trabalhista. Este pais precisa de gente seria e nao gente manipulada. A verdade para mim nao tem dono.Ate que concordo que as regioes autonomas sejam aplicadas a partir de 2019. Nao vejo problema nisso. Entao resolvam o problema da fraude que deu vitoria aos derrotados. Sr Mabote mais que ninguem, sabe que houve fraude, porque e uma pessoa comprometida com a verdade que nao tem dono, por ser um grande Pastor. O que nao concordaria e este processo acontecer como se nada tivesse acontecido. Houve uma fraude protagonizada pelo STAE e chancelada por alguns membros da CNE. Entao resolvam, ou Sr Mabote e seus colegas extra intra frelimos, proponham uma saida que nao leve este pais a guerra, que ao fim ao cabo, sao filhos de pobres que sao empurrados para os canos dos canhoes e vossos, grandes ideologos, nas universidades ou em melhores empregos. Esta maneira de fazer politica, ate Deus nao permite. Para mim o STAE deve ser instinto porque um braco ladrao. Deve haver a penas um centro de arbitragem eleitoral e nao dois. A CNE pode muito bem integrar operativos. E minha ideia mas o STAE, para mim deve desaparecer por ser um instrumento de desestabilizacao do Pais.

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