sábado, 23 de maio de 2015

Angola: O mercenarismo de Estado - Isomar Pedro Gomes


19 maio 2015 Tamanho da Fonte:A A




Luanda - A notícia pegou-­me de surpresa, Senegal de Macky Sall, vai Participar com unidades do exército na coligação liderada pela Arabia Saudita na guerra de Iémen. Pela primeira vez, suponho, um Pais Africano ao sul do Sahara, envia unidades militar para participar em combates fora do Continente.

Fonte: Club-k.net

Senegal, ė em principio um Pais muçulmano, mas pelo que se sabe, na sua generalidade os países muçulmanos africanos, parecem ter marcado uma certa distância, das degradativas, mortíferas diferenças que faz imagem de marca, do resto do mundo muçulmano; Shiitas e Sunitas.

Boko­Haram e Al­Shabab, ambos extremistas de cariz sunita (oceano Atlântico e Indico, respectivamente), não parecem contaminar o resto de Africa, até porque Senegal tem registo de exercício de uma democracia exemplar, o que por si identifica uma convivência salutar entre os governantes e o povo. A posição geográfica de Senegal, esta a “iões” de quilómetros da região, onde se desenvolve o conflito bélico iemenita. Senegal, Portanto não se sente nem de perto nem de longe ameaçado pelo incandescer do conflito.

AJUDA FINANCEIRA em troca DE AUXILIO MILITAR

Arabia Saudita, prometeu uma ajuda bilionária a economia Senegalesa, em troca da participação militar diga­se “fornecimento de carne para canhão” na guerra Iemenita. Países da região, situados no continente Africano; Egipto – o ‘Big Boss’ muçulmano de Africa e do médio oriente, Sudão do Norte, Eritreia, Etiópia e Quénia (este último, próximo do quintal onde se desenvolve o conflicto, até poderia participar, fazendo um possível ‘linkage’ entre o Al­Shabab e algum dos lados do conflicto), Rejeitaram categoricamente, o convite venenoso da Arabia Saudita, em “doar” tal “mercadoria” até o corrupto e ditatorial, estado da Eritreia de Isaias Afkwerki... Paquistão, potência sunita do mar Arábico, rejeitou o mediático e formal convite, com todos os “traços e iis” classificando­o como; “Não ė nossa guerra”...

Ora, ė guerra de Senegal?... Arabia Saudita, ambiciona estender os seus ‘poderosos’ tentáculos em Africa, exibindo o seu portentoso e multi­bilionário cofre, a boa maneira ‘Gaddafiana’?

Os jovens senegaleses (a carne para o canhão), marcaram uma manifestação de protesto, porem o governo senegalês, proibiu terminantemente tal manifestação (Democracia a derrapar no óleo?) ... Senegal, envia tropas para o golfo de Áden por razões económicas.

Equivale a atitude do governo angolano na região (africana)?... Sabemos, “oficialmente” por razões económicas, Angola desistiu de enviar tropas para a Republica Centro Africana, tal iria custar aos cofres públicos, cerca de um terço de

milhão de USD/dia... Porem, fontes oficiosas, apontam que, não foi por “dificuldades” económicas que JES, desistiu de enviar unidades militares para aquele pais irmão... JES, ‘adora’ fazer o papel de “boss” da região, a custo seja do que for.

França enviou um ‘cartão amarelo’, à intenção de Angola enviar tropas para a região, pois JES não quer voltar a ‘confrontar’ unidades do exército regular Francês... Como aconteceu recentemente na Costa do Marfim, que foi um verdadeiro “amargo de boca”.

QUE FAZER?

Mas, até quando o mercenarismo de estado, vai ser consentido pela ONU? Até porque a acção da Arabia Saudita, ė também enquadrada nesta moldura (mercenarismo de estado), quem deu permissão para a Arabia Saudita, invadir alias bombardear indiscriminadamente o Pais vizinho?...

Ė Urgente, a ONU (Já que ninguém mesmo, liga nenhuma a União Africana), tomar este assunto muito a “peito” e regular de uma vez por todas, tal intervenção... Um ditador, contestado pelo seu próprio povo, não lhe dá legitimidade nenhuma de solicitar intervenção militar, seja de quem for... Se não amanhã, quando JES (por exemplo) se vir confrontado por uma hipotética rebelião popular, “veremos de NOVO, as tropas cubanas no nosso solo” sob a capa de um suposto ‘legitimo’ pedido de auxilio...

“Bem!... Só pensei alto, com os meus botões...” Isomar Pedro Gomes
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