sexta-feira, 22 de maio de 2015

Polícia exterioriza legado dos libertadores da pátria




Sexta, 22 Maio 2015

POLÍCIA da República de Moçambique (PRM) exterioriza o legado histórico dos libertadores da pátria e fundadores da nação, pelo que os seus ensinamentos devem impulsionar as novas gerações de agentes da lei e ordem, para encararem com firmeza os novos desafios e ameaças contra o nosso país.

Esta posição foi assumida ontem pelo Vice-Ministro do Interior, José Coimbra, durante o lançamento do livro “40 anos da Polícia: Passado de Glória, Presente de Maturidade e Desafios de Profissionalização”, da autoria do nosso colega da Redacção Hélio Filimone, uma cerimónia inserida nas celebrações do 40.º aniversário da PRM, assinalado a 17 de Maio.

A cerimónia foi testemunhada pelos dois antigos Presidentes da República, nomeadamente, Joaquim Chissano e Armando Emílio Guebuza, antigos ministros do Interior, comandantes-gerais da PRM e demais quadros da corporação.

José Coimbra disse ainda que o livro sobre a vida da Polícia reflecte o interesse dos seus membros de preservar a memória institucional da corporação e dos seus feitos, logrados ao longo dos seus 40 anos de existência.

“Trata-se de um livro inédito na história da PRM, um valioso contributo na divulgação da génese e do desenvolvimento da nossa Polícia, na medida em que condensa a experiência acumulada durante os 40 anos de desafios, adversidades e profissionalismo”, afirmou.

José Coimbra explicou ainda que a geração pioneira da PRM inclui membros seleccionados das antigas Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM), na maioria dos casos sem formação policial específica.

“Este grupo lançou as bases fundamentais da corporação durante a fase histórica da criação do Estado e da nação moçambicanos, pelo que os seus feitos merecem ser preservados”, acrescentou Coimbra.

Entende ainda que os depoimentos que constam no livro ajudam a compreender a metamorfose da progressiva transformação da Polícia e o crescimento da corporação que, com o tempo, foi-se adequando à medida do contexto nacional, regional e internacional.

Para o Vice-Ministro do Interior, a obra resgata e resguarda o conhecimento sob abnegação dos homens e mulheres que, desprovidos de conhecimentos científicos, mas portadores de sentido patriótico, souberem garantir a ordem e lei, sacrificando a sua juventude e vidas em defesa da pátria.

“Os depoimentos da geração pioneira da PRM permitem ainda constatar que houve uma vontade colectiva condensada numa clara cadeia de comando que tem vindo a caracterizar a Polícia moçambicana”, disse o governante, acrescentando que a obra transmite a mensagem dos libertadores da pátria e a experiência das gerações recentes da Polícia, visando aprimorar o futuro da corporação no cumprimento da sua missão de garantir a ordem e segurança públicas.

A OBRA PERSPECTIVA O FUTURO DA POLÍCIA

O livro “40 anos da Polícia: Passado de Glória, Presente de Maturidade e Desafios de Profissionalização” teve o privilégio de ser prefaciado pelo Chefe do Estado e Comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Filipe Jacinto Nyusi, que confessa ter sido “com muita emoção” que aceitou o convite para o fazer.

Para o Presidente da República, para além de ser inédita, na história da PRM, a obra é um contributo sem precedentes para a divulgação da génese e desenvolvimento da nossa Polícia. “O seu mérito reside também no facto de apresentar perspectivas sobre o futuro da corporação, pois visa garantir a ordem, tranquilidade e segurança públicas”, reconheceu o Chefe do Estado, acrescentando que o autor da obra tem o mérito de ter usado fontes primárias, sendo de destacar as entrevistas com quadros de diferentes sectores que compõem o Sistema de Administração da Justiça.

“Foram entrevistados políticos, membros da Polícia e outros representantes das instituições de Administração da Justiça, como tribunais, Procuradoria da República e Ordem dos Advogados. As pessoas relataram as suas experiências, perspectivas e visões sobre a génese, evolução e o futuro da Polícia”, revelou ainda o Chefe do Estado, acrescentando que os depoimentos dessas figuras ajudam a compreender a metamorfose da progressiva transformação e crescimento da corporação policial”.

“Registo com satisfação o facto de constatar que os depoimentos das personalidades entrevistadas vaticinarem um futuro brilhante da nossa Polícia. Todavia, esse futuro brilhante depende da capacidade dos próprios agentes em consciencializar-se e assumir as prioridades definidas para as suas áreas específicas de formação”, anotou.

Para o Comandante-chefe das FDS, esta obra reforça a dignidade, honra e o bom nome da PRM. Constata-se que a Polícia consolida continuamente a sua aproximação com o público, cristalizando uma relação de dependência mútua, assente nos pressupostos segundo os quais a Polícia nasce do povo e sustenta-se no povo.

Filipe Nyusi considera ainda que o livro mostra que a Polícia evoluiu e acompanha a evolução, as transformações e as exigências da sociedade.

“Quanto mais evoluírem os desafios, maior deverá ser a nossa capacidade de fazer face a esses desafios, começando pela percepção da missão. A missão de um agente da Polícia guia-se pela lei e alimenta-se pelo sentido patriótico e de cidadania na sua relação com o cidadão”, recorda, acrescentando que em toda a sua actuação, o agente deve ter a consciência dos limites impostos pela lei, que é a sua principal ferramenta e guia supremo.

“A lei é o princípio e o fim da acção policial. O seu cumprimento deve continuar a ser a característica principal de um agente para garantir a protecção do cidadão e da sua propriedade”, declara ainda o Comandante-chefe das FDS, no Prefácio.

ATIVIDADE RECENTE




NA POSSE DOS SEUS HOMENS: Dhlakama deve entregar as armas
Sexta, 22 Maio 2015

VETERANOS da luta de libertação nacional residentes em Chidjinguire, no distritode Homoíne, em Inhambane, apelam ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, para entregar, com urgência, as armas que se encontram na posse dos seus homens.


Os veteranos defendem que com a existência das forças militarizadas da Renamo o povo moçambicano vive numa situação de incerteza.

Segundo os libertadores da Pátria, Afonso Dhlakama deve sentir-se filho deste país e os seus actos orientados para o desenvolvimento e não para a intimidação das pessoas.

Citados ontem pela Rádio Moçambique, os veteranos residentes em Chidjinguire sustentam ainda que a paz que todos os moçambicanos precisam não é propriedade de uma só pessoa, mas sobre ela devem estar comprometidos todos os seguimentos da sociedade.

Os veteranos da luta de libertação nacional sublinham ainda que a sua missão foi cumprida, que era de conquistar a Independência nacional, por isso não querem pegar em armas e voltar ao mato.

Reiteraram a necessidade da continuação do diálogo entre o Governo e a Renamo, com vista a conseguir-se uma solução duradoira.

Chama da Unidade já “ilumina” Manica
Sexta, 22 Maio 2015

BUNGA, a sede da localidade com o mesmo nome, no distrito de Guro, norte da província de Manica, tornou-se pequena para acolher ontem, a multidão eufórica, que para ali se dirigiu para receber a Chama da Unidade, que percorre o país desde o dia 7 de Abril e que deverá chegar a Praça da Independência em Maputo a 25 de Junho próximo, dia em que Moçambique completa 40 anos de independência e liberdade.


Com efeito, pessoas provenientes de vários pontos do distrito de Guro e da província de Manica, com maior incidência a capital provincial, Chimoio, aglomeraram-se logo pela manha, em Bunga, na expectativa de ver a chegar e tocar aquilo que é considerado o símbolo da unidade nacional, que entrou em Manica, por volta das 9.30 horas, ida de Changara, distrito limítrofe, na margem norte do rio Luenha, em Tete.

A Tocha foi entregue ao governador da província de Manica, Alberto Mondlane, pelo seu homólogo de Tete, Paulo Auade, naquilo que constituiu o momento simbólico mais alto da cerimónia, presenciada por milhares de pessoas, representando os mais distintos estratos da sociedade, que seguidamente tocaram no brandão, há muito esperado na província de Manica.

Na ocasião, o governador de Tete disse que entregava a Tocha ao seu homologo em boas condições, depois de ter circulado na província que dirige e que era sua expectativa ver a Chama seguir a sua trajectória, promovendo a unidade nacional, a coesão entre os moçambicanos e a inclusão, numa nação que se pretende unida e desenvolvida, onde as diferenças não devem servir de barreiras no projecto colectivo de desenvolvimento.

Por seu turno, o governador de Manica, Alberto Mondlane, manifestou, em nome do Governo e da população da província que dirige, a sua profunda satisfação e gratidão pela honra de receber o símbolo da unidade nacional e afirmou que tudo fará para que a Tocha circule na província e todos a possam tocar para dela se inspirem, nas suas acções em prol da consolidação da unidade nacional, da paz e do desenvolvimento.

Alberto Mondlane disse na ocasião, que a Chama transmite os valores da unidade na diversidade de todos os moçambicanos, do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Indico, espírito através do qual os habitantes da província têm se inspirado nos seus esforços em prol da erradicação da pobreza e da promoção de uma nação unida e equitativamente desenvolvida.

O governador de Manica convidou e exortou todas as camadas sociais da província, independentemente das suas opções politicas e ideológicas, para que toquem na Chama da Unidade e desta forma embarquem no processo de consolidação desta conquista, fruto do qual Moçambique se tornou independente e através do qual vai desenvolver-se.

Seguiu-se uma grande azáfama, em que todos queriam tocar na Tocha, um acto que foi antecedido de danças e canções do rico mosaico cultural local, facto que emprestou ao evento, um momento de completa euforia.

DESPERTA NOVAS GERAÇÕES

Ainda ontem, depois de percorrer a zona norte do distrito de Guro, a Chama pernoitou no distrito de Tambara, movimentando a população local que afluiu à sede distrital para tocar nela. Hoje, a Chama parte de Tambara para Báruè, arrastando consigo multidões que ansiosamente, aguardam pela sua vez para tocar na Tocha.

A Tocha da Chama da Unidade já percorreu as províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia e Tete. Na provincia de Manica, segundo o roteiro que nos foi cedido, deverá percorrer sucessivamente os distritos de Guro, Tambara, Báruè, Macossa, Vandúzi, Manica, Sussundenga, Mossurize, Machaze, Macate, cidade de Chimoio e Gondola, de onde partira para Sofala, atraves do distrito de Nhamatanda.

Durante o seu percurso a Chama da Unidade, que “ilumina” o país inteiro desde 7 de Abril, após que foi acesa pelo Chefe do Estado, Filipe Jacinto Nyusi na aldeia de Namatili, em Cabo Delgado, vai escalar vários povoados dos distritos integrados na sua trajectória, com om objectivo de resgatar a história de Moçambique, valorizar os construtores da pátria e redobrar a importância de que se revestem as celebrações dos 40 anos da independência nacional, conquistada a 25 de Junho de 1975 do jugo colonial português.

Todos que tocaram na Tocha da Chama da Unidade disseram sentir-se estimulados e galvanizados a continuar a despertar as novas geracoes visano o aperfeiçoamento dos desafios da actualidade, fazendo-o com firmeza e determinação e reforçando a unidade nacional, a solidariedade, a paz e a soberania.

VICTOR MACHIRICA

AR considera positiva visita de Zuma ao país
Sexta, 22 Maio 2015

AS três bancadas parlamentares da Assembleia da República (AR) consideraram ontem positivo e de grande relevância o facto do Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, ter vindo ao nosso país pedir desculpas pela violência xenófoba que se registou em algumas cidades do seu país e que resultou na morte de pelo menos sete pessoas e em avultados danos materiais, para além do repatriamento forçado de milhares de emigrantes.


Os responsáveis das três bancadas falavam ao nosso Jornal, momentos após a visita de cortesia efectuada à sede parlamentar, pelo Chefe do Estado sul-africano, Jacob Zuma, no âmbito da sua visita oficial de dois dias ao nosso país, que terminou ainda ontem.

Margarida Talapa, chefe da bancada da Frelimo, disse que face à humildade e o pesar manifestado pelo Chefe de Estado sul-africano, não existem motivos para os moçambicanos não perdoarem os sul-africanos pelo sucedido.

“Perdoemos na convicção de que as garantias dadas pelo Presidente Zuma de que situações idênticas não voltarão a acontecer são reais”, frisou Talapa.

Por sua vez, a chefe da bancada da Renamo, Ivone Soares, depois de corroborar com as declarações de Talapa, revelou o facto de Jacob Zuma ter manifestado interesse em se encontrar com o líder da sua formação politica, Afonso Dhlakama, para se debruçarem sobre a paz e estabilidade em Moçambique, entre os dois países, na regiao austral de África e no continente, em geral.

Já Lutero Simango, líder parlamentar do MDM também, também se mostrou satisfeito com a atitude do estadista sul-africano e manifestou o desejo de não voltar a ouvir falar de actos xenófobos que, segundo disse, em nada dignifica os povos.

FOI UM GRANDE SUCESSO

Por sua vez, o Presidente sul-africano considerou de “grande sucesso” a visita de Estado de dois dias que efectuou ao nosso país.

“A visita de Estado a Moçambique foi frutífera e um grande sucesso, tivemos debates muito satisfatórios sobre várias matérias da cooperação entre os dois países”, disse Zuma em declarações aos jornalistas, no final do encontro com a Presidente da AR, Verónica Macamo, que marcou o fim da sua visita a Moçambique.

Disse ser sempre uma alegria voltar a Moçambique, onde viveu 10 anos de exílio durante os tempos do regime do “apartheid”na África do Sul.

Sobre a questão de xenofobia na África do Sul e que marca a actualidade entre os dois países, o Chefe do Estado sul-africano disse que informou a direcção do parlamento moçambicano de pormenores sobre tal violência.

“O parlamento é uma instituição importante de uma democracia, por ser lá onde estão os representantes do povo, que defendem e protegem os interesses da sociedade”, declarou Jacob Zuma, considerando importante que os seus membros saibam dos detalhes para poderem dar a conhecer à sociedade o que realmente aconteceu.

No encontro com a direcção da AR, adiantou Zuma, foi igualmente abordado o papel do Parlamento Pan-Africano, que, na sua opinião, poderia remediar várias situações no continente, se tivesse uma maior margem de manobra nas suas actuações”, dai que, referiu os sul-africanos estão a reflectir em torno do papel que esta instituição da União Africana deverá ter na gestão política do continente e no seu desenvolvimento social e económico.

“Estamos muito satisfeitos com este encontro e tenho o pressentimento de que a interacção entre os parlamentos dos dois países vizinhos é muito importante. A questão é a seguinte, se somos vizinhos, e nos sentimos desconfortáveis, esse pode ser um dos impactos negativos da vizinhança, quer gostemos ou não. É por isso que existe um adágio popular que diz que se pode escolher um amigo, mas não se pode escolher um vizinho. O vizinho é posto ao nosso lado por Deus. Por isso, devemos ter a certeza de que a vida e a relação com o vizinho são boas. Levamos muito tempo a debater a nossa vizinhança. Por isso estamos muito satisfeitos com o encontro que mantivemos aqui na Assembleia”, frisou o estadista sul-africano.

Nas conversações entre as delegações dos dois países, foi, igualmente, enfatizada a necessidade de uma maior comunicação na deportação de moçambicanos em situação ilegal na África do Sul, bem como o imperativo de melhorar a implementação dos mais de 60 acordos de cooperação que os dois países já assinaram até ao momento.


BLOGANALISE: Maldosa procrastinação
Sexta, 22 Maio 2015

“Lutemos por um mundo novo...um mundo bom que a todos assegura o ensejo de trabalho, que dê futuro à juventude e segurança à velhice.” Charlie Chaplin


PARA quem lê com frequência os meus textos facilmente irá entender que hoje alguma coisa não está como o habitual no título.

Geralmente, escrevo como falo. Não uso palavras especiais ou complicadas para transmitir a minha mensagem, pois tomo em consideração que estou a escrever para um jornal de utilidade pública e não para uma revista científica. No título do texto de hoje há uma palavra não corrente, porém não encontrei outra forma, mais fácil, de designar aquilo que nas línguas chope e changana chamam de “MIHONI ”.

A minha maior preocupação, neste texto, reside naquelas pessoas que têm excelentes ideias para iniciar um negócio, têm todas as condições materiais para tal, mas, por razões de vária ordem, nomeadamente o medo de pôr o seu capital em risco e o receio de não prosperar pesa sobre elas um elevado nível de MIHONI (procrastinação) e acabam perdendo oportunidades à espera de um momento utópico que para eles seria ideal.

De acordo com o Dicionário Universal procrastinação é o diferimento ou adiamento de uma acção. Para a pessoa que está a procrastinar, isso resulta em stress, sensação de culpa, perda de produtividade e vergonha em relação aos outros, por não cumprir com as suas responsabilidades e compromissos.

Embora a procrastinação seja considerada normal, torna-se num problema quando impede o decurso normal das acções. A procrastinação crónica pode ser um sinal de problemas psicológicos ou fisiológicos.

Vejo, com alguma regularidade nos murais do facebook, no “chapa cem”e mesmo em carros privados, frases interessantes como; ”A vida é urgente”; “O que importa é começar”; “Comecei, Deus saberá onde irei chegar”; “a minha maior obrigação era começar”; “Deus é que sabe, comecei e entrego tudo nas mãos Dele”, etc., e percebo a importância do começar a fazer algo para tentar melhorar a sua vida. Para quê procrastinar? Comece já!

Agora, antes de começar, sugere-se que responda a várias perguntas tais como: começar a fazer o quê?; como começar?; onde começar?; e tantas outras que lhe possam ajudar a orientar a sua ideia de negócio. As questões “vender o quê?” e “quem precisa de comprar o quê?” parecem similares, mas sugerem estudos completamente diferentes. A primeira sugere o estudo do tipo de produto para o determinado tipo de mercado e a segunda o estudo do nicho de mercado para um certo produto. Portanto, com as duas respostas, terá um bom ponto de partida.

Se continuar a adiar depois de ler este texto a sua procrastinação transformar-se-á em maldade sem culpado, e isso vai afectar-lhe psicologicamente de forma negativa. Comece já. Não se esqueça, decidir começar já é um passo.

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