sábado, 16 de maio de 2015

Rapaz humilhado rejeitou apoio psicológico da escola







Jorge, 17 anos, agredido por um grupo, disse ao diretor da escola que quer seguir em frente e a mãe apoia-o na decisão. Constança, uma das agressoras, arrisca chumbar


Quase a completar 18 anos, Jorge é o rapaz da Figueira da Foz que todo o país conheceu num vídeo a levar bofetadas de duas raparigas, encostado a uma parede, impassível. Mas o jovem correto e educado, como o descreveram, filho de uma auxiliar de educação e de um trabalhador da construção civil, é muito mais do que uma simples vítima. Aliás, nem se quer vitimizar. "Ontem falei com ele e com a sua mãe. Coloquei-lhe ao dispor o apoio da psicóloga da escola mas ele rejeitou. Para já, não quer. Disse-me que queria seguir em frente na sua vida", contou, em declarações ao DN o diretor da escola secundária Joaquim de Carvalho, Carlos Santos.

A versão mais recorrente na Figueira da Foz é que o rapaz teria sido emboscado pelo grupo de oito jovens depois de ter alertado o namorado de uma das agressoras de que estaria a ser traído por ela. Facto é que Jorge não era uma vítima reiterada de agressões na escola ou fora dela por parte de outros jovens. Ou seja, não era uma vítima de bullying nem passou a ser por causa de um episódio isolado de violência. É "calmo e calado", como descreveu o diretor da escola, mas tem amigos e atividades. "É sempre o repórter fotográfico da escola numa série de atividades", contou Carlos Santos.

A mãe do jovem preferia que ele tivesse o apoio psicológico mas respeita a sua escolha. Auxiliar de educação em tempo parcial na escola João de Barros, vizinha à frequentada pelo filho, Sónia Santos é u ma mãe presente na educação dos filhos. Jorge tem mais irmãos e um deles, mais novo, também frequenta a escola secundária Joaquim de Carvalho.

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