domingo, 7 de fevereiro de 2016

10 anos do Canal de Moçambique: o meu testemunho Por Luis Nhachote


10 anos do Canal de Moçambique: o meu testemunho

Há uma decáda e nesta data, em formato electrónico, via à luz do dia a primeira versão do jornal Canal de Moçambique, hoje celebrado por uns e odiado por outros. Sabiamos à partida que não iriamos agradar a “gregos e troianos”...
O parto do NUMERO UM, era o consolidar de um sonho, “sonhado” em 2005 depois de várias e regadas tertúlias. A motivação era a tentativa de controlar e fiscalizar o ‘Guebuzismo” e, todas as suas formas de manifestação no que tange ao cerceameanto e controle das liberdades na comunicação social. 
Assim, porque nós os fundadores do Canal de Moçambique, nesse idilíco de liberdade, em novembro de 2005, fomos alí ao quarto cartório notarial, registar a IMPREL. 
A IMPREL é, como daqui se poderá depreender, a IMPRENSA LIVRA-TE LIMITADA. Nada mais do que isso, como se pode ver do BOLETIM DA REPÚBLICA, O JORNAL DO ESTADO MOÇAMBICANO. Sete era o número de sócios como lá se pode ler ( Um deles expulso da magistratura). Um dos pontos do nosso estatuto editorial, era a directiva de que não iriamos compactuar com o servilismo das “boleias” das corporações e do governo. E fincamos pé, até nos rendermos a realidade dos tentáculos do poder. 
Os nossos primeiros quadros foram escolhidos das vitrinas da escola de jornalismo, após eu e o João Chamusse (actual diretor do ZAMBEZE e fundador da IMPREL) termos ido lá ver as listas. Emildo Sambo (actual chefe de redação do @Verdade) e Jorge Matavele (Da TV Miramar) e mais tarde Borges Nhamirre (Actual pesquisador do Centro de Integridade Pública (CIP)) e Felicidade Zunguza (actual TV Sucesso), fazem parte desse lote.

Outros como José Belmiro (Actual vogal da Comissão Nacional de Eleições), Celso Manguana (Jornalista e Poeta laureado no exilio), Conceição Vitorino (Editora do Catembe), foram “recrutados” pelo seu talento natural do inicio de um sonho. Mais tarde, Matias Guente, actual editor executivo e outros dariam corpo ao Canal, hoje um dos mais vibrantes produtos desta nossa perene democracia.
O Canal está ai nas ruas como um dos vetores mais vibrantes e na contra corrente das mordaças dos poderes tentaculares. É vilependiado pelos sectores anti-democráticos e “puritanos”, por dar voz ao último bastião da democracia, encarnado na Renamo e no seu líder, como se o NOTICIAS, TVM, RM, não inudassem e manipulassem a opinião pública com “Hossanas” a isto e aquilo, sem querem abordar a EMATUM e os seus gatunos, como se de santos se tratassem.
Dez anos depois que lições?

Quando me despedi do semanário SAVANA, escola de muitos do jornalismo quotidiano, embarcava num sonho do qual hoje estou apenas comercialmente ligado. Com as crises do mercado e as suas nuances, a IMPREL teve que se associar ao “primo” de um dos sócios para fazer face a crise. Assim, em 2009, nascia a CANAL I, LIMIDADA, para que a marca não se ficasse pelo sufoco. De lá a esta parte, os estatutos tem sido pontapeados, nunca houve ASSEMBLEIA GERAL, PARA A PRESTAÇÃO DE CONTAS, mas o jornal está ai semana sim a apontar os “ERROS DOS OUTROS E DO SISTEMA”, como se de uma DONZELA DO IMPULUTO SE TRATASSE. 
E, porque os interesses da minha e outros sócios aos que estão a frente da ilegalidade, já mandaram a um dos empregados do projecto ao qual dei o melhor de mim, (Leia-se Matias Guente) para vir saber “quanto queres pelas tuas quotas para saires da empresa”. 
Em suma, tenho orgulho de ser parte criadora deste projecto e ao final de seis anos sem prestação conta, nada me poderá deter, quando amanha eu for as entidades legais meter uma providência cautelar para salvaguardar os meus interesses comercias que vem sendo atropelados por uma “maladragem” com couro de “santos”.

A luta continua



Comments

Hermínio Doce Força companheiro!


Ariel Sonto Hewena...!




Dembo Sampanha Micha Afinal! Os atropelos por todo lado. Lindo texto...




Vaz de Sousa Fernando Veloso?O Luis parece ...Zangado.

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