domingo, 7 de fevereiro de 2016

BRINCANDO COM O FOGO!


Interessante!

A Frelimo, querendo antecipar-se ao inevitável, ou seja, as marchas que, mais tarde ou mais cedo, se irão desencadear em todo o País pela sua política belicista e repressiva, organizou ela mesma marchas “pela paz”. 

O objectivo seria o de se apresentar como vitima inocente, como se efectivamente não esteja nestes últimos tempos mobilizando para a guerra (tentativas de assassinar AD, seguida da agressão na Beira para recuperar as armas perdidas na tentativa de matar AD, raptos e assassinatos de vários membros da oposição, atentado contra o SG da Renamo, etc.). Sem contar com o investimento maciço em material bélico num Pais com a economia tao debilitada.

Que ingenuidade a do Partido Frelimo – incentivar o Povo a marchas e manifestações nesta altura? Não sera isso brincar com o fogo? Quando as chamas por elas ateadas estiverem bem altas e fortes nem a repressão pela PRM, UIR e quejandos conseguira para-las! 




Refugiados moçambicanos no Malawi já preocupam a ONU 


Crianças moçambicanas refugiadas fotografadas no campo de Kapise, no Malawi, no dia 18 deste mês 

| REUTERS/ELDSON CHAGARA 

Confrontos entre homens armados da Renamo e forças governamentais leais ao partido no poder em Moçambique, a Frelimo, já levaram mais de três mil pessoas a fugir para país vizinho

Quando tropas moçambicanas à procura de rebeldes atacaram a sua aldeia, Wit Messenger, de 10 anos, deu meia volta e fugiu, deixando para trás os pais, que pode nunca mais voltar a ver. Messenger é um dos milhares de moçambicanos que nos últimos meses atravessaram a fronteira para chegar aos campos de refugiados no Malawi, dizendo que as forças governamentais estão a queimar casas e a matar civis numa campanha contra guerrilheiros, numa nova escalada de um conflito entre os antigos inimigos da guerra civil: Frelimo e Renamo. Porta-vozes tanto de um como de outro disseram à Reuters que o outro lado é responsável pelos ataques aos seus membros em várias partes do país mas não deram detalhes sobre a violência que origina o êxodo de refugiados.

Os primeiros moçambicanos chegaram a Kapise, no Malawi, em junho de 2015, mas a agência da ONU para os refugiados, ACNUR, diz que o fluxo de refugiados tem vindo a crescer neste mês e prevê que o número possa aumentar de 3500 para cinco mil nos próximos dias, ultrapassando a capacidade dos centros de acolhimento.

Mais de metade dos refugiados são crianças que caminharam durante dias das aldeias moçambicanas da província de Tete, trazendo apenas a roupa no corpo. "Via as casas a arder, depois ouvi tiros e fugi", contou Wit, enquanto esperava, com outras crianças, por comida num vasto campo que se estende ao longo de uma colina com tendas de lona improvisadas.

"Não sei se os meus pais estão vivos ou mortos. Assusta-me a ideia de que posso não voltar a vê-los", disse, em lágrimas, vestindo um pedaço de roupa rasgado e calções amarrotados. As forças de segurança dizem que os combatentes da Renamo têm atacado postos avançados da polícia nas últimas semanas, perto da fronteira do Malawi, onde há transporte público, enquanto forças leais ao governo respondem ateando fogo às aldeias onde acreditam que estão rebeldes.

Memórias de guerra

A Renamo começou como uma guerrilha apoiada pelos vizinhos - o governo branco da Rodésia e depois o apartheid na África do Sul - para responder ao movimento comunista da Frelimo. A violência dos últimos tempos traz à memória a guerra civil travada entre Renamo e Frelimo, a qual fez um milhão de mortos entre 1976 e 1992 e levou à fuga de outro milhão, também para o Malawi.

Alguns dos moçambicanos que agora chegaram à aldeia de Kapise disseram à Reuters que esconderam combatentes da Renamo porque sentiam que não tinha outra alternativa. "O governo perguntava onde é que estávamos a esconder a Renamo", contou Agness Chifundo, que caminhou durante dois dias com os sete filhos para chegar a Kapise. "Quando não os conseguiam encontrar começavam a queimar as casas e a disparar. Eu vi cinco mortos e uma mulher a ser violada à minha frente."

A província de Tete tem grandes reservas de carvão mas algumas empresas de escavação como a Vale e a Rio Tinto não conseguiram levar a cabo os projetos devido aos preços baixos, à falta de infraestruturas e a toda a inquietação que se fazia sentir na população. Embora a recente onda de violência esteja afastada das vastas reservas offshore de gás que têm sido desenvolvidas no Norte de Moçambique pela Eni e Anadarko, esta preocupa os investidores, que já estão assustados pela recessão global.

Não existem detalhes precisos sobre os confrontos que estão a decorrer em Tete, no entanto existem sinais evidentes de um crescente conflito entre Frelimo e Renamo. O líder do Renamo, Afonso Dhlakama, de 63 anos, já afirmou que em março assumiria o poder em seis províncias do Norte, declarando autonomia nas áreas em que o seu partido venceu as eleições gerais de 2014. Não explicou como pretende fazê-lo. A nível nacional, a Frelimo obteve 57% dos votos, a Renamo conseguiu 37% dos sufrágios.

Assassínio falhado

Dhlakama tem estado escondido desde outubro do ano passado depois de ter sido alvo de uma tentativa de assassinato que diz ter sido encomendada pela Frelimo, embora o partido no poder o negue. O secretário-geral do Renamo, Manuel Bissopo, foi atingido e ferido na semana passada, horas depois de acusar as forças de segurança de matar membros do seu partido. A Frelimo diz que não esteve por detrás do ataque, no qual o guarda costas de Bissopo foi morto.

A presença da polícia na capital de Moçambique, Maputo, tem vindo a aumentar. Ocasionalmente são colocados agentes à porta dos escritórios da Renamo. O presidente Filipe Nyusi, de 56 anos, diz que quer negociar um acordo mas Dhlakama argumenta que esta não é uma atitude sincera. "Temos um problema de segurança a fermentar", disse, à Reuters, um diplomata do ocidental em Maputo. "Estamos a ver ataques feitos a um oficial chefe e ouvimos que a situação em Tete é terrível. As pessoas não fogem sem terem razões para isso."

O fluxo migratório coloca um travão nos recursos do Malawi numa altura em que uma das piores secas de sempre promete deixar 2,8 milhões com fome. O Malawi disponibilizou alguma terra em Kapise mas o ACNUR diz que não é o suficiente e alguns campos enfrentam surtos de cólera. "Não queremos viver assim, mas não podemos voltar", diz o agricultor moçambicano Robert Keness, apontando para as latrinas. "Temos medo da guerra na nossa casa."


Em Kapise

Com Manuel Mucari e Mabvuto Banda, jornalistas da ReutersGosto
23 pessoas gostam disto.
Ana Paula Macanji Dr. Keremos PAZ.PAZ.PAZ
Nando Conceicao Queremos paz, os politicos deveriam ir ali ao estadio nacional do zimpeto e lutarem entre eles como faziam os gladiadires,e o povo ficar sentado nas bancadas para aplaudir os vencedores,parem de matar nossas crianças por favor.
Raimundo Chauca nos os mocambicanos queremos paz
José Nbeua A grande maioria dos Moçambicanos,já percebeu quem na verdade são os frelos.
Não passam dum grupo de corruptos e assassinos dispostos a tudo para não perderem o poder!!!!

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