quinta-feira, 28 de abril de 2016

Os doadores são o rosto da nossa pobreza! 09/10/2010

Mantenho a minha opinião. Agora fiquei feliz pelas suspensões aos financiamentos. Só assim iremos exigir a responsabilização do Governo. Viram os carros blindados que foram colocados nas ruas de Maputo hoje? De onde vem esse dinheiro? Dos doadores. Nessa opiniao, escrito em 2010, dizia: "A pobreza no continente africano, em Moçambique, em particular, tem rostos: os doadores. Quer dizer, se hoje somos cada vez mais pobres é devido aos biliões de dólares que os doadores nos injectam. Se hoje vivemos num mundo de desigualdades sociais – em que os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres – é devido ao dinheiro que nos é drenado, sem controlo, pelos ocidentais, o que beneficia os governantes corruptos. É esse dinheiro que é usado pelos nossos governantes em África para fomentar as guerras no continente. Se em África governar não representasse enriquecimento (ilícito), pelo contrário representasse responsabilização em caso de má gestão, não haveria tanto interesse em se ser governante. Porque estar no poder significa gerir, a seu bel-prazer, o dinheiro de doadores, as instabilidades políticas são constantes."


Lázaro Mabunda Não se percebe por que dão esmola a Moçambique para importar cereais, quando tem das maiores potencialidades…
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Comments
Gilder Anibal
Gilder Anibal SUBSCREVO
12 hrs
Emmanuel De Oliveira Cortês
Emmanuel De Oliveira Cortês ARE DONORS TO MOZAMBIQUE
PROMOTING CORRUPTION?http://eprints.lse.ac.uk/28295/1/WP15JHanlon.pdf

22 hrs
Gilder Anibal
Gilder Anibal Thanks for sharing.
12 hrsEdited
Eddy Waku Lombëla
Eddy Waku Lombëla Eu ainda esta noite passei por algums bairros das cidades d Matola e Maputo e notei que os tais blindados
2 hrs
Aldo Munguambe
Aldo Munguambe Concordo
2 hrs
Helton Mutchena
Helton Mutchena tenho um vídeo de Santana a dizer exactamente isso.
2 hrs
Augusto Fernando Magaia
Augusto Fernando Magaia Espero k eles leiam isto
12 hrs
Paulo Andre Matuassa
Paulo Andre Matuassa Concordo plenamente....
1 hr
Eddy Waku Lombëla
Eddy Waku Lombëla Amanhã todo o Moçambicano é chamado a aderir à manifestação pois a robalheira protagonizado pelo pato e companhia atinge a todos nós cidadãos pakatos. A das FDS foi hoje, mas amanhã e sábado é dia d todo o povo por sinal o legítmo dono do Estado, so irá se fazer uma pekena pausa n domingo por ser dia sagrado mas logo segunda é so "a luta comtinua" até o regime d ladrões render-se ao exército popular. Ninguém deve deixar intimidar-se cm o aparato militar que viu-se desfilando nas primeiras horas foi apenas para mostrarem ao povão q parte do dinheiro fora dsviado para a compra daquele material e tanto outro q ofereceram os estrategas militares da renamo, mas eles não vão atirar sequer uma bala pra o povo
21 hr
Kuyengany Produções
Kuyengany Produções A Pátria Chama por Nós!
1 hr
Raul Paulo Mamige
Raul Paulo Mamige
1 hr
Artur Jorge Cecilia Capitao
Artur Jorge Cecilia Capitao Então essa é a saída?
Comments

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lindomar said...

Oi Mabunda, tenho lido quase sempre os teus artigos e acho muito interessantes na medida em que trazem ou discutem com muita sinceridade e magoo os assuntos que assolam a Africa e Mocambique em particular. Este artigo e um dos mais criticos que venho lendo. E uma pena para o nosso continente e pais particularmente porque tem tudo para desenvolver sem no entanto precisar bastante desta ajuda externa,ma s devido a corrupcao e egoismo dos nossos diregentes, continuamso numa situacao lamentavel de vida.

2
JJLABORET said...

Li atentamente. Analisei...
Tanta gente já disse as mesmas palavras!
Até em forma de comentários, temos o umBhalane que cansou, de cansar mesmo, a bater no seu teclado para digitar as mesmas palavras. No entanto, umBhalane não deixa equívocos como o faz o autor desse texto colocado.
Fica claro que o amigo umBhalane discorda não da ajuda em si, mas "à quem serve a ajuda"! Outrossim, não deixa de lado o "merecimento" do tomador, de forma que ao fazer essas doações o ocidente avalie, afira o resultado prático obtido pelo próprio tomador da ajuda.
A frase : "os doadores são o rosto da nossa pobreza" é um escancarado equívoco do autor.
A pobreza em África resulta do baixo desenvolvimento espiritual do homem de África!
Divisões étnicas, tribais, religiosas, misticismo e simesmismo, não são anuladas pelo esforço de alfabetização, mas sim, subsistem como qualidades (ou defeitos) natas, intrínsecas! Exceções existem. Porém, o homem de África, inobstante ser em regra amável e solícito, recusa-se aprender ou tirar lições do próprio sofrimento. O homem de África é incapaz de "tomar atalhos" no seu próprio caminho ou "pular obstáculos" para chegar mais veloz ou mais cedo. Contenta-se com o tal "deixa andar, que atrás vou indo também"!
Outro claro equívoco do autor, se observa no sentido que quis dar à frase:
..."O que nós queremos é que o ocidente, se quiser nos ajudar, de facto, faça o que os americanos, por peso de consciência das bombas atómicas que despejaram, fizeram para desenvolver o Japão, lavando a sua imagem;"...
Ora pois!
Os EUA também teve suas vítimas na 2ª grande guerra! As bombas despejadas sobre Hiroshima e Nagasaki, foram o que se consignou como "preço" para a paz forçada. E já iam mortos dezenas de milhões de jóvens ingleses, franceses, russos,...americanos, pela insanidade dos governos de Alemanha, Itália e Japão. Peso de consciência? Os Estados Unidos não começaram a guerra. Entraram nela só algum tempo depois de já iniciada.
Comparar o Japão pós guerra com quaisquer dos países de África, é no mínimo inocência, para não dizer "manipulação" da idéia.
O JAPÃO QUIS, decidiu, aceitou, agradeceu a ocidentalização. Seu povo não escondeu e até os dias atuais não esconde a admiração pelo ocidente, tenta imitá-lo no que tem de melhor e coloca-se ombro a ombro no cultivo dos valores adquiridos do ocidente. E por isso mesmo, desenvolveu-se econômicamente, socialmente e...espiritualamente, sendo hoje exemplo até para muitos países ocidentais. O aluno que ultrapassou o mestre!
A África? Ora a África!
O que se vê em África?
Líderes vociferando contra o ocidente, culpando-o (como também o faz o autor, no título da matéria) das suas mazelas, acusando-o pelo seu passado e recusando os valores desse mesmo ocidente.
Tanto que seus líderes têm como espelho, ainda que disfarçadamente nos dias atuais a CHINA, não a China atual desenvolvimentista, mas sim àquela dosa idos de 64/65/70...75.
No caso específico de Moçambique, há ainda a acrescentar a tudo isso um tom de xenofobia. Culpou-se ontem, culpa-se hoje e culpar-se-á sempre o "colonialismo português", como se esse não tivesse FINDO há 35 anos atrás! O tempo que têm para ir à procura do crescimento, à frente, usam-no para atirar pedras às costas, naquele que ficou para trás.
Preferem não se mirar em outro país, também ex-colônia portuguesa, que sem guardar ódios e mesmo mágoas e ressentimentos contra a terra mãe e ainda sem roubar e expropriar aos colonos que o fizeram crescer e produzir, respeitando a história e os vultos históricos portugueses que o desbravaram e povoaram desde o início, CRESCEU, se fez grande e prepara salto maior, pelo trabalho, pela paz, pela fraternidade, pela aceitação do imigrante, pelo respeito à propriedade, pela diversidade de culturas e religiosidades. É preciso dizer qual esse país? Sendo óbvio, o Brasil.
Ouso dizer que a pobreza de África está no próprio homem de África. No seu espírito.
A ajuda que "ACEITA" receber e assimila do Ocidente não é (como fez o Japão) a dos valores morais e espirituais, mas sim a monetária, a espécie, para usá-la inapropriadamente em benefício e enriquecimento de castas tribais e não do povo como um todo.
Aqui o autor foi real:
..."Não se percebe por que dão esmola a Moçambique para importar cereais, quando tem das maiores potencialidades agrícolas de África."...
Eu já nem mais fico perplexo, isso porque tenho já dito que esse problema está no estatuto (ou falta desse) da terra em Moçambique:
Enquanto a terra for propriedade do Estado, sujeita a "barganhas políticas", "facilitações entre amigos do poder", feudo de governantes, "prêmio de revolucionários ou libertadores", nunca alcançará o aproveitamento adequado e a produção em escala que redimirá a falta de alimentos na mesa do seu povo. Haverá sempre a escassez, isso por que os políticos e seus apaniguados não trabalham nem se prestam mesmo na função que abraçaram (faltam a sessões, prolongam férias, recessos etc.) quanto mais para acordar cedo para arar sob as intempéries no campo.
HÁ QUE REPENSAR O ESTATUTO DA PROPRIEDADE, GARANTINDO O DIREITO LEGAL À PROPRIEDADE E POSSE DA TERRA PRODUTIVA!
Outrossim, institua-se no diploma da terra o usucapião e ainda a possibilidade da expropriação DA PROPRIEDADE IMPRODUTIVA para fins de assentamentos sociais, SEMPRE COM PAGAMENTO PELO JUSTO VALOR quando essa desapropriação seja recomendada.
Essa seria a RECEITA certa, exata, para atrair investidores no campo, criar uma sociedade rural desenvolvida, fixar o homem no interior. Somente sendo o DONO DA TERRA o homem se animará a nela investir, fincar suas raízes, criar filhos e educá-los no aproveitamento e cultivo da propriedade, geração após geração.
No mais, convém dizer ainda que vislumbrei não só equívocos, como também e a par disso, boas formulações do autor. Essas já dizem por si só e não vou comentá-las.

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Fernando Fernandes said...

Li atentamente este artigo. Mas nada de novo encontrei! Na Bíblia acho que já lá existe uma passagem de palavra de Cristo que penso dizer "Ensinar a pescar é melhor que dar peixe" em contexto geral a ideia é esta no artigo "doadores são o rosto da nossa pobreza". Um problema ancestral.
O ser humano infelizmente enquanto não se libertar desta natureza sua que é oprimir(aproveitar,explorar, etc...) o seu semelhante jamais haverá uma erradicação da pobreza e suas consequências, visto esta ser uma doença infecciosa. Mas este drama faz passagem em todo o mundo, até nos continentes desenvolvidos e ricos do nosso planeta.O Homem tem nas suas mãos a solução, mas não a utiliza.
Em Portugal produtor de cortiça exportava para Espanha a mesma e importava de lá rolhas para engarrafamento. Enfim, esta natureza de alguns espertos com poder a utilizar a ignorância do Povo em proveito próprio. Por isso a maior pobreza considero a falta de Educação. Nesta se vai buscar o conhecimento e meios para construir a canoa, a rede e linha para se pescar. Mas também é preciso de : NÃO TER MEDO!

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