sexta-feira, 24 de junho de 2016

A história da Frelimo é pior que a da PIDE colonial


Comments


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Nihoka said...

Os criminossos estao no nosso ceio,por isso de-la como por ca todo igual-esses estao comnosco,estao nos nosos Bairros,criaram ovos de biolhos nos escritorios em nome do povo.
Esses lacaius do pressente como do passado.

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Shipata said...

Esmerou-se umBhalane!! minha venia!

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Ricardo Martins Soares said in reply to Ricardo Martins Soares...

Após ter escrito o comentário abaixo, li também a matéria de hoje, respeitante a responsabilidade da comunidade internacional em Moçambique o que reforça meu ponto de vista. Se um regime sente que possui bastante apoio de fora, tende a "relaxar" questões de suma importancia como a questão dos direitos humanos. Cabe aos moçambicanos entender porque isso acontece e procurar os canais "certos" para denunciar os abusos cometidos em Moçambique, seja pelo regime em si que pelos "convidados" sejam elas empresas ou indivíduos chineses, brasileiros ou portugueses.

4
Ricardo Martins Soares said...

A meu ver, a independência de Moçambique como das demais ex-colónias portuguesas mais tarde ou mais cedo iria acontecer já que a história não é estática nem tão pouco a geografia política. Lamentavelmente veio a acontecer no contexto da guerra fria entre Estados Unidos e a então União Soviética, produzindo o resultado que se sabe. O apego dos portugueses à Africa, que contrasta, por exemplo, com o desinteresse dos italianos ou dos alemães por suas ex-colónias africanas, é devido a vários fatores que vão desde a história à questão economica visto que Portugal dependia das matérias primas das colónias (muito embora não as tenha sabido explorar devidamente). Seja a Pide colonial seja a Frelimo "pintaram e bordaram" mas é provável que a Frelimo tenha sido pior que a Pide pois enquanto o regime salazarista combatido pela comunidade internacional, era devidamente monitorado, com a Frelimo acontecia (e aliás ainda acontece) exatamente o contrário: ela sempre foi vista e ainda o é, como a "queridinha" de paises que vão da Suécia à China, passando pela própria Itália e pelo Brasil petista (neste ultimo caso refiro-me à politica pró-Africa do atual partido dos trabalhadores).

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umBhalane said in reply to Nthorro...

Boa e assertiva pergunta/questão.
A LUTA É CONTÍNUA

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Nthorro said...

Ha alguem que ainda duvida disto?

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licos ivar said in reply to umBhalane...

Também serei Salazarista, colonialista,…, mas o Sr. tenho imensa dificuldade em definir - nem carne, nem peixe, nem vegetal, nem mineral,..,talvez muito gasoso/difuso, e por isso facilmente modificável conforme a hora, o dia, a temperatura,…, assim fica difícil..........Eu nao sou demagogo,utopico e nem ideologo como o Sr...Se,a Frelimo comunista tem ideias concretas e boas para o País eu encorajo a Frelimo.Se por outro lado a Renamo com tendencias à direita tiver tambem ela ideas boas eu a felicito....Nao é por acaso que a Alemanha,Belgica,Holanda,França têm às vezes governos compostos pela esquerda e pela direita- O que interessa é governar o País de forma melhor sem ideologias impraticaveis,vazias e utopicas...Essa "brincadeira" de esquerda ou direita está ultrapassada....Para o seu conhecimento tenho bons amigos de extrema-direita mas ha um respeito entre nós....Nao concordo com a maneira de pensar deles(politicamente) mas os respeito.....O Sr ainda nao percebeu nada:
-Eu nao sou da Frelimo ( a actual Frelimo)e nem da Renamo.O Meu Partido é Moçambique.Eu gostaria de que Moçambique tivesse pelo menos metade das condiçoes socio-economicas que tem este País onde vivo....Que a Democracia funcione!...Menos corrupçao!Se é a Direita ou a Esquerda capaz do tal Moçambique estou-me nas "tintas"-sorry! Talvez o Sr nao se tenha apercebido como eu sou critico aos novos pretos burgueses...Se o Sr.quer saber desde o tempo colonial tive mais amigos de raça branca do que pretos...A cor da pele nao é a questao é o comportamento dos lideres brancos moçambicanos,indianos que está em causa...Porque estes moçambicanos brancos,indianos queriam demonstrar aos moçambicanos que eram mais moçambicanos do que os outros moçambicanos...Explico-me melhor:
-Pensavam eles que eram os verdadeiros moçambicanos....Repare bem de que muitos portugueses de raça branca,moçambicanos de raça branca tambem eles sofreram imenso nas maos deste pequeno grupo...Pense bem nisto!...Tente por favor ver "the big picture" e deixe-la essa "brincadeira" de comunismos porque os comunistas eram (ainda sao)identicos aos fascistas

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umBhalane said in reply to licos ivar...

Pelo menos numa coisa parece que acertamos - quanto à vida PRIVADA do casal Pedro/Laura (Coelho).
O seu GRANDE problema é a generalização - mas enfim, já passamos da generalização – de Portugal - para "estupido racista" - ainda por cima mal informado.
São coisas distintas.
Agora está mais melhor! - mas repito, ninguém tem nada a ver com a vida privada de ninguém, sob quaisquer aspectos que sejam, desde que não colidam com o outro, o espaço do outro.
Agora quanto aos "brancos" da frelimo, eu quero que eles se danem todos, e nunca estive, nem estou minimamente preocupado - que se danem todos, e bem.
Não passam de meros comunistas/oportunistas, com quota-parte nos crimes praticados pelos camaradas - TODOS - todos juntos são criminosos - pretos, brancos, mestiços, asiáticos, ... - como Ki-Zerbo não aceito história racial, mormente neste caso, frelimo, e crimes praticados sob os seus auspícios - crimes colectivos contra a Humanidade, com decisão centralizada, "democraticamente".
Parece que ambos, os dois, somos racistas.
Que o Sr. é racista não me parece haver grandes dúvidas, pelo menos assim o faz transparecer nos seus comentários, muito erráticos, diga-se em abono da verdade.
O Sr. também me crisma como racista, colonialista, fascista, Salazarista,…,pena que não inclua capitalista com tradução verdadeira - sim, porque fama sem proveito não enche barriga.
Portanto, seremos 2 racistas em presença, com diferenças substanciais nas análises que fazem, e expressam.
Vitória da minha filosofia e prática de vida, porque se vivêssemos sob o padrão da frelimo seríamos os 2, mesmo, colectivamente iguais.
Como aqueles milhões da antiga China que vestiam todos igualzinho.
Derrotados, mudaram o visual e práticas, mas dentro das cabeças continua tudo igual, e à espera de oportunidade certa.
Agora a sociedade que defendo prima o indivíduo, a sua criatividade, pensamento e sua expressão na plenitude - a antítese da frelimo e de seus padrastos/mentores - comunismo/socialismo.
Onde divergimos profundamente, sendo ambos racistas.
O Sr. é um racistas selectivo, eu serei um racista generalista – explico.
O Sr. iliba Chissano, preto, culto, preparado de famílias/ascendência nobre, apenas porque é preto.
Eu não ilibo ninguém – Chissano, Machel, Guebuza, Vieira, Rebelo, Marcelino, Martins, Ganhão, Carriço, Monteiro, Bragança,…,Mpfumo, Matsinhe, Banze, Simbine (Graça), Gruveta,…
Neles todos só consigo ver assassinos comunistas – desconsigo ver a cor deles – a nossa diferença substancial.
Agora, há com certeza uma gradação de responsabilidades/culpas nos crimes que praticaram – e isso, a meu ver, está intrinsecamente ligado ao poder real de decisão que tinham/têm, e à sua responsabilidade enquanto “gente” que tinha obrigação pelas habilitações, que não humanas, repito, que possuem, e donde derivam a maior quota de responsabilidades nos crimes colectivos da felimo, mormente contra o seu próprio POVO.
Para mim são todos iguais, colectivamente responsáveis, centralizadamente assassinos – por isso não largam o poder – têm medo.
Já o Sr., e diga-se em abono da verdade, e muitíssimos “genuínos”, fogem destas questões como o diabo da cruz, ou a criança da agulha da injecção – costuma-se dizer, fogem com o rabo à seringa.
Outorgam-se de inocência, empurrando as responsabilidades para outros, ainda por cima com critérios de coloração, raciais.
Os Srs. elaboram uma escala de responsabilidades/culpas em pirâmide, com a base negra, dos inimputáveis, e no cume os tais “branquelhas de esquerda”, os maiores e tendencialmente únicos/maiores culpados – claro que no meio, isto é, entre a base e o cume, o Sr. estratificaria consoante o maior ou menor grau de negritude do grupo – os mais escuros em baixo, inimputáveis, ilibáveis, desculpabilizáveis,..,inocentáveis.
No topo, os tais “branquelhas de esquerda”, e depois aproveitando o ensejo, rumo à limpeza geral, todos os outros – os grandes culpados, responsáveis, mentores, arquitectos,…,culpados.
Há racistas e racistas – ninguém é igual a ninguém - isso é mera utopia comunista.
Eu serei um racista “científico, analítico”, e o Sr. será um racista “empírico, cromático (que decompõe e dispersa as cores)” .
Também serei Salazarista, colonialista,…, mas o Sr. tenho imensa dificuldade em definir - nem carne, nem peixe, nem vegetal, nem mineral,..,talvez muito gasoso/difuso, e por isso facilmente modificável conforme a hora, o dia, a temperatura,…, assim fica difícil.
Concluo, reafirmando, que tanto a quantidade, como a qualidade/natureza dos crimes NÃO É desprezível/displicente. Nem a forma, nem a substância.
Explicando melhor – roubar um pão para comer, é muito diferente de ROUBAR o erário público em centenas de milhões de euros, e ainda gingarem na cara do Povo, como se faz em “Marrocos Norte”, vulgo Portugal “abrilado”.
Penso ter explicado melhor.
Cumprimentos raciais.

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licos ivar said in reply to umBhalane...

Quanto à identidade da esposa do Primeiro Ministro Portugues o Sr.tem razao!...Normalmente é costume meu de fazer um "double check" nas informaçoes que leio....Li o tal blog dum estupido racista o qual afirmava ele que a Laura (lindo nome)era de origem angolana...Enfim todos nós falhamos! Obrigado pela informaçao e correcçao.O Sr.escreve muito bem o Portugues e aproveita do tal conhecimento para fazer uma analise filosofica e utopica sobre Moçambique...Eu baseio-me em factos! Que o Sr goste ou nao sao factos:
-There is no such thing as a good evil or bad evil!...A Evil is a evil
PIDE= SNASP.
Eu nao tenho tempo para fazer analises filosoficas,antropologicase e religiosas.
Limito-me dos eventos REAIS.
Lendo os seus artigos tenho a sensao de que o Sr.esteve em Moçambique por longo tempo,talvez tenha la cumprido a famosa tropa mas nao se esqueça dum elemento fundametal:
Eu sou moçambicano e o Sr nao é...Nao venha ca com ideias colonialistas e fascitas de pretender de dar-me liçoes de moral,Historia e Filosofia...Que se expresse bem em Portugues mas nao fuja dos factos reais.É este o comportamento de que às vezes me irrita:
Estrangeiros em Africa a "ditarem" as regras do jogo.Respeitem a Africa como nós respeitamos a Europa!Os tempos de padre-padrones acabaram.
O Guebuza quando era Ministro do Interior expulsou muitos portugueses.Nunca concordei com ele porque havia muitos portugueses moçambicanos (perdi muitos amigos)mas a tal expulsao injusta foi devida em parte a individuos como o Sr,que sempre pensaram (e infelizmente ainda)que a Pide e o Salazar foi o melhor que Moçambique teve.Aceite o meu conselho amigavel:
Se,der um salto à Moçambique e tentar glorificar a Pide e o Salazar o Sr.ficará preso e bem preso.Nao me venha ca filosofar por favor!
Posso fazer uma Pergunta?
-Quem é o Sr ou o que pensa que o senhor seja?...Critica o governo Moçambicano e a socidade moçambicana...Faz o mesmo em relaçao aos angolanos,sao-tomenses e guineenses,mas noto poucas criticas em relaçao aos portugueses.Que critique,mas faça criticas construtivas como o Sr.Ricardo do Brasil faz...Se tem um odio especial aos africanos deixe isso da parte.Se nao gosta dos afriacanos que os deixe em paz mas nao pretenda ser o "Professor"...que de maus professores a Africa tem muitos.....E nao venha com um optimo Portugues fazer analises filosoficas...Comigo,o Sr.nao consiguirá dar-me a "volta"
....E o senhor tem coragem de falar mal dos jovens oficiais militares de Abril...Deveria agradecer porque abriram portas para um Portugal Democratico..talvez o Sr nao seja democrata como pretende nos convecer.....Para mim pessoalmente melhor viver numa democracia cheia de "defeitos" do que viver numa ditadura fascista e colonialista

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licos ivar said in reply to Francisco Moises...

Mais uma vez agradeço ao Sr de ter apresentado mais detalhes sobre a actual Frelimo...E confirmo o que o Sr. disse sobre o Panguene.Ele contou-nos em Londres quando era Embaixador...Nao ha duvidas de que esta Frelimo de hoje nao é a mesma que os nacionalistas, patrioticos e GENUINOS moçambicanos criaram.....Se a palavra Genuino ofende algem,que se ofendam mas penso assim....Eu vi em Maputo o comportamento desses familiares dos brancos lideres da Frelimo...Raramente divertiam-se com os moçambicanos pretos...Às vezez la vinha o filho do Helder Martins (que na altura namorava com uma branca)....Sim o sobrinho do Marcelino dos Santos "namorava" com uma negra da Beira (era o unico)mas o resto comportou-se como uma elite...estes sao factos

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Afonso Vasco said...

infantilidades?! Matar um ser humano é o crime mais grave no mundo. Os números não servem para atenuar. 

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Francisco Moises said...

TEMPOS VIVIDOS -- Faço ideia da fotografia que aparece a direita dum grupo de guerrilheiros com o homem de bengala. Foi parte de duas ou três fotografias que apareceram num boletim propagandistico da Frelimo la nos anos de 1960 em que a Frelimo fazia do Lazaro Nkavandame, o farol e guia das actividades da Frelimo em Cabo Delgado. Em tais fotografias o homem com bengela foi identificado no boletim da Frelimo como LAZARO NKAVANDAME algures com guerrilheiros da Frelimo em Cabo Delgado. Vi aquela fotografia e outras como elas com o homen de bengela entao identificando como Lazaro Nkavandame na Tanzania em 1968.
Como o mataram, os frelimos provavelmente agora negarao que o homem de bengala seja Lazaro Nkavandame. Talvez que nao tivesse mesmo sido Lazaro Nkavandame, visto que a Frelimo podia até inventar o que quizesse inventar. Talvez a fotografia é mesmo algures em Nachingwea e nao em Cabo Delgado. Estes senhores da Frelimo tiravam fotografias algures na Tanzania que alegavam ser no interior.
Todos aqueles carapuças da liderança da Frelimo nunca pisavam no interior, nem mesmo Samora Machel ficava no interior. Mondlane, Simango entao com barriga imensa de carraças, Marcelino dos Santos, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, Mariano Matsinha, Sérgio Vieira, Oscar Monteiro, Jorge Rebelo, Helder Martins, Jacinto Veloso viviam em casas palaciais em Dar Es Salaam. Somente Fernando Ganhao, professor da Historia no Instituto moçambicano, vivia num quarto no Instituto moçambicano.
Eram quase todos eles civis com a excepçao de Chissano, que foi treinado como segurança pela KGB na Uniao soviética; Helder Martins, talvez que nao fosse militar, mas era médico da marinha portuguesa; Jacinto Veloso que chegou na Tanzania pilotando o seu aviao militar até Dar Es Salaam onde o avioa podia se ver ainda abandonado e a deteriorar, e. Sérgio Vieira cujo treino foi interrompido quando os tanzanianos decidiram expulsa-lo de Tanzania juntamente com Helder Martins, Jacinto Veloso, Fernando Ganhao para a Argélia visto que Gwenjere tinha provado aos tanzanianos que eles eram agentes da PIDE.
Dai que estes senhores se descreveram sempre como dar es salamistas. Fazem a aldrabice de descreverem como veteranos da luta armada, o que da a entender aos que nao viram as coisas de perto como e nao viveram a situaçao da Frelimo durante a guerra anti-colonial que estes viviam nas matas de Cabo Delgado ou Niassa.
Os verdadeiros que estiveram nas matas e combatiam foram Armando Panguene que foi atingido num ombro por uma bomba de NAPALM lançado por um aviao português e foi enviado a Suécia para tratamentos médicos. Perguntem-lhe, ele podera contar o sucedido. Sebastiao Mabote, sim, este lutou muito, mas era mais glorificado na propaganda da Frelimo por ser do sul enquanto havia individuos do centro e norte qe eram melhores combatentes do que ele. Alberto Chipande lutou muito la em Cabo Delgado onde matou o seu pai com a sua propria mao sob suspeita que o velho pertencia a PIDE. Diz-se que a abriu a barriga do pai com uma faca.
Nos aos 1980, um parlamentar australiano denunciou este facto do Chipande ter morto o seu pai no parlamento australiano onde denunciava a liderança da Frelimo como sendo individuos criminosos e assassinos.
Samora Machel fazia-se de rei-palhaço em Nachingwea, mas quando se tratava de ir lutar, alegava a minha "doença antiga" da sua coluna que alegava se ter ferido durante treinos de guerrilha na Argélia. Ficou mais amedrontado visto que uma vez quando entrou numa base da Frelimo, poucos minutos depois um aviao apareceu e destruiu a palhota onde ele devia passar as noites. Foi poucos minutos depois dele meter o seu sacudu (sac du dos -- do francês)na palhota e sair fora. Isto nunca se noticiou na Frelimo, mas guerrilheiros que estiveram naquela base falaram disto.
Umas das razoes que fizeram com que decidissem que o seu agente Lourenço Matola, um homem do sul, abatesse Samuel Magaia era que Magaia vivia com os seus homens em Moçambique e nao havia combantes em que ele proprio nao participava onde estivesse seja em Cabo Delgado ou seja no Niassa onde efrentava a barcos de guerra portugueses no Niassa.
Magaia falava de libertar tanto territorio quanto possivel para transferir a sede da Frelimo para o interior de Moçambique para que a liderança da Frelimo passasse a viver nas matas do interior, o que nao caia bem com a ideia do Mondlane da guerra prolongada. Magaia era entao um grande problema para estes burgueses cujos filhos estudavam em melhores escolas de Dar Es Salaam. As crianças do "Bobo" Mondlane iam a uma escola americana, do Simango a uma escola tanzaniana e do Helder Martins a uma escola francesa.
Porquem estes senhores nao enviavam as suas tais escolas nas zonas libertadas que so existiam e existem nas cabeças do propagandista Sérgio Vieira e do ideologo Marcelino dos Santos?

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licos ivar said in reply to umBhalane...

Matar um adulto não é a mesma coisa que matar uma criança.......Senhor,fique na sua e eu fico na minha:
Ningem deve ser morto por divergencias politicas...Mas o Sr. é tao inteligente e pertence à velha geraçao que nunca compreendera isto....

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umBhalane said in reply to licos ivar...

Um camaleão tem mais dificuldade em mudar de cor, que o Sr. de opinião.
É furtivo, e foge às questões com perfeita inabilidade.
Toda a gente já concluiu que passa uma esponja sobre os crimes da frelimo/SNASP, concentrando-se num ataque cego a Salazar/Pide para branquear e desviar atenções sobre a matéria em assunto.
Os crimes da frelimo/SNASP.
A sua manobra de pura diversão, não surte efeito.
Tentativa má, e vã.
Começo pelos insultos/qualificativos pessoais, logo o Sr. que vive reclamando que é insultado!!!
Pode esgotar o seu arsenal de qualificativos que nada será para mim novidade neste blogue – aqui já me chamaram de tudo.
Estou blindado.
Insulto, insulto, mesmo de verdade, é o dia em que me chamarem frelimista/comunista/socialista, esquerdalho, “abril”, e coisas análogas…
Aí sim, aí sentir-me-ei insultado.
Compreendo o seu desconforto em comparar a natureza dos crimes, a quantidade dos crimes praticados por ambos os regimes.
É profundamente a seu desfavor, sem margem para quaisquer dúvidas.
Como julgo que deve saber, tanto a natureza como a quantidade de crimes é assaz importante.
Pode-se, e deve-se, comparar a dureza dos regimes – não tenho dúvidas em afirmar que Hitler foi mais assassino que Mussolini, e que Franco o foi mais em relação a Salazar.
Responder por 100 crimes, por exemplo, é muito diferente do que ser confrontado com 10.000, 100.000, 1.000.000,…
O mesmo para quaisquer tipos de crimes.
Há graduação, deve haver, de culpabilidade conforme o envolvimento, a natureza e o nº. des crimes praticados.
Matar um adulto não é a mesma coisa que matar uma criança.
Mas há certos “Africanos” que têm medo da própria sombra.
A LUTA É CONTÍNUA

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umBhalane said in reply to licos ivar...

Sobre esta matéria, mais uma vez o Sr. erra no alvo.
Uma andorinha não faz a primavera...
A mulher do P.M. Português, creio ser de origem Luso-cabo-verdiana-Bissau-guineense, o que para o caso é irrelevante. Completamente.
Mas, para sua cultura geral:
"Nasceu em Bissau. O pai de Laura é filho de um português e de uma cabo-verdiana da Brava, "a ilha das mulheres brancas e louras"; a mãe é filha de um português e de uma mancanha de Bolama."
Nem que fosse esquimó.
É um problema dele e da respectiva Mulher, melhor dizendo, de ambos os dois, e ninguém, mesmo ninguém, tem nada com isso.
E garanto-lhe, que isso, em Portugal, nem assunto é.
Portanto, Caro Sr., continua a divagar erraticamente, como é costume - falha constantemente o alvo.
Os seus assessores são muito fracos.
A LUTA É CONTÍNUA

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licos ivar said in reply to umBhalane...

Ps!
Há um grande esforço por cá onde vivo e dos Paises vizinhos Alemanha, Holanda,França e Inglaterra fazer com que os crimes do Nazismo e da Gestapo nao se repitam mais...Um individuo que ande na rua glorificando o Hitler e a Gestapo vai preso...Mas,como Portugal é economicamente,socialmente e politicamente pobre ainda tem individuos que glorificam o assassino do Salazar e a Pide...Portugal sempre Portugal!
Li ha dias num bloger Portugues que insultava o Primeiro Ministro por este estar casaddo com uma Angolana de raça negra- Fiquei imensamente chocado porque por aqui onde ando ou na Inglaterra, na Alemnaha,França casamentos mistos nao espantam e nem chocam a ninguem!...Mas enfim é Portugal!

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licos ivar said in reply to umBhalane...

....Exactamente, nao caíamos em teorias e em mistificaçoes propositadas. - Limitemo-nos simplesmente em factos-eventos reais.
...."Foram 2 males maiores, mas a frelimo/SNASP foi/é muito maior demais"....diz o Sr.Para o Sr.que é Portugues esta é a sua conclusao-Nao a aceito mas respeito a sua opiniao. Para nós Moçambicanos,que sofremos de ambas organizaçoes crueis direi simplemesmente o seguinte:
Nao se trata de numeros:
-Se a Pide matou menos ou a SNASP matou mais-O que sabemos é que ambas mataram e torturam moçambicanos e portugueses (se me permite dizer)injustamente.Tentar comparar o numero de mortes e o grau de sofrimento é imoral,injusto e desumano....O Sr.quer saber quantos foram mortos de morte matada, mesmo??
Milhares e milhares!....1 só morto seria muito porque estes individuos nao cometeram nenhum crime.
Em 2012 nunca nunca pensei que ainda houvesse individuos neste Planeta que defendessem o Salazar e o regiem fascista colonial Portugues no Ultramar.
Ps.Quer saber precisamente quantos mortos de morte matada a Pide causou?
-Dê um salto (se lhe concederem o visto de entrada)a Moçambique,Angola,Sao-Tome,Cabo Verde e Guine-Bissau e pergunte nas familias dos vitimas...Se nao temos um numero exacto é porque a cruel e assassina da Pide nao registava as mortes pois os vitimas nao eram consideradas seres humanos....e nao só:
- Quando houve o golpe em Portugal em 1974 a Pide no Ultramar queimou todos os papeis,documentos e arquivos relacionados à "operaçoes humidas"-operaçoes humidas eram todas aquelas onde havia mortes.
Ps.Se,um dia pretender dar um salto ao meu País ou à Angola nao glorifique as actividades da Pide ou as do Salazar pois correrá o risco de ser preso e bem preso:
-Repito:As feridas ainda nao estao completamente saradas

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licos ivar said in reply to umBhalane...

....Exactamente, nao caíamos em teorias e em mistificaçoes propositadas. - Limitemo-nos simplesmente em factos-eventos reais.
...."Foram 2 males maiores, mas a frelimo/SNASP foi/é muito maior demais"....diz o Sr.Para o Sr.que é Portugues esta é a sua conclusao-Nao a aceito mas respeito a sua opiniao. Para nós Moçambicanos,que sofremos de ambas organizaçoes crueis direi simplemesmente o seguinte:
Nao se trata de numeros:
-Se a Pide matou menos ou a SNASP matou mais-O que sabemos é que ambas mataram e torturam moçambicanos e portugueses (se me permite dizer)injustamente.Tentar comparar o numero de mortes e o grau de sofrimento é imoral,injusto e desumano....O Sr.quer saber quantos foram mortos de morte matada, mesmo??
Milhares e milhares!....1 só morto seria muito porque estes individuos nao cometeram nenhum crime.
Em 2012 nunca nunca pensei que ainda houvesse individuos neste Planeta que defendessem o Salazar e o regiem fascista colonial Portugues no Ultramar.
Ps.Quer saber precisamente quantos mortos de morte matada a Pide causou?
-Dê um salto (se lhe concederem o visto de entrada)a Moçambique,Angola,Sao-Tome,Cabo Verde e Guine-Bissau e pergunte nas familias dos vitimas...Se nao temos um numero exacto é porque a cruel e assassina da Pide nao registava as mortes pois os vitimas nao eram consideradas seres humanos....e nao só:
- Quando houve o golpe em Portugal em 1974 a Pide no Ultramar queimou todos os papeis,documentos e arquivos relacionados à "operaçoes humidas"-operaçoes humidas eram todas aquelas onde havia mortes.
Ps.Se,um dia pretender dar um salto ao meu País ou à Angola nao glorifique as actividades da Pide ou as do Salazar pois correrá o risco de ser preso e bem preso:
-Repito:As feridas ainda nao estao completamente saradas

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umBhalane said...

António Muchanga tem muita razão, aliás está cheio/carregado de razão.
A Pide/Dgs era má, tenebrosa,..., e tudo o mais que se queira.
Não tenho dúvidas nenhumas.
Agora que a frelimo/SNASP/outros são/foram mais piores que a dita Pide/Dgs também não tenho dúvidas nenhumas.
E apoio em factos e não em análises de aviário feitas de teorias aprendidas de teorias e mistificações propositadas.
A pide/Dgs teve nas suas masmorras centenas, milhares do oposicionistas ao regime de Salazar, e quantos foram mortos de morte matada, mesmo???
Há inúmeros depoimentos de vários presos que ficaram para contar a história.
Com os acrescentos devidos para se tornarem “heróis”, angariarem galões de resistentes antifascistas torturados tenebrosamente…como convinha/convém.
Álvaro Cunhal esteve preso durante vários anos, e muito dos seus Camaradas.
Foram torturados? Foram. Mas saíram vivos, e maioria morreu de provecta/adiantada idade.
Outro apanhou congestões de marisco em S. Tomé e Príncipe, e por aí anda no comando de seitas, essas sim, tenebrosas…velho, gordo/anafado e riquíssimo…
Opositores afectos pelos movimentos de guerrilha também por lá passaram profusamente.
Saíram e escreveram, falaram das suas provações.
Alguém foi queimado vivo, arrancados os olhos, violentado sexualmente, atirados às feras em “goulags/gulagues” tropicais do sertão, os tristemente célebres campos de reeducação/concentração do homem novo do socialismo científico, sem nada para além das sevícias dos seus algozes, por ordens centralizadas e superiores?
Houve assassinatos selectivos pela Pide/Dgs? – HOUVE.
Não assassinatos em massa, generalizados, indiscriminados como a frelimo executou, e cujos líderes se ufanam/gabam, vangloriam, gingam,…,até para meter medo à populaça que colonialista.
Não branqueemos a história.
Foram 2 males maiores, mas a frelimo/SNASP foi/é muito maior demais.
Se as duas organizações fossem constituídas numa sociedade por quotas, a SNASP teria, sem margem para quaisquer dúvidas, 90% do capital do sórdido comportamento repressivo em Moçambique.
E a História, a verdadeira, começa a emergir, mesmo e perante os esforços dos agentes da frelimo, onde quer que eles se encontrem.
E ainda há tanto para vir a lume.
Há tantos arquivos minuciosos, detalhados, claros,…,à espera.
A LUTA É CONTÍNUA

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MACUA DE MOÇAMBIQUE said in reply to licos ivar...

"Eu sei e estou bem ciente de que este blog é pro-da era Colonial" afirma o amigo Licos Ivar. Se reparar bem o "blog" independentemente das minhas convicções, não é "pro-da era colonial", pois só não participa quem não quer ou não tem argumentos. E quanto às entradas, embora o critério seja discutível, encontra-as de todos os quadrantes.
Só assim a "verdade possível", que eu busco, aparecerá.
Um abraço
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

21
licos ivar said...

A história da Frelimo é pior que a da PIDE colonial.....Diz o Sr.Antonio Muchanga...Evidentemente ele um Sr.da Renamo!!!Qual Renamo representa este Sr e quantos anos tem este senhor?...Peço aos particiapntes e leitores deste blog que nao me insultem mas que aceitem que tambem eu,como moçambicano que viveu no Período Colonial e no Período Comunista tenho direito de expressao...Espero que o Sr.Antonio tire suas conclusoes baseando-se em factos reais.Eu sei e estou bem ciente de que este blog é pro-da era Colonial-Tem o direito de o ser mas tentemos simplesmente em focar os factos....É triste e impressionante como certas pessoas "querem esquecer" o passado do período colonial e das actividades opressoras caracterizadas de torturas.Tortura sao torturas sejam elas da Pide ou da Snasp.Opressao é opressao seja ela da Pide ou da Snasp.Dores fisicas e mentais sao dores,sejam elas da Pide ou da Snasp...Eu poderia detalhadamente contrair este Sr...da Renamo mas nao vou perder tempo porque este Sr nao é da Renamo mas sim um oportunista da Renamo porque a verdadeira Renamo nao existe mais e os verdadeiros elementos da Renamo abandonaram este Partido chamado Renamo..................................................."Nós sabíamos que a PIDE matava pessoas, mas nunca conseguíamos ver. Sabíamos que a PIDE fazia desaparecer pessoas porque nunca conseguimos entrar em contacto com os cadáveres dessas pessoas"....Diz mais uma vez o Sr.Antonio!...Sabe por acaso como morreram essas pessoas e onde a Pide deixou os corpos??.Recorde-se bem de que estes individuos que tiveram uma morte tremenda e lenta nao tinham cometido nenhum crime,foram espancados e queimados vivos simplesmente porque queriam que o Sr.Antonio Muchanga tivesse a liberdade de dizer o quizesse e viver como ser humano...A Pide nao dava esse direito ao senhor...E nem a nossa Snasp infelizmznte e tristemente lhe concedeu este minimo essencial de qualquer cidadao humano.
"Mas a Frelimo matava em comícios populares"...Mais outra ingenuidade da sua parte:
Se,a Frelimo matava em comicios populares e por sua a Pide matava em "privado" ambas torturavam e matavam pessoas inocentes...A Pide e a SNASP nao olhavam a côr pele:
Pretos,brancos,indianos e mistos foram todos eles torturados e mortos....E hoje o Sr.como moçambicano que é (espero que o seja) vem cá dizer que a Pide era melhor que a SNASP??...Sao estas afirmaçoes destes "noviços" da Renamo que deixam o Povo Moçambicano perplexo e "irritado" com esta Renamo...
Infelizmente Portugal é um País pobre economicamente e politicamente caso contrario tantos elementos da Pide estariao hoje presos....E,Moçambique é uma outra Republica de bananas porque os elementos da SNasp deveriao tambem eles ser presos.
Tomo atençao ao "Sr." Antonio de meditar antes de abrir a boca porque as feridas ainda nao sao saradas...A Pide???
-Foi uma maquina de tortura...

Construamos Moçambique com objectividade e com “jogo limpo”

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Por: Noé Nhantumbo
Retórica de vulto, discursos espampanantes, brilhantismo e eloquência acima de qualquer prova, não são sinónimo daquilo que os moçambicanos querem, pretendem, necessitam.
Não tem valor algum quem ande atrás dos outros moçambicanos que tem a ousadia e coragem de criticar o que não vai bem no governo. Os governantes têm de compenetrar-se que são figuras públicas e as suas acções vão ser escrutinadas pelo público. E é um imperativo nacional que se compenetrem desde o mais alto nível que quem ocupa funções no Estado é para todos os efeitos funcionário público e não dono do Estado de Moçambique.
As críticas de todo o tipo que chovam sobre eles são algo normal e os cidadãos não se devem intimidar com “papos” de figuras que se julgam donos de todos nós e do País.
Entre as prerrogativas que tem um governante, não cabe proibir os cidadãos, o povo, de os criticar, mesmo que seja em severos termos.
Os governantes aos mais diversos níveis quando os cidadãos se levantam contra aquilo que consideram que eles fazem mal feito, só devem procurar soluções ou fazer as malas e irem às suas vidas sem incomodarem a vida dos outros. Se não se julgam capazes ou disponíveis para fazerem o que é preciso que seja feito devem ir para suas casas recatarem-se.

Quem está na política deve estar preparado para ouvir criticas.
Quem está no governo deve estar preparado para sair como entrou.
Querem os governantes que os cidadãos se calem quando há evidências de tráfico de influências?
Querem os governantes que os cidadãos se calem quando está claro que alguns negócios dos governantes consubstanciam casos de conflito de interesse se categorização mais grave não couber?
Querem que os cidadãos se calem quando as decisões que os governantes tomam são mais em defesa dos seus próprios interesses pessoais do que no interesse genuíno dos cidadãos e do país?
Quando nos detemos uns momentos sobre o que se passa na esfera empresarial moçambicana é frequente concluirmos que os titulares de cargos governativos em todos os níveis aproveitam sua presença no governo, suas funções para alavancarem os seus negócios particulares.
Será que alguém se atreve a dizer que é mentira se dissermos que há empresas privadas, criadas por gente que está no governo, especificamente para entrar em concursos de obras ou aquisições governamentais?
Não se está a querer impedir que alguém fique rico.
Não se pretende criar medo a quem quer ficar rico, mas a questão é que faz falta que se separem as águas. Faz falta que se separe Governo de iniciativa privada. Faz falta que haja sanidade e comportamentos promotores de estabilidade.
É preciso que haja um governo digno desse nome regulando a vida social e económica neste país.
Moçambique não pode continuar a ter sempre os mesmos no poder. Moçambique não pode ter governantes que se julgam que o Estado é a sua casa.
O assalto ao aprovisionamento governamental feito por empresas privadas afectas a pessoas próximas de figuras no poder central é pernicioso na medida em que corrói os alicerces de uma economia que se pretende transparente e desenvolvida.
A proliferação de “joint-ventures” entre entidades estrangeiras e familiares dos governantes como forma de obviar ou esconder suas ligações empresariais ou ainda sair dos holofotes da comunicação social, já não deixa dúvidas de que o combate à corrupção não tem passado passa de boas intenções, não tem passado do papel. Por isso continuamos a ser um País onde todos se queixam da corrupção, com wokshops e seminários por todos os lados “contra a corrupção”, mas o resultado desta farsa é que continuamos a não conhecer pelas autoridades judiciais, nem corruptos nem corruptores.
Da parte de quem governa e de quem se julga dono do País por há tanto tempo terem o poder nas suas mãos à custa de malabarismo eleitorais e tantas outras habilidades, há atropelos graves de todo o tipo de legislação aprovada para regular as relações comerciais e empresariais no país, mas continuam impunes. Os próprios que fazem as leis não as cumprem. Os magistrados quando as querem fazer cumprir são penalizados das mais variadas formas. A malha de quem tomou conta do Estado funciona de forma sofisticada e ruim.
Tudo o que temos visto que parece combate à corrupção não passa de circo.
Uns quantos senhores continuam a enriquecer sem ninguém os ver a trabalhar, toda a gente sabe de onde lhes vem tanta riqueza acumulada de forma vertiginosa, mas as instituições do Estado que era suposto serem “competentes”, continuam a revelar-se incompetentes.
Os posicionamentos são estratégicos e nada está acontecendo ao acaso. Parece que a palavra de ordem instituída para uso restrito é: “ falar correcto e para consumo público, enquanto se factura”.
Bem vistas as coisas aqueles em que os moçambicanos acreditavam e consideravam reservas morais do país acabaram por cair ou foram vencidos pela força das alianças políticas e da corrupção.
Uma maneira de fazer negócios muito estranha tem sido os titulares actuais, no activo, de cargos governamentais estabelecerem empresas para exploração deste ou daquele grande negócio.
Usam a informação privilegiada que têm por serem membros do governo e vai daí vão-se instalando, instalando empresas pondo-as em nome de familiares e fazendo sociedades uns com os outros.
Não se quer reclamar ou manifestar ideias contra os direitos económicos e financeiros deste ou daquele. Todos os moçambicanos têm o direito de fazer suas agendas económicas desde que actuem de acordo com as leis aprovadas no país e não usem o Estado para servir os seus próprios negócios em vez de por lá andarem a fazer pelo País e pelos cidadãos.
Só que o estatuto de governante e detentor de poder para autorizar licenças e alvarás não pode continuar a ser usado para andar dirigindo contra os direitos que os outros concidadãos têm. Esse estatuto não pode continuar a servir para determinados governantes andarem a cobrar para assinar documentos do Estado.
O negócio corruptos de quem compete assinar documentos e quer ser pago extra para o fazer tem de acabar. Esses senhores além de serem corruptos estão a atrasar o país e a impedir que haja mais empregos para quem está desesperado.
Há evidências sobre actuações menos próprias entre gente de todos os níveis hierárquicos do governo e a Policia nada faz, porque os agentes também vão fazendo das suas impunemente.
Quando se actua contra o director do FIPAG na Beira que criou uma empresa privada actuando no sector de águas e fazendo concorrência a quem lhe paga salário mensal, não se está difamando mas abordando um assunto que já é público e sobre o qual a direcção nacional do FIPAG já tomou as medidas pertinentes.
Foi a denúncia pública desses factos que levaram o MOPH a tomar medidas reparadoras. De vez em quanto lá aparece uma lufada de ar fresco, uma acção consequente.
O que é grave é que a soma de situações similares se finja que não se vê. Todos sabemos que existem.
Entre aeroportos, portos, caminhos-de-ferro, ministérios, tantas empresas públicas, quantas não são as situações que acabam por minar e envenenar as contas e finanças das entidades públicas e estatais?
Quantas não são as situações que estão a impedir que o País se desenvolva mais aceleradamente?
Os moçambicanos querem ver seus filhos estudando em escolas bem equipadas, com professores altamente qualificados, serviços de saúde dignificantes, seus excedentes agrícolas comercializados a preços justos, emprego pagos com salários justos, dignificantes, mas isso não está a suceder ao ritmo desejado porque o Estado foi tomado por corruptos de cima a baixo.
Quem governa está a usar o Estado para se encher de dinheiro e nada faz pelos cidadãos.
Podemos continuar a deixar de ir votar para quem se habituou a viver pendurado no Estado poder continuar a fazer destas coisas?
Podemos continuar a deixar que se façam eleições viciadas, a que os próprios corruptos nacionais e internacionais se encarregam de dizer que foram livres justas e transparentes para poderem juntos, continuarem a fingir que combatem a corrupção, mas a curtirem juntos as vantagens de toda a promiscuidade que se vive não só em Moçambique como noutros países?
Com atitudes de encobrimento quando algo anda ou corre mal poder-se-á pensar que alguma vez este comportamento corrupto, que todos vêem, alguma vez vai acabar?
Os governantes não precisam de ser tratados com “paninhos quentes” como se fossem entidades acima dos seus concidadãos. Se são principescamente pagos, se são rodeados de todo o tipo de regalias e mordomias, salários bem acima da média é para servirem sem esmorecimentos seus concidadãos, com humildade e honestidade. Não é para andarem a roubar e a impedir o país de andar para a frente.
As instituições da justiça admitindo o que todos estamos a ver é porque também estão corrompidas, ou não será?
Os moçambicanos querem e merecem que se acabe com este ambiente de corruptos a governarem-nos. Que via irá sobrar para que esse combate seja feito se as autoridades do estado não actuam porque são elas as próprias corruptas?
Quem nos governa tem de ter em mente e colocar em acção, todos os mecanismos à sua disposição, para que as coisas de que os cidadãos necessitam, não aconteçam de improviso nem ao sabor das visitas dos altos dignitários do estado e do governo.
Quem nos governa tem de perceber que já todos se aperceberam do jogo sujo que alguns senhores andam a fazer.
Os receios e proclamações que temos ouvido de certos quadrantes governamentais contra a validade e oportunidade das críticas sobre seu desempenho é produto de alguma necessidade que sentem de se defenderem. Sabem o que a história guardará de sua passagem pelo governo, pesa-lhes a consciência e sabem que quando uns falam e não se deixam intimidar os outros cidadãos abrem os olhos e passam a ver o que eventualmente não viam.
Com isso vai crescendo a onda da indignação e vai crescendo também a esperança de um dia destes todos se levantarem em defesa de Moçambique.
Quem receia a criticas sabe porque receia, sabe que receia porque tem rabos de pato…
É legítimo que as pessoas se procurem proteger de ataques à sua pessoa mas essa mesma legitimidade assiste a quem é governado e sente-se espoliado por quem governa ou por quem está na administração pública.
Só “abrindo o livro” da corrupção a todos os níveis os cidadãos se livrarão do que está a suceder de forma descarada.
Quem se desenrasca um dia tem de perceber que não conseguirá viver todos os dias a desenrascar-se.
Faz falta inegavelmente uma rotina de trabalho e de realizações endógenas.
Não pode continuar a haver alegações de mediocridade dos recursos humanos moçambicanos para justificar os insucessos.
Há demonstrações mais do que evidentes de que os moçambicanos quando querem são capazes. Sob gestão profissional, moralmente atenta e seguindo os mais altos níveis de ética tem-se visto moçambicanos realizando obras dignas de apreço nacional e internacional.
A inexistência de cólera há cerca de dois anos em Sofala e na Beira é algo aparentemente simples mas teve implicações importantes na vida de milhares de pessoas.
O que se conseguiu é o resultado de uma estratégia posta em execução envolvendo governo provincial através da Direcção Provincial de Saúde, Conselho Municipal da Beira, organizações da sociedade civil, entidades privadas e cidadãos anónimos. Foram esforços conjugados, independentemente da cor partidária dos intervenientes, que trouxeram melhorias na saúde pública da província. A participação directa do Estado e dos parceiros internacionais trouxe soluções.
Todos se envolveram e juntos resolveram um problema comum.
O mesmo se pode dizer em relação ao combate contra o HIV/SIDA. Embora se possam apontar defeitos estratégicos e erros em algumas intervenções, de maneira geral tem havido êxitos assinaláveis na luta contra este flagelo social em algumas zonas do país. Em todos os sectores em que se verifica trabalho há resultados palpáveis. E nisto estamos todos de acordo que é preciso louvar e elogiar o trabalho do Estado quando no Estado estão pessoas que põem o interesse nacional acima dos seus jogos sujos.
Se os níveis de frequência nos diferentes subsistemas de educação do país cresceram a olhos vistos isso é resultado de uma política concreta que se está implementando.
Cresceu a frequência e nota-se que agora a qualidade tem de ser atacada com rigor. Mas criticar, dizer que a qualidade está a tardar a aparecer todos concordam que é necessário.
A Educação deve melhorar e o governo tem de fazer mais.
Há que ouvir e aprender dos outros. Tudo o que os críticos dizem é matéria para não se deitar fora. É preciso saber-se ouvir.
Aproxima-se o congresso do partido no poder pelo que se percebe porque os críticos são tão indesejados. Compreende-se o nervosismo por parte do PR e de seus acompanhantes que se habituaram às mordomias e a tudo fácil para os seus familiares.
Ninguém quer ir para uma reunião magna doe seu partido em posição de fraqueza. O ambiente crítico em alguma comunicação social tem de ser gerido proactivamente e os esforços que se tem revelado são no sentido de dar resposta as críticas e sugerir que tudo está sob controlo.
Mas convém e é importante para o país que todos se convençam de que é necessário construir este país com transparência e “jogo limpo”.
Já não vale a pena esconder o passado, procurar atribuir situações anómalas às estratégias dos outros, dos adversários ou dos inimigos.
Aceitar que somos humanos e portanto também erramos é basilar nos esforços da tão proclamada “Unidade Nacional”. Não ir a certas zonas do país apenas buscar renda pessoal e passar a olhar para essas zonas com olhos de Estado e com respeito pelos cidadãos que lá vicem, tem de passar a ser o novo paradigma de um governo sério.
Não há nenhum conclave nem Bureau Político de qualquer que seja o partido que não tenha cometido erros. Intolerância política e bater-se na tecla da “rectidão moral, política, cívica” julgando-se alguns e só eles a luz que ilumina a todos, não passa de conversa para fazer boi dormir.
O futuro próximo será feito por todos os moçambicanos numa situação de cidadania plena, sem moçambicanos especiais ou grupos de moçambicanos proprietários da razão e do país…
A construção do País não dará espaço aos que se julgam donos de Moçambique e dos Moçambicanos.
A luta é contínua mesmo. E continua de facto. Até contra esses que querem fazer dos outros moçambicanos apenas obedientes silenciosos.
Os abusos hão-de mesmo terminar nesta terra de muitos mondlanes, matsangaissas e simangos anónimos.
Canal de Moçambique – 20.06.2012

Comments


1
umBhalane said...

O PRM, AEG, tem muita razão.
Vasco da Gama, António Enes, Mouzinho,..., não fornecerem telemóveis/celulares aos N'gunis; nem mesmo telefones fixos!
Também, SMR, o Senhor D. Carlos I, não ofertou ao Gungunhana nem celular, nem fax, nem telefone fixo, nem telex,..., para pedir perdão às centenas de milhares das suas vítimas.
A culpa nem é dele...
AINDA
A LUTA É CONTÍNUA

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