terça-feira, 25 de outubro de 2016

Vendaval e descargas atmosféricas matam 12 pessoas em Maputo

 



Seis das vítimas morreram na cidade de Maputo
Luto. Caos. Desespero. Pânico. São algumas marcas deixadas por cerca de quarenta minutos ininterruptos de queda de chuva e granizo, acompanhadas de ventos fortes fenómeno que se fez sentir na noite da segunda-feira em Maputo e Matola.
O desespero tomou conta de quem foi colhido de surpresa por este fenómeno. Estradas intransitáveis devido a obstáculos projectados pelos ventos fortes para as vias. Semáforos, postes de iluminação, árvores e painéis publicitários a cederem perante a força da natureza. Várias vias ficaram completamente alagadas. Paragens repletas de pessoas. Passageiros transportados em camionetas mesmo debaixo de intempéries. Era a luta por um espaço para poder chegar o mais cedo possível a casa.

O lado mais crítico foi a ocorrência de mortes durante a noite na cidade e província de Maputo. Ao todo foram 12 pessoas que morreram na noite da segunda-feira devido ao vendaval e descargas atmosféricas.

Destas vítimas, seis morreram na capital do país, das quais quatro quando as viaturas onde se encontravam foram amolgadas pela queda de troncos de árvores no bairro Triunfo. Na altura, a informação da morte foi revelada naquela noite por testemunhas que socorreram os sobreviventes e depois confirmada pelas autoridades de saúde de Maputo.

Enquanto outras seis pessoas encontraram a morte em alguns distritos da província de Maputo vítimas de descargas atmosféricas e queda de árvores segundo revelou, hoje, o Porta-voz do Conselho de Ministros, Mouzinho Saíde.

Além das mortes o vendaval feriu pouco mais de 30 pessoas e destruiu mais de 400 casas sendo a maioria na província de Maputo. Saíde revelou que as autoridades deverão emitir oportunamente um balanço final sobre o impacto do mau tempo desta segunda-feira, pelo que uma equipa multissectorial está no terreno a recolher os dados.
MENSAGEM DA FRELIMO EM SOLIDARIEDADE AS VÍTIMAS DAS INTEMPÉRIES QUE ABALARAM ONTEM AS CIDADES DE MATOLA
E MAPUTO
A FRELIMO endereça, por esta via, a sua mensagem de solidariedade para com as vítimas das intempéries que ontem assolaram algumas zonas do nosso País, com destaque para as cidades de Matola e Maputo, e que resultaram em perdas humanas, para além de danos em diversos bens materiais e patrimoniais.
A FRELIMO lamenta e consola aos familiares dos que ontem saíram paraos seus afazeres do dia-a-dia e não mais retornaram às suas casas. A FRELIMO junta-se a todas as vítimas desta calamidade e estende a sua solidariedade e conforto aos que
perderam os seus bens.
A FRELIMO estimula todas as iniciativas conducentes à promoção da solidariedade entre os moçambicanos, assim como o princípio de contar com as nossas próprias forças para fazer face às adversidades, pelo que incentiva e junta-se a todos os moçambicanos, através dos seus membros, militantes e simpatizantes, que prontamente arregaçaram as mangas em apoio e consolo às vítimas das intempéries.
A FRELIMO considera que sempre que estas acções ocorrerem e encontrarem uma resposta pronta da sociedade no sentido de minimizar a dor e perdas, teremos dado um gigantesco passo, como um Povo Unido e fraterno, para a construção da cidadania e para o reforço dos elementos comuns de identificação e de amor à pátria, pois é na sociedade que devemos incutir o espírito de superação das dificuldades, de procura de soluções e de solidariedade entre nós.
A FRELIMO exorta aos membros, militantes, simpatizantes e a população em geral a continuarem com as acções de solidariedade para com as vítimas, ajudando aos que perderam seus entes queridos, assim como diversos bens, apelando a maiores precauções face aos fenómenos naturais que afectam o nosso País e o mundo em geral e provocam mudanças climáticas abruptas, assim como ao redobrar de esforços na prevenção, dado que se aproxima o período chuvoso.
A FRELIMO exorta sobretudo para que capitalizemos o máximo o período chuvoso, aumentando a produção e produtividade em todos os sectores com ênfase na agricultura, produção animal e pesca, de modo a reduzir a vulnerabilidade em períodos de seca.
Maputo, 25 de Outubro 2016
UNIDADE, PAZ E DESENVOLVIMENTO
FRELIMO, A FORÇA DA MUDANÇA

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