sábado, 3 de dezembro de 2016

Não há luz no fundo do túnel



Elisio Macamo
30/11 às 16:50 ·

Modus ponens (Se A, B; A, logo, B)
Se ao funeral dum líder político acorrem multidões, então o povo amava esse líder. Multidões acorreram aos funerais de Kim Il Sung, Leonid Brejnev e... Fidel Castro; logo, eles eram amados pelo seu povo.

Modus tollens (Se A, B; não-A, logo, não-B)
Se ao funeral dum líder político acorrem multidões, então o povo amava esse líder. Multidões não acorreram aos funerais de Ronald Reagan ou Margaret Thatcher; logo, eles não eram amados pelo povo.

Logicamente impecável o raciocínio, excepto que em ditaduras funerais de líderes políticos são dias feriados (enquanto em países sérios são assuntos privados), povos inteiros são bombardeados com a ideia de que o líder é o único garante da paz e estabilidade do país (enquanto em países sérios cada indivíduo é valorizado e o sistema não depende duma única pessoa) e pode ser arriscado colocar-se à margem do grande evento nacional (enquanto que em países sérios cada um é livre de sentir o que quiser em relação a seja o que for). NB.: líderes autocráticos gostam de ser amados pelo seu povo. Líderes de países sérios fazem o que têm a fazer.

Na verdade, a estrutura (falaciosa) do argumento é outra e tem o nome de afirmação do consequente: Se A, B; B, logo A. Fidel era amado pelo povo, logo, é por isso que as multidões foram ao funeral. Ou numa versão rebuscada da negação do antecedente, se ele não fosse amado pelo seu povo, este não iria ao funeral. Quem raciocina assim engana-se a si próprio e não tem consciência disso. Gente formada ao mais alto nível a raciocinar desta maneira. É simplesmente confrangedor.

Vai levar tempo para a gente libertar a mente do condicionamento colonial e revolucionário. Muito tempo mesmo. Descolonização mental não é apenas falar mal do Ocidente. É também tornar útil para nós aquilo que eles fazem bem.

Comentários

Milton Machel Ya, professorê, você está a pedir esmolamente pra ser enforcado e imolado pelos fanáticos de Samora e Fidel, por crime de iconoclastia
Gosto · Responder · 6 · 30/11 às 18:59

Elisio Macamo sim, não tarda. quero também ser heroi.
Gosto · Responder · 8 · 30/11 às 19:05

Lyndo A. Mondlane Kkkkkkkkk...será inimigo do povo o Prof..kkkk

Boa Monjane Por que razão então, as multidões não preferiram aproveitar o seu precioso feriado e ficar em casa a ver televisão ou passar o tempo com amigos e familiares e no lugar disso foram prestar homenagem ao seu líder? É que não entendo outra razão para tanta adesão a um evento não obrigatório para ver corpo morto de um líder de que as multidões odiavam. Pode ser que nos seja surpreendente ou desgostoso vermos isso, mas forçar teorias para desmentir o óbvio, pelo amor de Deus.
Gosto · Responder · 7 · 30/11 às 19:01

Elisio Macamo não ficaram em casa porque amam o líder. está claro!
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 19:03

Miguel Mussequejua Como o outro tem dito, a história irá julgar. Lembro entretanto de figuras como Mandela, que também tiveram o seu pranto nacional com massas em choros inconsoláveis. É de facto complicado julgar estas realidades, porque de facto há quem ama e há quem detesta, aliás, como tudo na vida.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 19:08

Elisio Macamo sem dúvidas.
Gosto · Responder · 30/11 às 19:11

Rildo Rafael Na Coreia Norte choram copiosamente pelo líder (mesmo vivo e ou morto)...Todos desde Kim Il Sung, até o actual líder tem já garantido o habitual choro...As lágrimas essas espelham exactamente uma ligação ao líder mesmo que por vezes seja necessário chorar como uma representação (de papéis) estratégica para não ser ostracizado....Não quero com isso dizer que não haja quem nutre interesse pelo líder empunhalando punhos de aço). Parece CAUS TOTAL com a morte de um MAMBO no Império de Mwenemutapa...
Milton Machel afinal está a procura disso à custa da viuvez da sociologia e orfandade da Academia!? Sacrebleu!
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 19:13

Elisio Macamo a sociologia não vai sentir a falta dum reaccionário ingrato.

Juma Aiuba "A morte de um rival chora-se no próprio funeral" - já dizia a minha avó. Ou seja, outros só vão para confirmar que o cafageste morreu mesmo.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 19:15

Boa Monjane Não acredito que estou a ler isto... Seriedade por favor!
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 19:16

Elisio Macamo as motivações das pessoas são várias. só em ditaduras é que são reduzidas a um denominador comum.
Sergio Left Eye Puita "Vai levar tempo para a gente libertar a mente do condicionamento colonial e revolucionário"
Gostei.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 19:30

Sergio Left Eye Puita Talvez desapareção os lideres carismaticos, com as suas revoluções. E... um Mundo Sem diferenças.
Gosto · Responder · 30/11 às 19:54

Elisio Macamo o messianismo é típico de tempos de crises. o sociólogo carlos serra explica isto muito bem, acho.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 20:06

Sergio Left Eye Puita Temos de Esperar com a mesma seriedade mesmo, que a crise acabe.
Gosto · Responder · 30/11 às 20:21 · Editado


Edson Godinho Boa Noite Prof, as suas premissas mostram-se racionalmente logicas, mas nestas coisas de "amar" um lider a emocao e a razao nao se cruzam, talvez por engano, mas rapidamente entram na rota de colizao....a minha experiencia pode nao ser relevante para as sua estatisticas, mas a totalidade dos cubanos com quem abordei o assunto FIDEL, mostraram puramente o contrario. Digo mais, as pessoas nao "amam" ou admiram pessoas que simplesmente, numa estrutura que nao permite agir doutra maneira, cumpre o seu dever....o mundo admira pessoas extraordinarias (...)
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 19:54

Elisio Macamo não tenho a certeza se entendi o seu comentário. o que é que a totalidade mostrou? que ama ou não ama?
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 20:07

Edson Godinho Epah, o que faco com as minhas cordas? Enforco-me: "AMA", mas a racionalidade captalista nao alcanca este LOVE...
Gosto · Responder · 30/11 às 20:11

Elisio Macamo ok, entendi. a minha racionalidade não é capitalista, fique à vontade. quanto ao amor dos cubanos pelo líder, não duvido. o povo ama os seus verdadeiros heróis.
Ricardo Santos Há uma boa dúzia de anos que esse valoroso Ocidente faz coisas valorosas como esta:
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 20:11

Elisio Macamo risos. ninguém é santo neste mundo. e isso não foi o pior!
Gosto · Responder · 30/11 às 20:14

Ricardo Santos Curiosidade: pior foi o quê?

Ricardo Santos http://www.nybooks.com/.../indians-slaves-and-mass.../



Indians, Slaves, and Mass Murder: The Hidden History
nybooks.com|De Peter Nabokov
Gosto · Responder · 30/11 às 20:11

Gabriel Muthisse As realidades são complexas. Pode ser que alguns possam ter sido constrangidos a ir. Pode ser que alguns tenham querido sentir o prazer de ver um inimigo morto. Mas, também, outros podem ter ido prestar uma homenagem sincera a um homem que admiravam.

Se eu estivesse em Cuba, onde vivi anos maravilhosos sob a "ditadura de Fidel", eu teria ido a esse acto para prestar uma vibrante homenagem a um dos vultos mais marcantes do século XX.

A realidade cubana ultrapassa um pouco os rótulos simples de "ditador", "amado pelo povo", ou "pai da pátria".

Na verdade, devido ao facto de o ingerencionismo americano ter estado presente em praticamente toda a América Latina, desde o Mexico até à Patagônia, há em todas aquelas paragens um profundo sentimento anti-imperialista. Um dos factores da popularidade, não pouca, de Fidel Castro em Cuba e em todo aquele sub-hemisferio estará, por ventura, no facto de ter ousado desafiar essa tendência de se ser visto como um simples quintal do Império. No caso de Cuba, um imenso prostíbulo, que a revolução sacudiu. Este é um factor de peso a ter em conta.

Se trouxermos apenas essas leituras de que Fidel era um ditador, era um facínora que escravizava o seu povo, falharemos em perceber o que acontece por aquelas paragens
Gosto · Responder · 13 · 30/11 às 20:24 · Editado
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Elisio Macamo de acordo, menos com a ideia do prostíbulo. cuba antes da revolução foi mais do que isso. para mim a grande questão continua a ser de saber se com fidel cuba melhorou ou não, ou se ele foi capaz de fazer o melhor do seu potencial. as indicações que tenho nâo me permitem ainda concluir que ele fez melhor. agora, uma questão que é fundamental para mim é como tratas o teu povo. não há desculpa para execuções, criminalização de opinião, prisâo do povo. quem faz isso é um ditador.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 20:27

Gabriel Muthisse Em parte tens razão. Mas se tomares em conta outros factos, talvez pudesses relativizar as tuas ideias. Em 1959, Cuba tinha milhões de camponeses sem terra. Grande parte da terra estava em mãos de latifundiários que, nem sequer a cultivavam na integra. Impunha-se uma reforma agrária. Sabes, por acaso, o que aconteceu a um Presidente "liberal", ou seja, não comunista, que tentou fazer uma reforma agrária na Guatemala? Refiro-me a Jacob Arbenz. Foi golpeado, a instâncias da United Fruit, a grande plantadora de banana na América Latina. Com base nos financiamento daquela multinacional, a CIA permeou todas as instituições "democráticas" daquele país (a imprensa - os Canal de Moçambique daquele lugar -, a sociedade civil, os Partidos e outras). Jacob Arbenz foi golpeado, a reforma agrária foi revertida e os camponeses guatemaltecos não tiveram outra opção que continuar na miséria e fundar, anos mais tarde, o movimento guerrilheiro Partido Guatemalteco del Trabajo. Ainda hoje, aquele campesinato é dos mais miseráveis da América Latina. Porque uma simples reforma agrária foi ferozmente combatida.

Estou a dizer, Elisio, que nenhuma das transformações sociais que Fidel Castro encetou teria ido para frente com o conceito de "democracia" hoje em voga. Cuba teria jornais independentes, teria ONG's, teria partidinhos... E um povo muito mais miserável do que é neste momento.

Sei que, para ti, ter umas ONG's, uma imprensa "independente" é muito mais importante que ter camponeses com terra, que ter jovens instruidos, que ter um sistema universal de saúde, que não ter mendigos nas ruas... Provocação, meu irmão... Kkkkkkk Mas existe gente para quem esse ideal de democracia podemos lutar por ele. Mas se tivermos pão, instrução, segurança social... Tudo isso podem ser ferramentas para podermos lutar mais conscientemente por um conceito de democracia que não nos torne miseráveis
Gosto · Responder · 8 · 1/12 às 10:02 · Editado

Elisio Macamo risos, canais de moçambique de lá. o que me incomoda nestas discussões, Gabriel, é algumas pessoas partirem do princípio de que quem critica fidel é necessariamente a favor do que os americanos de mau andaram a fazer. isso parece-me grave e injusto. a minha crítica a fidel não é ao socialismo; é à traição desses valores por alguém que usou esse discurso para enganar gente adulta que anda por aqui. posso usar o mesmo argumento para criticar a perversão da democracia onde ela foi pervertida. por isso, posso criticar o colonialismo, o comércio de escravos, as guerras injustas (e até mesmo o embargo contra a cuba), não há nenhuma incongruência. agora, quanto ao que aconteceu em cuba em relação à reforma agrária: eu próprio a teria apoiado, conquanto contudo ela fosse feita no respeito pelas liberdades individuais. essa falta de respeito abre espaço para a arbitrariedade, um dos maiores males de sistemas autoritários. o que é bom nunca pode justificar o sofrimento de seja quem for porque assim deixa de ser bom e passa a ser despotismo. não há contradição entre a satisfação de necessidades materiais e a liberdade. só ditaduras (da esquerda e da direita) é que consideram que há. fácil de alcançar? não. alcança-se sem resistência e reacção? não. por isso, prescindir da liberdade? não!!!!
Gosto · Responder · 4 · 30/11 às 20:59

Gabriel Muthisse Elísio, Jacob Arbenz quis compensar a United Fruit e outros latifundiários pela reforma agrária. Ou seja, quis respeitar as liberdades individuais, o direito à propriedade, no sentido capitalista do termo... Foi golpeado na mesma!

Há sonhos, como a nossa própria luta pela independência mostra, que não podem ser obtidos seguindo o que está escrito nos livros do liberalismo político ou econômico. Se forem boas coisas, essas descritas nesses livros sábios, podemos lutar por elas mais tarde, depois de termos subvertido a lógica injusta que nos põe à margem.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:06 · Editado

Elisio Macamo não concordo. a nossa independência mostra, muito pelo contrário, que o que está escrito nesses livros foi fundamental. nós lutamos pela auto-determinação, pela dignidade humana e pelo progresso. foi isso que deu coerência à luta. e se disseres que não, foi o marxismo, dir-te-ei que, claro, a auto-determinação, a dignidade humana e o progresso são também centrais ao marxismo, não há contradição. mas entre o discurso e a prática vai uma grande distância. por isso, devemos criticar quem se afasta desses ideais. o marxista lúcido sabe fazer esta distinção. o fanático não. só vê imperialismo por todo o lado.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:13

Gabriel Muthisse Porque não fundamos Partidos, aqui dentro de Moçambique, e exigimos a independência através dos mecanismos próprios do liberalismo político? Porque isso era impossível Elisio. O ingénuo que fizesse isso ia cair na enxovia, se pena maior não coubesse.

Porque Fidel Castro não fez a reforma agrária na base dos jornais independentes, na base da sociedade civil, na base dos Partidos liberais que lá existiam e na base do Congresso e Senado que lá existiam? Porque, sem a mínima dúvida, teria sido golpeado lá para 1961 ou 1962. Não teria havido reforma agrária, não teria havido educação universal, não teria havido acesso universal à saúde, Cuba continuaria a ter um campesinato miserável, descalço, analfabeto...

Há coisas que não se conseguem, no curto prazo, com base na democracia liberal
Gosto · Responder · 3 · 1/12 às 9:58 · Editado

Elisio Macamo é ainda onde está o equívoco nisto tudo, Gabriel. até na década de sessenta os negros americanos lutavam pelos seus direitos cívicos. na suíça, as mulheres só obtiveram o voto nos anos setenta. em ambos os casos houve repressão. ninguém diz que em democracia é só pedir e tudo virá. luta-se, faz-se campanha e as coisas chegam, ou não. se as coisas fossem assim tão lineares como tu as colocas, não terias como criticar o colonialismo porque, afinal, o regime colonial não permitiu a formação de partidos nacionalistas porque os governantes não achavam bom para o povo. se não concordas com esse argumento colonial, tens a razão para não fazer depender a liberdade daquilo que os governantes consideram ser prioritário.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 21:28

Gabriel Muthisse Elísio, o que estou a tentar, canhestramente, dizer é que ao lermos Fidel, ao lermos os EUA, aos lermos Moçambique, não podemos partir para a rotulagem absoluta, do gênero "maus" e "bons". O sistema cubano tinha muitas coisas más. Creio que os proprios cubanos entendem isto. Por isso estão num processo de reformas. Mas há também coisas muito boas.

O mesmo nos EUA. Não é qualquer país que desenvolve uma capacidade interna de regeneração ao ponto de, em cerca de 50 anos, ter dado passos gigantesco na integração de uma comunidade que tinha sido posta à margem dos processos políticos e económicos.

Ao me insurgir contra a tua leitura do processo cubano, que me parece em absoluto negativista, estou a sinalizar que me insurgiria do mesmo jeito se alguém não visse nada de positivo numa sociedade como a norteamericana
Gosto · Responder · 1/12 às 9:59 · Editado

Elisio Macamo aí teremos de discordar, Gabriel. o respeito pela dignidade humana é importante. fidel castro atentou contrra isso. construiu um sistema político assente nisso. para mim ele foi mau. o sistema de escravos nos estados unidos foi também mau, não há meio termo possível. há certos assuntos que exigem um posicionamento moral claro e inequívoco. os eua são maus em muitos aspectos, mas o seu sistema político não. não assenta na violação da dignidade humana. nele a possibilidade de alcançar níveis cada vez maiores de dignidade humana é maior do que na cuba de fidel. vamos ter que entrar em desacordo completo neste capítulo.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:43

Gabriel Muthisse Acordemos em discordar. Como sabes, vivi em Cuba 5 anos. Não vivi entre gente infeliz ou que achasse que a sua dignidade estivesse a ser ferida. Vivi com muitíssimos cubanos que valorizavam o que se tinha alcançado com a revolução. Andar calçado é dignidade. Dormir sem fome é dignidade. Instrução é dignidade. Ter acesso a médico quando doente é dignidade. Ter terra para cultivar é dignidade. Ter um tecto é dignidade. Ter a certeza de que os filhos serão educados em função dos seus merecimentos é dignidade.

Dignidade não é somente ir votar ou poder protestar. Inclui outras coisas que a revolução cubana deu
Gosto · Responder · 4 · 30/11 às 21:49

Elisio Macamo insistes em fazer uma oposição que eu não faço. não é ou acabar com a fome, ou ter liberdade. são as duas coisas. tu viveste lá com muitos cubanos felizes com a situação. fora de cuba, há milhões de cubanos que não suportaram aquilo. não sao reacionários. nao são inimigos do povo. não têm falsa consciência. queriam uma outra cuba e não tinham espaço para exigir essa outra cuba. a liberdade é uma pré-condição importante, mas isso não quer dizer que sem liberdade não possas alcançar certos objectivos materiais. o problema é que quando é assim, tens que contar sempre com a repreensão. esse é um preço muito alto por pagar. mas, discordemos em plena consciência de que a diferença de opinião não nos sujeita a nenhuma punição.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 21:55

Gabriel Muthisse Muitos os que viveram comigo... Milhões os que querem outra Cuba! São milhões, de um lado e do outro, Elisio. Teríamos de fazer um inquérito para saber onde há mais milhões.

Insisto, Elisio, só para terminar, e como último comentário: considerar que tudo aquilo está errado não me parece adequado. Guatemala, Bolívia, Uruguai, México, Colômbia, Peru... Não tiveram um Fidel Castro nos seus países. Mas em muitos aspectos referentes à dignidade humana estão atrás de Cuba. Sem discussão nenhuma! Já agora, os líderes desses empobrecidos países da América Latina o que são? Grandes democratas e lutadores pela dignidade dos seus povos? Seja qual for a tua resposta, sei que não poderemos concordar. Fiquemos por aqui.
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 22:06

Elisio Macamo Gabriel, pinochet foi um déspota, mas levou o chile para a frente; park foi um ditador, mas levou a coreia do norte para a frente, e por aí fora. não me entendes se insistires na ideia de que o meu argumento é de que ditadores não fazem nada enquanto que não-ditadores fazem. não é isso que eu digo. de resto, entre ditador, dum lado, e não-ditador doutro lado há espaço que abarca muita gente. as coisas nao são lineares. pelo menos devia ser possível concordar. agora, se fidel foi bom ou não, aí teremos que discordar porque para mim não existe ditador bom. e fidel foi ditador.
Andre Mahanzule Simples Professor, a sociedade é amiga do caus. Diz Dan Brown. Morreu o famoso, então estou lá, qqr dia o meu testemunho terá alguma utilidade, se não tiver simplesmente terei lá estado, amem.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 20:23

Elisio Macamo como disse: há muitas motivações.
Carlos Nuno Castel-Branco Quais são, e com base em que critérios, definidos, esses critérios com que base, países sérios ou países a sério? Se os políticos desses países fazem o que devem - e não o.que os torna populares - como se concorda com o que deve ser feito, como se constrói a desigualdade multifacetado, como se destrói a economia mundial e o meio ambiente e se multiplicam guerras irracionais? Eu quero ir viver para um desses países sérios ou a sério. Mas preciso do endereço.
Gosto · Responder · 9 · 30/11 às 20:33 · Editado
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Elisio Macamo os critérios são aleatórios, ao sabor da minha fértil imaginação.
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 20:31

Carlos Nuno Castel-Branco Ah, OK. Que pena.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 20:34

Elisio Macamo e, claro, em cuba, coreia do norte e união soviética os líderes populares construíram a igualdade, fortaleceram a economia mundial, defenderam o meio ambiente e aumentaram guerras racionais. eu não quero viver em nenhum desses países, com ou sem endereço.
Gosto · Responder · 5 · 30/11 às 20:38

Boa Monjane Poderia saber, do sabor da sua fértil imaginação, a sua opinião sobre como o professor classificaria os Estados Unidos, o Reino Unido, a França nessa categorização de país "sério" e "não sério"?
Gosto · Responder · 30/11 às 20:51

Carlos Nuno Castel-Branco Ah, Elisio Macamo, estás a perder faculdades e a cair nas tuas próprias armadilhas ou na armadilha das inconsequência. Por acaso terei dito que há países a sério ou sérios? Por acaso terei falado de paraísos na terra? Já leste algum pronunciamento meu sobre a URSS, Cuba, China ou Coreia do Norte, ou, em geral, sobre o modelo estalisnita de capitalismo de estado, para derivares uma equação lógica da minha pergunta sobre os teus países a sério, que te permita concluir que os meus países a sério são os do lado oposto da cortina de ferro? Mesmo na física mais avançada continua a persistir a inconsistência entre a teoria do universo em grande escala (Einstein) e as teorias do universo em nano escala (física quântica). Nesta conversa temos países a sério e um planeta que não é sério. Então, deve haver alguma coisa errada com a maneira como vemos esse "universo", de países e do planeta.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 20:54

Elisio Macamo Carlos Nuno Castel-Branco, eu respondi à tua interpelação. no meu texto falei de coreia do norte, união soviética e cuba. ao contrapores o ocidente ao que eu disse, devo concluir que te referes aos exemplos que eu dei. é preciso ser mais claro para a discussão fluir. de resto, em nenhum momento, ao criticar cuba ou fidel, disse que os outros são irepreensíveis. em nenhum momento. os mesmo critérios que uso para criticar fidel e cuba uso para criticar quem atente contra a liberdade e a dignidade humana. na minha postura política não há boa repressão e má repressão. agora, o que é certo para mim é que quem festeja fidel distingue entre boa e má repressão.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:20

Elisio Macamo Boa Monjane, esses países são sérios e deviam ser um modelo que nós devíamos emular no que diz respeito à garantia de liberdades. fazem tudo bem? claro que não. mas de longe muito melhor que os regimes autocráticos que defende. um critério simples para saber se um país é sério ou não é o seguinte: deixa-se julgar pelos seus próprios princípios? cada um desses países deixa-se julgar pelos seus próprios princípios e é por isso que tem uma sociedade civil vigorosa, tribunais que não são arbitrários e outras coisas que você não tem em países autoritários.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:24

Carlos Nuno Castel-Branco Desculpa, Elisio Macamo mas países a sério ou sérios é conceito teu e não meu. Só te perguntei o quais são, com que critérios se definem e quem definiu tais critérios. Tu depois fazes um argumento em que respondes às minhas questões com um statement em forma de pergunta. Na armadilha estás tu e não eu e não podes de lá sair tentando com que eu lá entre. Quem tem definir o tal conceito és tu e não eu, e quem tem de explicar porque temos um planeta não sério com países a sério nele és tu e não eu - por planeta não sério entendo o que eu disse antes, que não se entende, que não se gere, qie se exproria e explora, que gera riqueza pela produção de pobreza, que está a esgotar a sua capacidade de reprodução e que civilizacionalmente não está a acompanhar as necessidades e desafios do planeta. Então: 1) países a sério quais são, com que critérios e quem os define? 2) como se explica um planeta com países sérios que é essencialmente não sério?
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:30 · Editado

Carlos Nuno Castel-Branco Qual é o país que se deixa julgar pelos seus próprios princípios e que vive pelos princípios que diz que tem? E o que é que isso significa? Enquanto não ficar claro quem são esses países é difícil discutir?
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 21:33 · Editado

Elisio Macamo por pouco dizia que me equivoquei, mas reli o teu comentário e insisto na interpretação. escreveste: "Se os políticos desses países fazem o que devem - e não o.que os torna populares - como se concorda com o que deve ser feito, como se constrói a desigualdade multifacetado, como se destrói a economia mundial e o meio ambiente e se multiplicam guerras irracionais?" depois de eu ter contrastado líderes dos três países que mencionei com "países sérios". respondi a isso. não vejo nenhum equívoco aqui.
Gosto · Responder · 30/11 às 21:33

Elisio Macamo agora estamos a dar voltas no mesmo lugar. países democráticos deixam-se julgar pelos seus princípios. países autocráticos não. o respeito pela pessoa humana que é importante para o marxismo, é completamente subordinada à vontade dos "partidos de vanguarda" como tu bem sabes. é por isso que podemos dizer aqui alegremente que fidel, em nome das prioridades da revolução e do inimigo externo podia legitimamente reprimir o seu próprio povo.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:36

Carlos Nuno Castel-Branco Elisio Macamo Vamos lá ver: tu disseste que os dirigentes políticos dos países a sério fazem o que devem. OK. O que é isso é como se define isso? Como é que a sociedade concorda acerca do que isso significa? Como se explica que o planeta seja não sério se os países sérios fazem o que devem? A tua resposta, contrapondo três países sem argumento é não séria, em minha opinião.
Gosto · Responder · 30/11 às 21:47

Elisio Macamo ok, vamos por partes. 1. não cheguei a explicar o que queria dizer com isso; 2. se tivesse explicado teria dito que fazer o que devem é ocuparem-se das tarefas de governação; 3. ocupar-se das tarefas de governação nao significa fazer aquilo que tu ou eu consideramos bom; 4. o que tu e eu consideramos bom, num país sério, é sempre o resultado do debate aberto, da capacidade de colher consensos, da força relativa dos interesses em jogo; 5. se a medida de qualidade de governação fosse a resolução de todos os problemas do mundo estaríamos num conto de fadas, não na política real.
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 21:51

Carlos Nuno Castel-Branco Marxismo não é um sistema político. Nem Marx propõe um partido de vanguarda como forma de organização de um sistema político. Sobre o futuro alternativo, o comunismo, Marx estava muito mais preocupado com o processo histórico que conduza ao desaparecimento de classes antagónicas e do sistema de exploração do que com a repressão de uma classe por outra. O stalinismo criou e reproduziu uma série de mitos que se tornaram mais perigosos para o Marxismo do que qualquer coisa que a burguesia já usou. Quando Marx criticava os direitos políticos individuais burgueses ele crítica o cinismo e o vazio desses direitos numa sociedade criada sobre um sistema de expropriação, exploração e redução da condição humana à reprodução de força de trabalho para compra e venda. Quando ele se envolveu na criação da primeira internacional, o primeiro partido revolucionário, o projecto não era abolir os outros partidos e os direitos de outros de fazerem as suas organizações, mas era organizar a classe operária como força política transformativa da sociedade para acabar com as classes sociais. Portanto, Marxismo não subordina indivíduos ao partido de vanguarda - há vários marxismo e a experiência dos chamados países socialistas é tão inválida para definir Marxismo e socialismo como seria usar as experiências de fascismo como as únicas definições de capitalismo. Portanto, nunca usei e nunca vou usar manuais da URSS sobre sociedade para estudar Marxismo e socialismo ou, mesmo, o capitalismo. É possível fazer boas críticas do marxismo sem cair na banalização e falsificação de ligar um método de estudo da história e do seu desenvolvimento com um partido de vanguarda totalitário e burocrático.
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 22:01 · Editado

Elisio Macamo finalmente. estás a dar-me razão. é isso que estou a tentar dizer todo o tempo. uma coisa é o discurso, outra é a prática. o teu entendimento do marxismo orienta a tua avaliação do que outros fazem em nome do marxismo. a questão que devias responder a ti próprio agora é se achas que as práticas de fidel são congruentes com o teu entendimento do marxismo. se forem, tudo bem, é tua decisão. se não forem, devem ser criticadas. é o que eu faço com o meu entendimento do liberalismo. tão simples quanto isso.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 22:23 · Editado

Carlos Nuno Castel-Branco OK, Elisio Macamo o meu ponto sobre os países a sério é mais complexo do que a tua resposta. Primeiro, como concordam, por exemplo, em fazer guerras ou ter paz; em gastar 14 triliões de USD para salvar bancos e pagar esses 14 triliões com austeridade social sufocante; entre segregar contra ou receber imigrantes; etc. Não estou a falar do que eu penso sobre isso, estou a perguntar sobre como é que eles concordam sobre o que fazer acerca disso. Vamos por partes: a decisão de entrar na guerra do golfo foi tomada por governos e resultou na maior manifestação política pro paz em cem anos na Europa. Como decidiram, apesar disso, que o que se deve fazer é ir para uma guerra mesmo com falsas justificações em vez de se ouvirem a voz de 54 milhões de manifestantes e os protestos de cientistas, agências internacionais especializadas e tal? Como decidiram sufocar a Grécia para salvar bancos alemães e travar o contágio político do post keynesianism, apesar das eleições e do referendo, do apoio de povos na Europa, e dos posicionamentos de alguns dos mais famosos economistas e outros cientistas sociais? Como decidiram não tomar decisões necessárias para travar as mudanças climáticas e não implementar as que decidiram? Como aprovaram resoluções contra paraísos fiscais e incentivos fiscais redundantes e não as implementaram? Etc. Qual é o mecanismo democrático e quem é que conta nessa democracia? Segundo ponto, eu não falei de resolver todos os problemas do mundo. Só falei em alguns problemas pequeninos, embora essenciais - não invadir os outros países, não impor sistemas políticos em ninguém, não expropriar ninguém, não arruinar a economia mundial para salvar especuladores financeiros, não estragar o planeta - tenta lá travar a respiração enquanto escreves e depois vais pensar no problema do meio ambiente com um bocadinho mais de sensibilidade. De facto estou mais a falar em não criar mais problemas essenciais do que em resolver todos os problemas. E se somos a sério e focados na governação mas deixamos as pessoas na ruína e pobreza, a morrerem em massa no fútil esforço se se salvarem da bombas lançadas em nome da civilização democrática ou da religião ou do imperativo nacional, e a perderem o planeta como seu refúgio no universo hostil, exactamente em que governação estão eles focados? Será que eu ter o direito de dizer o que disse e de o fazer sem ser preso, mas a minha voz não ter peso real algum comparado com a do grande capital é democracia?
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 22:58 · Editado

Carlos Nuno Castel-Branco Há elementos da revolução cubana que são consistentes com socialismo, há elementos que são simplesmente irracionais e incompreensíveis, há outros que são a reprodução simples do estalinismo burocrático e há outros que são retórica nacionalista radical terceiro mundista (à la frelimo de Samora). Para mim é muito difícil ver como um sistema político pode ser consistente com teoria social. As questões que se colocam a um e a outro são diferentes, tal como o contexto em que se inserem. O estudo das dinâmicas históricas de reprodução social e do poder pode influenciar e influencia programas políticos. Mas uma teoria ou método de pensamento e investigação históricas não se reproduzem directamente em programa político. Portanto, a questão teria que ser colocada de outra maneira - será a prática revolucionária (cubana, moçambicana, chinesa, etc.) consistente com uma análise marxista daquela sociedade e da sua inserção no mundo? Será que aquelas revoluções conseguem fazer críticas marxistas de si próprias - entre parêntesis, porque é que a análise da economia política de Cuba, de Moçambique, da África do Sul pararam no tempo após a libertação, e daí em frente a crítica da economia política foi totalmente substituída pela discussão de política económica (como pode haver política económica sem fundamentação na crítica da economia política)? Será que, como disse Samora em resposta a um discurso triunfalista de Marcelino do Santos, transformámos a revolução e a sociedade numa fábrica de chouriços, em que de um lado pomos um certo número de ingredientes e no outro saem chouriços empacotados? - ? Será que novos instrumentos e novas abordagens são revelados ou necessários para análises em contextos diferentes? De que forma é que tais revoluções são inspiradas pelo método marxista de análise da história e em que medida é que este método é relevante no seu contexto? Neste sentido, o que conheço permite-me dizer que vi pouco de marxismo em Cuba e nenhum na frelimo. Será que esta conclusão invalida aquelas revoluções na sua totalidade? De modo algum. Aquelas revoluções tem que ser estudada e entendidas nos seus próprios contextos históricos e na tensões e contradições do capitalismo. Portanto, é perfeitamente possível fazer uma crítica marxista dessa revoluções e continuar a identificar elementos interessantíssimo e outros absolutamente irracionais em todas elas. Mas tudo isso pode ser estudado e percebido, do mesmo modo que se podem estudar e perceber fenómenos como Jeremy Corbin, o bloco de esquerda, o syriza, o brexit e o Trump, o imperialismo financeiro alemão, etc.
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 22:54 · Editado

Elisio Macamo perfeitamente de acordo. e ainda bem que és tu próprio a dizer. ao avaliar o regime cubano não estou a ver se ele é congruente com teoria social. estou a dizer que é um sistema político repressivo e autoritário. só isso.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 23:01

Carlos Nuno Castel-Branco Mas é mais complexo que isso, Elisio Macamo. Fui a Cuba várias vezes e foi o único país onde não vi racismo, onde pessoas adultas na rua conhecem onde fica qualquer país e podem conversar sobre ele - em muitos países ocidentais, a ignorância das pessoas sobre geografia e história é abismal, mesmo entre as que têm doutoramentos - vi escolas no campo boas e de excelente qualidade, vi aldeias limpas e arejadas, mesmo que não ricas, vi que ninguém tem preocupações sobre acesso à saúde, à educação, ao sistema de segurança social, ao emprego. Esses são também exemplos de liberdade e de democracia. Vi filhos de escravos que se tornaram cientistas. Vi internacionalismo. Vi dignidade humana. Mas também vi a irracionalidade na forma de proibição de direitos políticos básicos, na busca constantes de exemplos de sucesso, nas repetição enfadonha de palavras de ordem sem sentido - como, por exemplo, "revolução ou morte" - retórica infinita, nacionalismo profundo (exacerbado pelo bloqueio). Porque será que os artistas e os vendedores de amendoim têm que ser funcionários do estado? Vi coisas que me fizeram sonhar e outra que me deram pesadelos. Cuba é mais complexo do que ser um regime autoritário. Tive uma discussão com comunistas cubanos sobre o autoritarismo no que diz respeito a liberdades políticas. Interessantemente, o argumento deles era feito em termos do bloqueio - que justificava tudo - e da mão externa (claro, no paraíso dos trabalhadores quem crítica é burguês e, sendo assim, só pode ser mão externa). Perguntei-lhes se eles pensavam que o argumento do socialismo poderia vencer o do capitalismo intelectual e politicamente. Eles disseram que sim, claramente. Perguntei-lhes, então, porque não permitir o debate intelectual e político e vencê-lo pelos argumentos e não pela violência. Começou um chinfrim à la cubano e já não percebi nada do que diziam. Mas que estavam a discutir o ponto estavam. Cuba é muito mais do que autoritarismo, mas também tem autoritarismo e ditadura.
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 23:27 · Editado

Elisio Macamo não duvido. mas conheço alguns cubanos por aqui que se queixam do racismo. ainda hoje vi um vídeo dum que vive no brasil e se queixava disso. conheço muitos que reclamam da qualidade da educação e de saúde. cada qual vê o que vê segundo os seus próprios critérios. aquilo que parece marginal no que dizes é central para mim. "mas também tem autoritarismo e ditadura". isso estraga tudo para mim. chile de pinochet deve ter tido coisas boas, mas foi uma ditadura, não há como eu avaliar isso positivamente.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 23:34

Boa Monjane Elisio, tem muita colonialidade na sua definição do que é ser país sério. E não é verdade que esses países têm tudo isso que diz terem.
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 0:25

Paulo Inglês Elisio Macamo Também conheci cubanos negros em Madrid em Angola e todos se queixaram de racismo. Bem quanto ao ver é mais complexo. Também havia portugueses no tempo colonial que diziam que nunca tinham visto racismo em Angola...ou em Moçambique.
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 1:01

Paulo Inglês Boa Monjane Boa Monjane, podes explicar um pouco porque é que achas que que na definição do Elisio Macamo "tem muita colonialidade"? Senão ficamos só no chavão e não ajuda no debate.
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 1:04

Boa Monjane Sinto muito. Elisio Macamo não explicou nenhum dos vários conceitos que ele usou neste debate e não considero nemhum deles de chavão. Por quê só é chavão quando somos nós, aparentemente peixes miúdos?
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 1:09

Carlos Nuno Castel-Branco Elisio Macamo eu não menosprezei ditadura e autoritarismo. Disse "também tem" no contexto de dizer que é uma sociedade complexa com muitos lados, e que democracia e liberdade não se limitam à de expressão e associação, embora essas sejam fundamentais. Por isso disse isso depois de dizer que não é só ditadura e autoritarismo, mas também é. Outra coisa - eu duvido que todas as coisas na educação e na saúde ou na sociedade em geral, mesmo as boas, sejam apenas boas. Dizer que a saúde e a educação em Cuba são desproporcionalmente boas relativamente ao nível do rendimento do país, e próximas do melhor que há, não exclui que existam problemas. Portanto, é possível que haja muito de bom e de mau, que o bom domine sem no entanto não existir algo de mau. Por exemplo, eu teria dificuldade em ir estudar ciências sociais ou economia em Cuba por causa da ausência de debate livre nessas áreas. Isso, no entanto, não é contraditório com a excelente qualidade do ensino e pesquisa científicos cubanos e a cobertura social da educação. Finalmente, eu não posso aceitar qualquer comparação entre o Chile de Pinochet e Cuba de Fidel. O fascismo chileno foi em todos os domínios e contra as massas em todos as áreas. A economia cresceu em conjunto com o aumento da desigualdade e da pobreza, do desemprego e exclusão, e o surgimento das oligarquias mais consolidadas. O mesmo não aconteceu em Cuba - a repressão política, que abomino, não impediu a emergência de um regime social muito mais justo que permitiu avanços sociais muito acima do que seria esperado pelo nível de rendimento. São coisas muito diferentes, quando a totalidade é analisada. Uma nota contextual: a última vez que fui a Cuba foi há 12 anos. Fidel ainda era o líder nessa altura - já estava muito incoerente, tendo feito o encerramento da conferência internacional a que fui com um discurso que durou das 22 horas às 4:30 da manhã e de cujo conteúdo não me consigo lembrar por tão incoerente que foi. De lá para cá muitas coisas devem ter mudado - umas poderão ter ficado melhores e outras piores. Não sei.
Gosto · Responder · 3 · 1/12 às 1:34 · Editado

Elisio Macamo eu escrevi "o que parece marginal". o único que me interessa frisar é que ditadura é ditadura. o resto já não é meu assunto.
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 8:56

Elisio Macamo obrigado, Paulo. em moçambique e em cuba desfazia-se de reaccionários e imbecis com chavões. era só dizer esse é um fantoche do colonialismo...
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 9:00

Carlos Nuno Castel-Branco O que não é ditadura, num mundo socialmente diferenciado e com profundas estruturas e dinâmicas de diferenciação? O que não é ditadura? Quando dizes "ditadura é ditadura, o resto já não é meu assunto" no contexto deste debate, dá-me a sensação (leitura que faço, podendo estar errado) que para ti só importa o lado formal e aparente do sistema político, abstraido das relações de poder reais, às vezes informais, que têm as suas raízes na organização social da base material da sociedade. Eu não estou a afirmar que privação de liberdades políticas formais é assunto secundário. Apenas estou a explicar a leitura que fiz da tua afirmação, de modo a que qualquer debate posterior sobre esta afirmação possa ser enquadrado por uma correcta compreensão do seu significado. Como sabes, nem todas as teorias sociais suportam o teu argumento. Portanto, talvez valesse a pena ter uma discussão sobre estas questões antes de categorizarmos sociedades entre sérias e não sérias, antes de atribuirmos fanatismos e outros ismos às pessoas pelos argumentos que fazem, etc. Sei que isto não vai acontecer - é utopia - mas isso seria mais útil do que chamar ditador ao Fidel por ele não respeitar direitos políticos individuais formais, e democrata ao Bush, Obama, União Europeia, etc., que lideram sistemas que transformam a riqueza das suas economias em instrumentos de diferenciação, subjugação, repressão e exploração, mesmo que tenham democracias politicas formais aparentes em acção. Só estou a insistir nos termos do debate e não estou minimamente interessado em comparar Fidel com Obama ou algo assim. Termos do debate - o que isso de democracia? Algumas das primeiras formas de democracia política ocidental identificadas na história foram as que limitavam democracia aos senhores de escravos, o que não impediu essas sociedades de serem esclavagistas. Ian Smith e o apartheid tinham sistemas formalmente democráticos em acção, em que cada pessoa tinha direitos políticos excepto se fosse anti-apartheid ou se fosse não-branco. Margareth Thatcher chegou a dizer que a África do Sul, no tempo do apartheid, era a única democracia política em África. A extensão formal dos direitos políticos a todos os cidadãos sem descriminação não eliminou a profunda descriminação económica e desigualdade no que diz respeito ao acesso à riqueza produzida pelos trabalhadores. As pessoas podem votar e falar mas não têm nenhum poder real para resolverem os seus problemas. O que a liberdade política permite fazer é dar às pessoas o espaço para se organizarem e lutarem, embora as forças policiais e a justiça protejam o status quo e a propriedade privada mesmo contra os interesses das pessoas em geral. Então, onde começa e acaba o conceito de democracia? Em outras palavras, o que é um país a sério? Existe mesmo?
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 13:15

Carlos Nuno Castel-Branco https://www.theguardian.com/.../frankie-boyle-theresa-may...



The snooper’s charter: one misspelled Google search for ‘bong-making’ and…
theguardian.com|De Frankie Boyle
Gosto · Responder · 1/12 às 13:38

Paulo Inglês Carlos Nuno Castel-Branco A sua questão é muito interessante mas parece que já responde às questões que coloca: um sistema político que oferece melhor recurso (possibilidade) para lidar (combater) com aqueles constrangimentos que nos permite ter uma vida digna. Por exemplo o Carlos Nuno foi acusado e teve oportunidade de se defender em tribunal. Se eu estivesse em Moçambique iria a alguma manifestação em seu apoio porque você tem o direito de dizer o que pensa mesmo que isso seja uma crítica ao chefe de Estado. Esta possibilidade marca uma grande diferença. Andei a estudar em Madrid na mesma altura que os actuais responsáveis do partido espanhol Podemos andavam na universidade, com aquelas manifestações etc. Formam um partido e estão no parlamento e defendem as suas ideias no parlamento. Essa possibilidade faz a diferença. Eram visto como radicas, revolucionários (ainda são vistos), mas noutros contextos ou mesmo na espanha de franco, podiam ter sido mortos, torturados, exilados etc. Isso marca a diferença. Não é questão se o Estados Unidos é mais democrático ou se há pobres ou não...que plataforma permite resolver isso isso melhor? Mas a sua questão está bem formulada...se alguém me perguntar onde começa começa o conceito de democracia, acho que partilharia o seu post como resposta, principalmente o último parágrafo!
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 13:46

Elisio Macamo obrigado, Paulo. ademais: o the guardian é jornal inglês, o jornalista que levanta esse problema tem o direito de se indignar, ninguém vai o meter na prisão por causa disso, haverá gente lá que vai protestar, levantar o assunto no parlamento, manifestar-se, etc, o próprio Carlos Nuno Castel-Branco pode se exaltar lá na grã-bretanha sem receio de ser declarado persona non grata, etc...


Gabriel Muthisse Em parte tens razão. Mas se tomares em conta outros factos, talvez pudesses relativizar as tuas ideias. Em 1959, Cuba tinha milhões de camponeses sem terra. Grande parte da terra estava em mãos de latifundiários que, nem sequer a cultivavam na integra. Impunha-se uma reforma agrária. Sabes, por acaso, o que aconteceu a um Presidente "liberal", ou seja, não comunista, que tentou fazer uma reforma agrária na Guatemala? Refiro-me a Jacob Arbenz. Foi golpeado, a instâncias da United Fruit, a grande plantadora de banana na América Latina. Com base nos financiamento daquela multinacional, a CIA permeou todas as instituições "democráticas" daquele país (a imprensa - os Canal de Moçambique daquele lugar -, a sociedade civil, os Partidos e outras). Jacob Arbenz foi golpeado, a reforma agrária foi revertida e os camponeses guatemaltecos não tiveram outra opção que continuar na miséria e fundar, anos mais tarde, o movimento guerrilheiro Partido Guatemalteco del Trabajo. Ainda hoje, aquele campesinato é dos mais miseráveis da América Latina. Porque uma simples reforma agrária foi ferozmente combatida.

Estou a dizer, Elisio, que nenhumas das transformações sociais que Fidel Castro encetou teria ido para frente com o conceito de "democracia" hoje em voga. Cuba teria jornais independentes, teria ONG's, teria partidinhos... E um povo muito mais miserável do que é neste momento.

Sei que, para ti, ter umas ONG's, uma imprensa "independente" é muito mais importante que ter camponeses com terra, que ter jovens instruidos, que ter um sistema universal de saúde, que não ter mendigos nas ruas... Provocação, meu irmão... Kkkkkkk Mas existe gente para quem esse ideal de democracia podemos lutar por ele. Mas se tivermos pão, instrução, segurança social... Tudo isso podem ser ferramentas para podermos lutar mais conscientemente por um conceito de democracia que não nos torne miseráveis

Télio Chamuço Este assunto, está, na minha liliputiana opinião a ser desenvolvido e, sobretudo, discutido, de uma forma incorrecta. Explico:
Que Fidel tinha nuances de ditador, isso ninguém pode discutir. Facto insofismável. Que a ditadura é censurável e, por isso, quem detesta Fidel por conta dessa sua característica não pode ser criticado.
Que Fidel foi um líder que (à custa do regime por ele implantado) soube dotar Cuba de aspectos ultra-positivos e que, por isso, quem gosta de Fidel dando prevalências a esse aspecto também não pode ser criticado.
Eu suma: Fidel é um caso estranho de alguém que foi simultaneamente mau e bom. Daí a ambivalência de pulsares por parte dos integrantes deste debate.
Lanço uma nota final: muito cuidado para não implantarmos a "ditadura do pensamento" – o que seria contraditório a quem considera Fidel execrável – pois, ao não se tolerar que se goste de Fidel, está-se a promover também uma ditadura do pensamento, inculcando nos outros, à revelia destes, o que deveriam dar prevalência na vida e obra desse ícone que foi Fidel Castro.
A ditadura do pensamento, que "aleija" com gravidade a liberdade de pensamento, é tão criticável quanto a acção de um regime governamental-ditatorial.
Gosto · Responder · 4 · 30/11 às 20:56 · Editado

Elisio Macamo afastaste-te do tema, Télio Chamuço, mas muito mesmo. primeiro, "nuances de ditador", por favor, diz isso aos milhares de cubanos que vivem fora do país, aos milhares cujos familiares foram executados, aos milhares que gostariam de pensar diferente, viver diferente e não podem. francamente. segundo, claro que cada um tem o direito de ter a sua opinião sobre fidel. é por isso que estamos aqui a discutir. tentar convencer alguém a mudar de opinião (no meu caso até o que fiz foi explicar porque não consigo reconciliar a gratidão com o facto de ele ter sido déspota) não é nenhuma ditadura de pensamento. é debate, algo que só é possível em sociedades abertas (portanto, fora de cuba). este aspecto é que mais me incomoda: nós aqui podemos criticar ou defender. os cubanos pagam a crítica muito caro. liberdade de pensamento não significa ficar indiferente aos equívocos das pessoas. mas lá está: se eu usasse dum poder estatal para impor um pensamento único (que acontece em cuba) estaria, isso sim, a restringir o pensamento.
Gosto · Responder · 30/11 às 21:06

Télio Chamuço Não, não, prezadíssimo Prof. EM. Não me afastei não! Aliás, quem se está a afastar do próprio post é o Prof. quando diz (sic): "que não consegue conciliar despotismo com gratidão". Ora, esse aspecto o Prof. abordou há dias num outro post (que até comentei nele) e não aborda isso neste post. Neste, em particular, fala do sentimento que os cubanos nutriam por Fidel (se era ou não amado e, por isso, faz interessantes demonstrações sobre alguns indicadores que considera falaciosos – eu até concordo com o seu raciocínio nesse específico aspecto). Volto a insistir na ditadura: há quem considera de "extremistas pró-ditatoriais" todos aqueles que se arrogam o direito de pensar pelos Povos do Mundo. E vejo um bocado disso no seu pensamento (sob o ponto de vista teórico-formal), quando coloca em causa o amor que os cubanos nutriam por Fidel. Na óptica do Prof., não deveriam. Mas eles acham que deveriam. É esse cerceamento à liberdade [de amar] que eu equiparo à ditadura, com as necessárias adaptações e salvas as devidas proporções, pois a imagem do que está na base da sua aversão por Fidel, tanto um como outro pretendem "restringir" (atenção às aspas) essa liberdade de pensar e decidir [amar].
O facto de existirem milhares de refractários à ideologia de Fidel não coloca em causa o amor (ou mesmo idolatria) que os cubanos sentem pelo seu ícone. E quem acha que eles assim não deveriam sentir, cai para dentro da órbita da actuação dos catalogados de "extremistas pró-ditatoriais" que são todos aqueles que se arrogam o direito de pensar pelos Povos do Mundo.
Até chega a ser contraditório: não gosta de uma coisa mas demonstra esse desgosto com recurso aos mecanismos que faz com que não goste dessa mesma coisa...
Abraço escaldante!
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 22:06

Elisio Macamo mas diga-me uma coisa, por favor. quando é que eu coloquei em causa o amor dos cubanos pelo fidel? em nenhum dos meus posts.
Gosto · Responder · 30/11 às 22:14

Elisio Macamo tenho insistido apenas que há cubanos que não nutrem esse amor, o que para mim é fundamental. o meu ponto de partida é o meu raciocínio original sobre a matéria. a discussão lógica que trago aqui não diz respeito aos cubanos, mas sim a quem conclui a partir dali que os cubanos amavam o seu líder. não vejo onde está a contradição.

Rildo Rafael Como é possível ser ao mesmo tempo (mau e bom) para o mesmo povo? Sem ditadura do pensamento?
Gosto · Responder · 30/11 às 21:01

Elisio Macamo essa é a quadradura do círculo. curiosamente: quanto mais longe, mais amado é o ditador...

Rildo Rafael O mesmo se diz do Kadhafi...Suavizar a ditadura!!
Gosto · Responder · 30/11 às 21:12

Elisio Macamo esses só me cansam.

Imtiaz Vala Depois de tantas mentiras atras de mentiras,o Imperialismo preferiu ficar no silencio e nao dizer os reais motivos da destruicao da Libia,Iraque,Siria.Mesmo o alfinete ou agulha de destruicao macica que diziam que o Iraque possui ainda nao apresentaram ao mundo e o Iraque esta la todo destruido!Em fim vivemos num mundo claramente de mentirosos e a falacia Democratica encoberta tamanha mentira!
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:23

Rildo Rafael Imtiaz Vala: O problema da Líbia, Iraque, Síria foi mesmo o "Imperialismo" que acorrentou as liberdades fundamentais? Ou houve um outro "imperialismo ditatorial" interno que eliminou toda a condição humana na acepção de Hannah Arendt?
Gosto · Responder · 30/11 às 21:27

Elisio Macamo e ele pode ir aos estados unidos dizer isso dessa maneira mesmo e não lhe vai acontecer nada. mas se fosse à líbia de kadafi dizer que o povo deve ter liberdade, lixava-se. há coisas que eu não percebo.
Maria Laura Inácio Nota Simplesmente verdade o que muitos nao gostam, preferem uma mentira embelezada dos bajuladores fanaticos.
Gosto · Responder · 30/11 às 21:40

Gabriel Muthisse Bajuladores fanáticos... Está aqui uma certeza que demonstra grande capacidade de debater!
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 21:41

Edson Chiziane Nelson Matsinhe Helio Thyago Krpan Mauro Manhica Emídio Munguambe venham cá
Gosto · Responder · 30/11 às 21:49

Mussá Roots O funeral de um afamado ladrão e violador de mulheres, lá da zona onde crescí, bateu recorde de afluência, as pessoas abarrotaram o cemitério de lhanguene, mas não foi pelas razões, tais como as do funeral de "Zaida lhongo"...eram na verdade as mulheres violadas, os assaltados, que queríam ver para crer que estavam livres do "João Macarapau".
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 22:12

Elisio Macamo conforme disse noutro comentário: há várias razões para ir a um funeral. essa também que refere. mas não duvido que foram lá muitos que amavam o ditador. aconteceu também entre nós...
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 22:18

Mussá Roots Pois,profe...no caso também foram alguns pupilos do "macarapau", aspirantes a violadores de Mulheres,ladrões, que o admiravam e o tinham como referencia...há gostos para tudo...até vítimas que passaram a amar o tipo, como Homem.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 22:23

Elisio Macamo o trauma também explica isso. conforme disse, há muitas razões para ir ao funeral dum ditador. concluir a partir daí que o povo ama o ditador parece-me arriscado.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 22:24

Mussá Roots É, profe...bastante arriscado...o mesmo vale, para a afluência em massa, dos discursos desses líderes, que eram tão entediantes e longos que dá para desconfiar do conforto de grande parte da audiência, quiçá dos próprios companheiros desses líderes.

Caso para dizer, "uma vez ditador, sempre ditador, até depois de morto".
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 22:34

Emerson Eduardo Nhampossa Mussá Roots é um grande Filósofo. Admiro a tua capacidade de síntese. A política é uma dose de criação lúdica. Vivemos ilusões e terremotos sociais na busca de respostas.
Tiago Tendai Chingore Muita e super inteligente essa lógica professor.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 22:39

Alfredo Chambule Pessoalmente, prefiro as "ditaduras" de Fidel e de Kadafi. É que, para aqueles dois "ditadores", a educação, a saúde, a alimentação deixaram de ser problema para os respectivos povos. Noutras latitudes, temos "democracia", mas o analfabetismo, a miséria, a fome, etc. imperam.
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 22:52

Elisio Macamo gostos não se discutem, meu caro Alfredo Chambule.
Gosto · Responder · 2 · 30/11 às 22:56

Alfredo Chambule Plenamente de acordo. Apenas manifestei o meu ponto de vista, que pode ser diferente de outras pessoas.
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 22:57

Elisio Macamo gozemos dessa liberdade fora de cuba.
Gosto · Responder · 3 · 30/11 às 23:02

Alfredo Chambule A começar da nossa pátria Moçambique!
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 23:03

Elisio Macamo sem saúde, nem educação...
Gosto · Responder · 1 · 30/11 às 23:12

Alfredo Chambule Não comento, Elisio Macamo.
Gosto · Responder · 30/11 às 23:17

Elisio Macamo horraite!


Mendes Mutenda Provoco... kikikiki
Gosto · Responder · 30/11 às 23:03

Elisio Macamo traz as tuas fotos aqui para vermos.
Gosto · Responder · 30/11 às 23:35

Mendes Mutenda Elisio Macamo , ja publiquei no meu mural com o titulo "hasta siempre, comandante Fidel Castro"
Gosto · Responder · 30/11 às 23:36

Elisio Macamo fizeste bem. o povo agradece.

Carlos Jossia Se calhar muita gente fugiu para ir os casinos dos miami ...!! Se calhar!!!
Gosto · Responder · 30/11 às 23:04

Elisio Macamo há muito aventureiro por aí...

Carlos Jossia tipo, matamos todos os "contra" e ficamos entre nós !!! muito carnaval para turista ver !
Gosto · Responder · 30/11 às 23:38

Elisio Macamo não mataram. desfizeram-se de.

Rildo Rafael O regime de Fidel e companhia fez pelo meno 15 000 mortos! Muita liberdade?
Gosto · Responder · 1/12 às 0:23

Boa Monjane E o regime de Bush, Obama, quantos fez?
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 0:29

Mendes Mutenda Qual é a democracia que não matou?
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 1:00

Paulo Inglês Os mortos de Obama e Bush não torna não-mortos os do regime de Fidel( se o número for esse, claro!)


Sebastiao Conceiçao Yu, foi longo o debate. Em sistemas mono partidários temos ditaduras ( condições sociais bastante aceitaveis) em multipartidarismo temos currupção, clientelismo e nepotismo, condições sociais bastante péssimas. Nem o primeiro nem o segundo são melhores porque levam consigo erros. O que é importante é dizermos, na verdade, o que aconteceu, acontece de bom e de mau em ambos regimes. Fidel, teve amigos e inimigos. Os primeiros apelidaram-no de Lider e os segundos de ditador. Para atribuir qualquer apelido, partiram de elementos de analises completamente diferentes. Falar de comida, de educação, de saude creio ser diferente de falar das liberdades individuais. Em momentos imemoraveis, dizia-me alguem que quando há anarquia há que ditarmos as regras e creio ser este o remédio encontrado por homens que se tornaram ditadores combatendo as liberdades individuais. Fidel, foi temido pelo combate as liberdades individuais ao mesmo tempo que foi amado por proporcionar condições sociais bastante aceitaveis.

-3:45


Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 6:41

Elisio Macamo está-se mal. vai levar gerações para libertarmos a mente. gerações.
Gosto · Responder · 1/12 às 9:04

Sebastiao Conceiçao P rof. Elisio Macamo, as mudanças chegam sempre e ó seu caminho não é pacifio pode acreditar que dmentos, que se olhe para Libia. não estou a dizer que ditadura é boa governação mas que m i algo de bom e de mal. os cidadaos por baixo da ditadura passam por uma escola ditaria que se transmit e por gerações, claro que um sã digo ficam aprovados e outros reprovam por nao concordarem com as materias. sera dificil o menino do video pensar diferente. adura é M
Gosto · Responder · 1/12 às 12:58

Elisio Macamo repito: está-se mal. vai levar gerações para libertarmos a mente. gerações. não vi o vídeo. li apenas o comentário. referia-me a ele.

Mussa Abdula Sim sr.
Gosto · Responder · 1/12 às 8:03

Edson Chiziane O último adeus ao El comandante. Ainda estou a procura da fórmula do amor é que desafia a lógica da democracia, socialismo e outros ismos.

Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 8:43

Elisio Macamo há quem só procura na clareira como a gente diz em xangan.
Gosto · Responder · 1/12 às 9:05

Margarida Paredes Elisio, continuando no senso comum em português há aquele que diz cego é quem não quer ver, kkkkkk
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 15:03

Nina Aleluia ou como dizem os brasileiros, ve, mas nao enxerga.....
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 15:44

Edson Chiziane Ainda na senda do censo comum, há quem que por obstinação na procura da sua razão ou verdade acaba tendo alucinações. Vê coisas onde elas não existem. Eh eh heh
João Barros Pais serio, pais nao serio. Faz me lembrar: Cultura desenvolvida e subdesenvolvida!
Gosto · Responder · 1/12 às 14:34

Elisio Macamo até podes dizer "primitivo" e "civilizado". quem não tem auto-estima sente-se ofendido por tudo. tu és aquilo que tu és. tu tens opções.
Gosto · Responder · 1/12 às 14:36

João Barros Ai esta Professor, e opcao dos cubanos e outros; nao ha criterios que os define de serios e naom serios. Teriamos de analisar de diversos angulos, desde, culturais, antropologicos, sociologicos, entre outros!
Gosto · Responder · 1/12 às 14:39

Elisio Macamo há critérios, João, senão não seria possível reagires. há sempre critérios. podemos não concordar, mas eles estão lá.
Gosto · Responder · 1/12 às 14:41

João Barros O criterio de ir ou nao ao funeral? O funeral e encarado da mesma forma nos EUA, Reino Unido, Cuba e Mocambique?
Gosto · Responder · 1/12 às 14:43

Elisio Macamo acho que não estou a perceber a tua preocupação. critérios em relação a quê, exactamente? em relação a ir a um funeral (eu não falei disso)? critérios em relação a como se governa um país (falei disso)? ou critérios em relação cultura desenvolvida ou subdesenvolvida? não estou a entender.
Elisio Macamo
1/12 às 12:15 ·

O Tio Ferramindonsa (um conto que não tem nada a ver com nada, mas tem)

Na cidade onde nasci e cresci havia uma padaria chamada, por coincidência feliz, Farrinha. Numa época de grande escassez de trigo, comprar pão lá era um acto de heroísmo. Na escola, bastava dizer que você compra pão “no Farrinha” para assustar meio mundo e ganhar favores femininos. Como aquilo era terra de Matxanganas, formava-se bicha para inglês ver. Assim que a padaria abrisse, a bicha desaparecia. Com o tempo, foram surgindo indivíduos fortes que colocavam aquilo na ordem. Até todos os seus amigos terem comprado pão. Depois iam-se embora. O reinado desses indivíduos durava em média uns quatro dias até aparecer um mais forte. O último foi um tipo chamado Ferramindonsa (corrupção do nome português Ferrão Mendonça), a quem a gente chamava de “Tio Ferramindonsa”. O seu reinado foi de 39 semanas. Depois dele veio o irmão, o “Boy” (não sei porquê), mas o Tio Ferramindonsa continuava a mandar e passava a maior parte do tempo a escrever artigos para o jornal, onde ele também mandava, a falar mal de outros Ferramindonsas a quem ele acusava de serem opressores dos de baixo.

Tenho que explicar alguma terminologia aqui. O Tio Ferramindonsa meteu na cabeça que o nosso mundo era injusto. Os de cima lixavam os de baixo. E era verdade. Eu próprio pertencia aos de baixo e vivi na pele, assim como toda a minha família desde tempos imemoriais, os excessos dos de cima. Durante algum tempo virei “debaixista” e gritava “abaixos” contra os “decimistas”. O Tio Ferramindonsa, homem de acção que era, e muito preocupado com a sorte dos de baixo, assim que assumiu o controlo da bicha no Farrinha jurou dedicar a sua vida – por aí 90 semanas – à causa dos de baixo. Todas as padarias do nosso mundo tinham que ser libertas do jugo colonial dos controladores ilegítimos de bichas. O pão tinha que chegar a todos. Os mais baixos dos mais baixos tinham que assumir o controlo da padaria, aprender a amassar o pão, acender o forno e manter o fogo aceso, assar o pão e com ele matar a fome. Só mais nada. E terem acesso a cuidados de saúde sempre que sofressem alguma indigestão qualquer por comerem pouco pão (porque era racionado), sem nada, isto é sem margarina, marmelada, fiambre, queijo, etc. porque esses hábitos alimentares, decretou o Tio Ferramindonsa, eram hábitos retrógrados e degeneradores dos patrões controlistas. Conforme se passou a dizer, pão com manteiga e queijo era como comer pão que o diabo amassou.

O Tio Ferramindonsa era um homem extraordinário. Nós até o chamávamos de “o mais alto de todos os baixinhos”, título que ficou oficial apesar de ele insistir que éramos todos da mesma altura. A padaria abria normalmente às 4.30 da manhã, mas havia dias que só podíamos comprar pão por volta das 3 da tarde porque ele tinha necessidade de nos reunir em comício e falar da importância de os baixinhos se emanciparem. Isso era-lhe muito caro. Por isso, muitos dos meus amigos, que entretanto aprenderam a assar pão, curar indigestões e organizar bichas eram enviados para outras padarias para ajudar os baixinhos de lá a se defenderem do jugo controlador. Era o que se chamava de solidariedade padeira. Alguns que ainda não tinham entendido os sentimentos nobres do “El más alto de los más cortos” (ficou chique traduzir títulos oficiais para o espanhol em homenagem a um barbudo cubano que tinha dado a sua vida à causa dos oprimidos), revoltavam-se, não queriam ir ajudar, queriam ficar lá no Farrinha. “El más alto de los más cortos” ficava chateado com esse pessoal. Chamava-os, com razão, de pequenos controladores, inimigos do debaixismo, lacaios dos controladores, etc. Os menos sortudos eram executados imediatamente, outros minguavam nos armazéns da padaria Farrinha transformados em prisões artesanais para aproveitar o espaço desocupado pelo trigo que por vezes escasseava.

Os mais prudentes tentavam a sua sorte numa padaria do Bairro 11 que pertencia a um controlador que em tempos tinha ajudado os controladores destronados pelo Tio Ferramindonsa a negar o pão aos de baixo. Para se chegar lá era preciso atravessar um pequeno bosque cheio de leões. Era terrivel aquilo. O bosque até ficou com o nome de “Farrinha Take-Away”, mas quem dizia isso eram os da Padaria do Bairro 11 que não perdiam nenhuma oportunidade para dificultar a vida do Farrinha. Chegaram até a cortar todos os caminhos que levavam a nossa Padaria para ver se obrigavam o intrépido do Tio Ferramindonsa a vergar. Só que não conseguiram. Aliás, com isso obrigaram-no a ser mais duro connosco para proteger as conquistas dos baixinhos.

Eu entendia-o muito bem. Afinal o que era mais importante na vida? Não era ter acesso ao pão, curar indigestão e ter o orgulho de pertencer a uma Padaria que era verdadeiramente nossa, ou melhor, que um dia seria verdadeiramente nossa, mas por enquanto estava em boas mãos com “El más alto de los más cortos”? Eu não entendia aqueles, entre nós, que arriscavam a vida enfrentando leões só porque tinham metido na cabeça que preferiam ser eles a escolher o pão que queriam comer, o que juntar ao pão e, acima de tudo, achavam que deviam ter o direito de escolher o controlador. Não bastava o Tio Ferramindonsa que havia sacrificado a sua juventude, a sua vida privada – por exemplo, apesar de ter mulher e filhos, o Tio Ferramindonsa preferia dizer que estava casado com o movimento dos de baixos, que o processo histórico exigia que ele dedicasse toda a sua atenção e tempo à causa dos de baixo. A ingratidão, infelizmente, é humana. O Tio Ferramindonsa até deixou de fazer a barba porque barba faz-se de manhã e de manhã é quando a padaria abre, um verdadeiro líder não se pode permitir o luxo de se entregar aos vícios da cultura controladora. Tudo na sua vida, naquelas 39 semanas, tinha passado a ser em função das necessidades do debaixismo.

Vieram à nossa Padaria vários jovens de outras padarias oprimidas aprender a controlar bicha, preparar a massa, pôr no forno e, inevitavelmente, curar indigestões. Jovens que depois regressavam às suas padarias para manter a chama do debaixismo acesa e ajudar, com os seus novos conhecimentos, a libertar as suas padarias. Fiquei amigo de alguns deles, apesar de muitos terem vivido num dos fornos lá do Farrinha – o Forno da Juventude – mas havia actividades debaixistas que nos reuniam. Alguns sentiam-se mal quando viam a forma como o Tio Ferramindonsa nos tratava, as carências, as restricções, ter que o escutar durante horas a fio naqueles monólogos intermináveis que ele tanto gostava a recordar os gloriosos tempos de luta contra os controladores, as suas façanhas contra o grande controlador da Padaria do Bairro 11, o sofrimento dos de baixo de todo o mundo, a importância da emancipação sob a sua liderança, a liberdade que todos tínhamos de dizer tudo que o agradasse, etc. Esses jovens sentiam-se mal, perguntavam se era ético aceitar a ajuda dum indivíduo assim, se com isso não desonravam a sua causa. Um até, da Padaria do Escondidinha perto do Rio, chegou a perguntar-me se se eu fosse mulher aceitaria com consciência limpa a ajuda dum homem contra o meu próprio marido agressivo que batia na mulher todos os dias. Esse jovem considerava essa questão moral difícil. Nessas conversas eu ficava a perceber ainda mais o ainda grande trabalho ideológico que precisávamos de fazer para incutir naquelas mentes colonizadas a importância do essencial na vida.

Se o teu marido te agride, que importa de onde vem a ajuda? O jovem insistia e dizia, não, não é isso. Claro que valorizo a ajuda, mas, insistia, devo festejar esse homem? Aí eu perguntava a ele se os controladores lá da Padaria do Bairro 11 não faziam isso. Perguntava-lhes, a propósito dos outros conflitos éticos que eles inventavam, o que era mais importante na vida: ter pão ou ter a oportunidade de escolher pão que você não tem? É claro que ter pão era mais importante. Ansiar pela escolha era o cúmulo da colonização mental, era a resistência aos ventos da mudança. É verdade que não era segredo para ninguém que o próprio “El más alto dos más cortos” tinha acesso a todo o tipo de pão que quisesse, com todo o tipo de presunto e fiambre que lhe apetecesse, regado com vinho e café que vários irmãos de baixo de todo o mundo lhe enviavam por ocasião da celebração de mais um aniversário do assalto a um dos fornos da Padaria Farrinha, o momento que desencadeou a revolução dos de baixo na Padaria Farrinha. Mas que raios, ele era o líder, sobre ele pesava o fardo de liderar milhões de gente de baixo na sua luta secular pelo direito a ter pão. Devia ele morrer de fome para demonstrar que se preocupava com a causa? Ele que escapou a tantas tentativas de assassinato orquestradas pelos controladores da Padaria do Bairro 11? Ele que tinha feito sua a causa dos oprimidos do mundo? Ele que obrigava o seu próprio povo a fazer trabalho voluntário em prol da humanidade?

Os mais espertos de entre esses jovens entendiam. No fim da formação recebiam bonés com a inscrição dum dos slogans mais importantes do debaixismo: “Bicha ou fome, comeremos!”. Era o souvenir mais importante que levavam consigo e que merecia um lugar especial no forno mais especial que tinham nas suas respectivas padarias. Eles entendiam. Para fazer pão é preciso semear e colher trigo, amassar e cozer. Não é violência isso? Alguém perguntou à terra se queria acolher a semente do trigo? Alguém perguntou ao trigo se queria ser outra coisa, não sei, milho ou mangueira? Alguma vez alguém fez pão sem fazer mal ao trigo? Que pecado tinha ele cometido para passar por aquelas temperaturas infernais? Mas era a história, a lógica irresistível da história que exigia o sacrifício de todos para que todas as padarias do mundo, sem discriminação de tamanho nem de côr, um dia pudessem desfrutar em pleno, sem impedimentos de qualquer natureza, a liberdade de fazerem o que quiserem, ser talho de manhã, mercearia à tarde, biblioteca à tardinha, teatro à noite. Até lá se chegar exigiam-se sacrifícios de todos, principalmente dos que não pertenciam ao círculo fechado do Tio Ferramindonsa, este grande líder visionário, ícone da liberdade de todas as padarias, justiceiro do trigo, o mais alto de todos os baixinhos, a nossa esperança, o símbolo da nossa emancipação, o único que ousou desafiar os poderosos controladores da Padaria do Bairro 11, el máximo, el tudo, “el hombre que destruirá todas las panaderías para construir nuevas panaderías libres de trigo”.

Termino com este hiphop que um face-amigo moçambicano me enviou ontem à noite dum joven cubano alienado, ingrato, mentalmente colonizado e que não sabe apreciar as grandes realizações dum outro Tio Ferramindonsa tombado recentemente, vítima da mais vil sorte que um grande revolucionário e combatente pode sofrer: morte natural.




RXNDE AKOZTA Traidor
REALIDAD CUBANA, RELATADA POR UN RAPERO CON SENTIDO COMUN, RXNDE ACOZTA, REAL! HIP-HOP CUBANO.
youtube.com


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24 Gabriel Muthisse, Alvaro Simao Cossa e 22 outras pessoas
Comentários

Gabriel Muthisse Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Tu não tens cura. Alienado!
Gosto · Responder · 5 · 1/12 às 12:57

Lyndo A. Mondlane kakakakakk..inimigo do povo o Elisio Macamo..kakakakak
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 13:21

Elisio Macamo ya, vocês Gabriel e Lyndo, embaixadores plenipotenciários do forno da juventude...
Gosto · Responder · 5 · 1/12 às 14:19

Lyndo A. Mondlane Kkkkkk, voltarei a este texto,li correndo
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 14:40 · Editado
Ocultar 23 respostas

Elisio Macamo foste ao estudo político?
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 14:42

Lyndo A. Mondlane Estou nas aulas de marxismo, é preparando o domingo vermelho...kkkkk
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 14:50

Elisio Macamo ah, ok. viva a militância!
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 15:55

Celia Meneses Elisio Macamo mas sabes o que nos falta eh o estudo do boletim da república que fazíamos no estado todos os santos sábados das 7h 30 até as 9 h.
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 17:18

Alvaro Simao Cossa Bom humor, simbolo de boa saude mental. Esplendido Elisio Macamo, ri ate fartar-me, talvez esse riso contagiante veio do Gabriel Muthisse e do Lyndo A. Mondlane. Gostei
Gosto · Responder · 3 · 1/12 às 18:40 · Editado

Elisio Macamo Celia, agora lê-se boletim do cip...
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 22:10

Elisio Macamo obrigado, Alvaro Simao Cossa, o Gabriel está busy a ver multidões tipo banhos que vimos na pérola aquando das eleições. o Lyndo faz o que melhor faz: vai distribuíndo likes à velocidade com que o líder dizia "socialismo ou muerte".
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 22:14

Alvaro Simao Cossa enves de venceremos, deviam responder morreremos
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 22:19 · Editado

Elisio Macamo são teimosos.
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 22:19

Gabriel Muthisse Multidões que falam, amigos Elisio Macamo e Alvaro Simao Cossa. Multidões que falam.

Normalmente as multidões dizem algo. Mesmo que não gostemos. Por exemplo, eu nunca defendi que as multidões que rodeavam Dhlakama não significassem nada. Disse, sempre, que havia que ler outros sinais, para além dos comícios de Dlhakama. Eu, ao meu nível, reunia pequenas multidões em Mabote. Outros reuniam multidões em outros distritos, Postos Administrativos e localidades. Para o caso da Renamo era só Dlhakama e a minha prima Ivone.

Então , eu dizia para ler esse tipo de fenómenos. Mas que aquelas multidões eram significativas, veio a provar-se na votação não desprezível que Dlhakama teve nas eleições
Lyndo A. Mondlane Ainda posso fazer o professsor um comunista, quewtap de tempo...kkkkkk se bem q as conversoes a inversa Sao mais frequantes..
Alvaro Simao Cossa Lyndo A. Mondlane em grande escala, a querer fazer a operacao inversa
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 22:27

Lyndo A. Mondlane É pa vi q o professor foi sensivel a alguns dos meus argumentos.. Um bom comeco.. Kakakkaka ainda teremoa mais secoes de terrapia os pensamentos reaccionarios nao tem lugar..kakkaakakka
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 22:33

Gabriel Muthisse Ya, está muito reaccionário o Elisio. Também a viver no coração do capitalismo europeu... Mas que o caso é preocupante, lá isso é. Como são quase vizinhos, Lyndo A. Mondlane fica encarregue de reeduca-lo suavemente. Se fracassares, Dzowo, podemos pensar em outras soluções reeducativas, quiçá mais severas
Gosto · Responder · 4 · 1/12 às 22:37

Alvaro Simao Cossa Lyndo A. Mondlane tenha piedade do prof. Elisio Macamo, isso seria atavismo. Agora os russos quando ouvem alguem a dizer que e' comunista dizem que e' preciso vestir-lhe camisa de força para nao agredir os vizinhos
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 22:40

Elisio Macamo a ver vamos, disse o cego.
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 22:49

Lyndo A. Mondlane Alvaro Simao Cossa kakakakakakak.....
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 22:59

Lyndo A. Mondlane Gabriel Muthisse..kakakakakak... se lhe pode nomeiar compulsivamente director do jornal do povo..sim aquele que havia nas ruas.. começando por ai... como ainda tenho uma viagem em primavera a basileia, teremos conversa franca e amena, de persuaçao primeiro por metodos didaticos e pacificos..depois tudo dependera da evoluçao... ah Elisio Macamo e Alvaro Simao Cossa, nao aguento convosco..kakakakakak
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 23:01

Rildo Rafael Lyndo A. Mondlane: Emulação socialista para si: Estou nas aulas de marxismo, é preparando o domingo vermelho...

Nina Aleluia hummm elisio...voce!? este mio irmaozito tiene uma boquita .....
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 15:55

Elisio Macamo tu foste vizinha lá da padaria farinha.
Gosto · Responder · 1/12 às 15:56

Nina Aleluia bem mesmo ao lado. MAs essa do ferramindonsa da bicha da padaria chegou longe.....hei elisio....!?
Gosto · Responder · 1/12 às 15:59

Elisio Macamo prerogativa artística.
Gosto · Responder · 1 · 1/12 às 16:02

Nina Aleluia na proxima campanha eleitoral tens de ca vir fazer parte dos candidatos ao proximo elenco...so que nao tenho ideia de que ministerio te propor. se calhar criar-se um novo....
Gosto · Responder · 1/12 às 16:05

Elisio Macamo ministério para assuntos de gaza. só.
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 16:05

Celia Meneses Província só para ti

Manuel Bila E os baixinhos ajudados por Ferramindonsa não tem como se esquecer dele e por isso k o choram por semanas.


Rildo Rafael Qualquer semelhança é mera coincidência! O pão que o diabo "bem" amassou! Comendo e engolindo fantasmas da padaria! Voltarei ao texto Elisio Macamo: Desde já podemos aferir que "pelo pão a ideia passa mesmo! E o pão, aquele alimento que marcou jornadas de muitos atletas em que os lugares eram marcados por pedras! Só ai é que estavamos aparentemente "livres"... Um abraço


Mauricio Domingos Matsinhe Nesse momento era tão baixinho mas obrigado a acordar 04 de madrugada de inverno para ir a padaria Mukukwene na baixa da cidade de Xai-Xai, trazer três pães para uma família de 10 membros. Não raras vezes também voltava com a sacola vazia.
Gosto · Responder · 2 · 1/12 às 21:15


Ismail Mahomed Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. ..
Gosto · Responder · 8 h

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