segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Economia moçambicana retoma crescimento a partir de 2018


Inflação pode chegar 23,8% este ano

Moçambique regressará a um período de maior crescimento económico, entre 2018 e 2021, durante o qual a economia deverá crescer a uma taxa média de 5,1%, de acordo com as mais recentes previsões dos analistas britânicos da Economist Intelligence Unit (EIU).
Na sua recente publicação sobre a economia de Moçambique, a EIU recorda que, mesmo atingindo uma taxa média de 5,1%, a economia continua a crescer a valores mais baixos do que a média de 7,3%, que foi registada no período compreendido entre 2005 e 2015.
O documento revela que uma execução orçamental rígida deverá limitar o crescimento dos sectores da construção e dos serviços, “que historicamente têm baseado o seu crescimento em contratos públicos”. Assim, a EIU espera que a partir de 2018 haja algum investimento privado nestes dois sectores.
Também avança que a expansão gradual das culturas de rendimento deverá estar na base do crescimento da produção agrícola, se bem que se mantenha limitado devido à baixa produtividade registada entre os pequenos agricultores.
A EIU salienta que, a prazo, a exploração de gás natural, pelos grupos italiano ENI e norte-americano Anadarko Petroleum, deverá vir a ser o grande motor do desenvolvimento do país, com a construção de instalações para a liquefação do gás a ser extraído em dois blocos da bacia do Rovuma.
Quanto à inflação (que ano passado bateu um dos recordes dos últimos anos ao chegar aos 25.27% em termos acumulados), a EIU prevê que atinjam uma taxa de crescimento homóloga de 23,8% este ano, e comecem a baixar em 2018, com uma taxa de 14,3%, e que regressem a valores com apenas um dígito (inferiores a 10%), entre 8,8% em 2019 e 5,0% em 2021.

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