sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Hungria: pena suspensa para operadora de câmara que pontapeou migrante


Três anos de pena suspensa foi a decisão decretada pelo Tribunal de Szeged à operadora de câmara húngara que em 2015 protagonizou o vídeo viral em que pontapeou um homem com uma criança ao colo.



As imagens de Petra László a pontapear migrantes tornou-se viral
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As imagens de Petra László a pontapear migrantes tornou-se viral REUTERS/MARKO DJURICA

A operadora de câmara húngara, que em 2015 foi filmada a pontapear refugiados que fugiam à polícia, foi sentenciada na quinta-feira a três anos de prisão com pena suspensa.


O tribunal de Szeged, próximo da fronteira sérvia, deu a jornalista como culpada de conduta desordeira. Os advogados da acusação disseram não haver razões para acusar László de crime de ódio racial. No entanto, a repórter decidiu recorrer da sentença.
Os acontecimentos que geraram a condenação ocorreram há dois anos junto da fronteira com a Sérvia quando Petra László foi filmada a pontapear e a fazer tropeçar um homem que transportava uma criança no colo. As imagens tornaram-se virais e depressa surgiram vários comentários a condenar a atitude da operadora de câmara.
Desde o incidente a jornalista recebeu inúmeras ameaças de morte. Actualmente não se sabe o seu paradeiro. Ao diário russo Izvestiya, Petra László disse que uma vez terminado o processo em tribunal mudar-se-ia com a família para a Rússia, refere o jornal El País.
A jornalista veio posteriormente a público desculpar-se do ocorrido, mas a estação de televisão N1TV para a qual trabalhava decidiu terminar o vínculo laboral que tinha com a operadora, depois de o vídeo com Petra László a pontapear o homem ter corrido o mundo.
Osama Abdul Mohsen, o homem que caiu com o filho nos braços após a rasteira da jornalista húngara, actualmente vive em Espanha e é treinador de futebol – uma oferta de trabalho feita por uma escola de futebol espanhola que se sentiu chocada e sensibilizada pelo que aconteceu ao migrante.
Centenas de milhares de migrantes fugiram da guerra e da pobreza no Médio Oriente e em África passaram pelos Balcãs e pela Hungria em 2015, a caminho da Europa Ocidental.
REFUGIADOS

Jornalista que bateu a refugiados foi condenada a 3 anos em liberdade condicional

Petra László, acusada de dar pontapés a dois refugiados na fronteira da Sérvia com a Hungria no ano de 2015, foi condenada a três anos de liberdade condicional.
Posteriormente, Lászlo acabou por ser demitida da estação televisiva onde trabalhava, a N1TV
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Petra László, a jornalista húngara acusada de pontapear dois refugiadosna fronteira da Sérvia com a Hungria em 2015, foi condenada com três anos de liberdade condicional, dá conta o El País. O vídeo que mostra a repórter a bater num refugiado e numa criança sírios deu que falar nas redes sociais e acabou por gerar uma onda de protestos.
Posteriormente, Lászlo acabou por ser demitida da estação televisiva onde trabalhava, a N1TV, e foi indiciada por uma alteração à ordem que vai contra as normas sociais.
Segundo o El País, a jornalista tem recebido ameaças de morte desde essa altura e agora permanece sempre acompanhada por um guarda-costas.

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