sexta-feira, 29 de maio de 2015

Cartas à directora

OPINIÃO


TSU: o mal foi pensarem nela
Manobras com a TSU (Taxa Social Única) começaram no que parece há tanto tempo (lembram-se do 15 de Setembro com um protesto gigante...?) mas, ao contrário da "mocidade" na canção de António Mourão, volta sempre, embora... por outras mãos. Agora pelas do PS (Partido Socialista), já que quem deu o "tiro de partida", aparentemente mais maléfico, foi a coligação governamental tristemente "resoluta", como bem se viu há dias nas palavras da seráfica Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque de seu nome, quando, ignorando todos os óbices constitucionais, mantém o seu programa "ideológico-sonso" de baixar as pensões futuras e... em pagamento.
Porque volta então o PS (!), com outras roupagens, a querer injustiças, de que a pior será a descapitalização da Segurança Social, no(s) seu(s) programa(s) apresentados no partido e ao país? Só eles, os proponentes, o saberão, mas baixar a TSU dos trabalhadores (a das empresas já foi para as calendas...) e retirar 10% do Fundo de Reserva da Segurança Social para.... obras públicas, só lembrará ao diabo e... a eles. Honra seja prestada a Maria do Rosário Gama, presidente da APRE e membro da Comissão Política Nacional do PS, por ter discordado da proposta (embora eu tivesse gostado bem mais que "desprezasse a boleia" para Coimbra e se mantivesse na reunião para votar contra a "unanimidade" que assim se não viu ser artificial e se tivesse mantido firme na posição que é a da Associação a que ambos pertencemos e a que ela preside galhardamente).
Fernando Cardoso Rodrigues, Porto
Porquê só as pensões?
O país volta a estar apreensivo, mesmo em polvorosa, com o anúncio pelo Governo, com a voz da ministra das Finanças, de cortes nas pensões e com a posição do Partido Socialista, que, no fundo, não se demarca decisivamente desse anúncio, salvo quanto às pensões em pagamento. E, pior ainda, o PS quer “mexer” no Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, desviando verbas para a reabilitação urbana.
Porquê só as pensões?, questionam os cidadãos, sobretudo os pensionistas/reformados, que são constantemente ameaçados com os cortes, e que já os vêm sentido na pele nestes últimos anos.
Por que é que não se discutem as fontes de financiamento das entidades pagadoras das pensões? É aí que se podem buscar as soluções para a situação vivida por essas entidades, evitando-se a ruptura de que todos falam, aliás, sem grandes explicações.
Guilherme Fonseca, Lisboa
                                                                                                                                     
Anexo SS do IRS 2014: mais uma vergonha
Entreguei via Internet a minha declaração de IRS respeitante a 2014 no primeiro dia do meu prazo, ou seja, em 1 de Maio de 2015, mas fiquei hoje a saber que tinha de fazer uma nova declaração com o preenchimento do anexo SS (nome trágico, não acham?). Preocupa-me o facto da falta de lealdade do sistema fiscal português para com os seus cidadãos e o facto da inoperacionalidade do sistema, ou seja, se os recibos verdes só podem ser emitidos via Internet no Portal das Finanças, como é que a Segurança Social não consegue arranjar uma forma de ter acesso a esses dados? Não se percebe a razão de tal facto. Ou será que o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, anda a dormir? Ficou mais uma vez provado, e digo-o com enorme tristeza, que o Estado português não é uma pessoa de bem. Não há clareza nas coisas, não há nenhuma transparência, há sim um medo de dizer a verdade e de assumir as respectivas consequências, isto é, vale tudo para atacar o cidadão português. Pobre cidadão mas, muito mais grave e vergonhoso, pobre país.
Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

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