quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Comércio sexual de militares estrangeiros na África Central choca mães

Em 14 de dezembro, na cidade de Bangui, um soldado da ONU na frente de uma parede com a inscrição que diz Sim em francês

© AFP 2015/ MARCO LONGARI
SOCIEDADE
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A Sputnik France obteve as primeiras reações sobre alegações de atos de sexo forçado praticados contra menores na África Central.

O escândalo foi revelado pela mídia inglesa, nomeadamente pelo jornal The Guardian, em abril. Naquele momento, a Justiça francesa tinha confirmado o lançamento de investigação de possíveis casos de abuso sexual contra menores.
Foi a Justiça francesa porque as forças de paz francesas estavam em questão.
Já em setembro, informava-se sobre17 casos comprovados de abuso sexual praticado por soldados das forças da ONU. Entre os casos relatados, houve inclusive fatos de sexo oral em troca de comida
A Sputnik conseguiu contatar a porta-voz do comitê especial da Diáspora para a Paz na República Centro-Africana em 2014-2015, Sylvie Baipo-Temon, que comentou:
"Houve uma reportagem mostrada pela TV francesa em setembro ou outubro como informações sobre os estupros. Havia responsáveis militares interrogados no local <…> e quando um responsável militar responde a perguntas sobre estupros de crianças com um sorriso na boca, eu, como mãe, fico chocada".
Mas então, qual é a situação?
"Para poder se alimentar e se movimentar, a população se vê obrigada de pagar aos militares <…> Os militares arranjam, então, um comércio: prestam serviço de guarda-corpo e alimentam a violência…”, disse a porta-voz da Diáspora.
Ora, o objetivo declarado da presença do contingente militar francês e o da ONU na África Central é precisamente proteger a população.
Por sua parte, Jean-Barack Ouambetti, da ONG Violência de Gênero em Bangui, capital da República Centro-Africana, assegura que as vítimas e possíveis vítimas de violência sexual por parte dos soldados da ONU estão fazendo suas denúncias e são ouvidas.
O resultado, portanto, não é de esperança para as Nações Unidas, que, segundo Baipo-Temon, "está em uma situação embaraçosa". Ouambetti comenta que "depois desses crimes, o Ocidente é visto de muito maus olhos".
"Quando a força veio à África Central pela primeira vez, toda a população pensou que era uma força vinda para a paz e para fazer [o país] sair da crise, mas com tudo o que passou, as pessoas ficaram muito desiludidas pelo comportamento da força militar, que se permite tais práticas vindas de um outro século", ressaltou o ativista.
Além dos contingentes da ONU e de França, Ouambetti mencionou "outras forças criminosas, por exemplo o contingente marroquino ou congolês".
Antes, o próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tinha dito "lamentar profundamente o fato de que estas crianças foram traídas por pessoas que tinham sido enviadas para as salvar".
A Sputnik está acompanhando a situação e procurando mais reações.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/sociedade/20151223/3152378/comercio-sexual-na-republica-centro-africana.html#ixzz3vA2c5t81

Tanque Abrams do exército do Iraque

Batalha por Ramadi: militantes do Daesh estão ‘em estado de confusão e caos’

© AP Photo/ Osama Sami
MUNDO
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As forças de segurança do Iraque continuam avançando na cidade de Ramadi, na província de Anbar, e esperam limpar a cidade de militantes do Daesh dentro de alguns dias, disse nesta quarta-feira (23) a televisão local.

Na terça-feira (22) o exército recuperou o bairro de al-Dubat e a zona de al-Jirayshi, no sul de Ramadi. As forças iraquianas também retomaram o bairro de al-Armal e eliminaram mais uma dezena de terroristas.
“Nos próximos dias serão anunciadas boas notícias sobre a retomada completa de Ramadi”, disse o chefe do Estado-Maior, general-tenente Othman al-Ghanemi, citado pelo canal Iraqia TV. 
Se Ramadi for recuperada, esta será a segunda maior cidade depois de Tikrit retomada ao Daesh no Iraque. Será um grande incentivo psicológico para as forças iraquianas, após conquista de um terço do território iraquiano pelo Daesh no ano passado.
As fontes militares anunciaram na terça-feira (22) que o exército iraquiano iniciou uma grande operação contra as posições fortificadas na parte central da cidade.
“O exército iraquiano assaltou as primeiras linhas defensivas de terroristas do Daesh no centro da cidade e agora está engajado em combates pesados de rua…”, informaram as fontes. 
Os militantes do Daesh estão “em estado de confusão e caos” no contexto do progresso da operação do exército do Iraque, disse o porta-voz das Forças Armadas iraquianas, Yahya Rasoul Abdullah, nesta quarta-feira (23).   
“Estamos muito perto do centro da cidade”, acrescentou.
Os militantes do Daesh ainda controlam Mossul, a segunda maior cidade no Iraque e Fallujah que está situada entre Ramadi e Bagdá, assim como áreas vastas na Síria.  
A organização terrorista Daesh (proibida na Rússia e reconhecida como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecida como ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando o jihadista da tendência salafita jordaniano Abu Musab al-Zarqawi fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.


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