sexta-feira, 22 de setembro de 2017

NAMPULA VAI TER NOVA ZONA RESIDENCIAL URBANA

SOCIEDADE GP SOCIEDADE SOCIEDADE Larde debate benefícios da extracção mineira Munícipes repudiam fiscalização de viaturas de particulares Pag. 2 Pag. 3 pag. 6 Pag..7 Wamphula Fax Nampula, 22 de Setembro de 2017 . Ano XV .Edição número 2926 Director: Jerónimo C. Júnior O SEU JORNAL DE CONFIANÇA PROPRIEDADE DA COOP-NORTE JORNALISTAS ASSOCIADOS, SCRL E x e c u t i v o s aprendem sobre liderança ética Jovens chamados a contribuir NAMPULA VAI TER NOVA ZONA RESIDENCIAL URBANA F oi lançada a primeira pedra do projecto de urbanização e construção da denominada Modern Town Nampula, um conjunto habitacional que vai albergar 1.800 residências numa área de sete hectares, localizada a sensivelmente oito quilómetros do centro urbano da terceira maior cidade do país, avaliado, numa primeira fase, em cerca de nove milhões de dólares americanos. O lançamento do projecto que foi presidido pelo governador de Nampula, Víctor Manuel Borges, vai contemplar a edificação de moradias tipos 2, 3 e 4,e será executado por uma empresa chinesa e pelo Fundo de Fomento de Habitação, cujos custos de venda ao cidadão, irão variar de acordo com a oscilação cambial, mas que deverá situar- -se entre os 80 e 120 mil dólares, dependendo do tipo escolhido. Numa cerimónia muito concorrida, que contou com a presença do presidente do município da cidade, Mahamudo Amurane, o governador da província pediu aos residentes da Unidade Comunal de Namuatho, onde o projecto está a ser implantado, no sentido de colaborarem empenhadamente neste programa do governo de Moçambique que definiu a construção de casas de baixo custo. Para o presidente do município de Nampula, Mahamudo Amurane, este projecto vem ao encontro do desenvolvimento que a cidade está a conhecer e que implica a criação de melhores condições habitacionais para os munícipes, tendo enaltecido a iniciativa do governo central, sublinhando que a concepção do espaço onde vai ser erguida a futura zona residencial foi literalmente acarinhada pela edilidade.Wf Momentos do lançamento da primeira pedra da Modern Town Nampula LARDE DEBATE BENEFICIOS DA EXTRACÇÃO MINEIRA A organização não g o v e r n a m e n t a l moçambicana Livaningo, pioneira no país no tratamento dos assuntos ligados à gestão sustentável do meio ambiente, recursos naturais e bem-estar das comunidades onde está a ocorrer a respectiva exploração, promoveu recentemente no distrito de Larde, província de Nampula, um encontro de reflexão sobre os desafios e perspectivas para o desenvolvimento das populações abrangidas no projecto da multinacional Kenmare, de extracção de areias pesadas na localidade de Topuito. No encontro, a Livaningo, em parceria com outras duas organizações moçambicanas sediadas na província de Nampula, nomeadamente Kulima e AENA, debateram publicamente com vários segmentos da sociedade local, entre estudantes, académicos, sector público e privado, sobre a contribuição da indústria extractiva para o desenvolvimento sustentável e integrado das comunidades do distrito de Larde, onde actua a empresa Kenmare, na perspectiva da sua responsabilidade social e dos 2,75 por cento das respectivas receitas. Os objectivos específicos do debate visavam uma reflexão sobre os benefícios e perspectivas das comunidades reassentadas, no contexto do seu desenvolvimento sustentável e integrado, para além de difundir os mecanismos de alocação dos 2,75 por cento das receitas geradas pela extracção mineira às comunidades locais. Foi nesse sentido que representantes das comunidades representativas de Topuito defenderam o estabelecimento de mecanismos conducentes ao fortalecimento do diálogo e cooperação público/privada/comunitária, através dos comités de gestão de recursos naturais e desenvolvimento local. Aliás, a nova lei de minas e de petróleo, aprovada em 2014, estabelece que uma percentagem das receitas geradas pela extracção mineira ou petrolífera deve ser canalizada para o desenvolvimento das comunidades das áreas onde se localizam os respectivos empreendimentos, tendo o governo estabelecido, para o efeito, 2,75 por cento das receitas. Nesse contexto, aquelas organizações, passados dez anos que a Kenmare explora areais pesada na localidade de Topuito, entenderam levar à debate os ganhos e desafios da indústria extractiva que ocorre naquela região costeira da província de Nampula.Wf A Kenmare extrai areias pesadas em Moma há sensivelmente 10 anos Wamphula Fax 22 de Setembro de 2017 2 SOCIEDADE Wamphula Fax Informamos que dispomos de espaços para publicidades e anúncios classificados. Para mais informações contacte-nos: Cell. 879080540/844703961/826013330/Tel: 26216868/ e-mail: wamphulafax@gmail.com. Ficha técnica Editor: Vasco Fenita Redacção e Colaboradores: Areno Fugão (página governação participativa), Assane Issa, Carlos Tembe, Carlos Coelho, Mouzinho de Albuquerque e Luis Norberto Administração e publicidade:Augusto Madeira e Zaina Armando-Gestor do Facebook: Emerson Aquilino Colunistas permanentes: António Matabele e Viriato Caetano Dias Avenida Filipe Samuel Magaia, n.º 35/B - R/C,Tele/Fax:26216868, cel: 879080540 / 824555630 / 826702570 / 846013333 E-mail: wamphulafax@gmail.com Sexta-feira Wamphula Fax 3 PUBLICIDADE Wamphula Fax 22 de Setembro de 2017 4 PUBLICIDADE MUNÍCIPES REPUDIAM FISCALIZAÇÃO DE CARROS DE PARTICULARES Alguns munícipes residentes na cidade de Nampula manifestaram, através do nosso jornal o seu veemente repúdio face à inconsequente fiscalização de que têm sido objecto, de há uns tempos para cá, as viaturas de particulares por parte dos agentes da Polícia Municipal. “Não estarão os agentes em causa a exceder as suas atribuições? Interrogam, abespinhados, os denunciantes, que insinuam que estes «excessos horripilantes» cometidos gratuita e abusivamente pela Polícia Municipal, que chegam a exigir a apresentação amiúde (pasme-se!) da carta de condução, livrete, ficha de inspecção, entre outros documentos, estejam alinhados às crónicas extorsões com que os seus “pseudo-colegas” infernizam diária e impiedosamente os automobilistas. Segundo relato de Hermí- nio Paulo, há dias foi mandado parar por um grupo de agentes da Policia Municipal que, depois, lhe exigirem livrete do carro, carta de condução, ficha de inspecção, seguros e manifesto. «Eu não neguei entregar os documentos pedidos, mas fiquei embasbacado e, então, não resisti a observar-lhes que aquela tarefa não era da sua competência… seguiu- -se um bate-boca que durou uma imensidão de minutos e acabou por me fazer perder o avião em que devia embarcar para Maputo, onde deveria apanhar outro rumo à África do Sul, onde me espera uma consulta urgente.Veja só o meu grande azar! E só me largaram quando exibi a minha carteira profissional de jurista… Urge, pois, que quem de direito ponha cobro a estas anarquias extorsionárias. Aliás, o senhor presidente do Concelho Municipal precisa de ”colocar o guizo aos gatos”, disciplinando-os, pois, como convém”- disse Paulo. Outra munícipe citadina, que não quis ser identificada, disse que a polícia Municipal da cidade de Nampula, tem estado ultimamente a agir fora da sua alçada. “O meu marido disse-me que, há dias, foi interpelado por agentes da Policia Municipal que lhe exigiram documentos, facto que, segundo me confessou, quase desencadeou uma briga entre as partes”- contou-nos ela. Já um outro munícipe, identificado simplesmente por Izaquel, afirmou que a Polícia Municipal não tem nenhum direito de exigir documentos aos automobilistas privados e o que está a acontecer resulta de motivações obscuras, ganância para, arvorados em autoridades rodoviárias, extorquir dinheiro aos incautos, que não conhecem as leis de trânsito» -rematou Izaquel. A nossa reportagem tentou, mas sem sucesso, ouvir a reacção da vereação da Polícia Municipal e fiscalização, através do respectivo porta-voz. Pois que, como quase sempre acontece à nossa reportagem, O mesmo não estava no seu posto de trabalho (isso durante todo o dia de 4ª feira e manhã de ontem). Entretanto, fomos informados que os agentes da Polícia Municipal podem autuar nos casos em que o automobilista, motociclista, ciclista ou peão não observarem o disposto no código das posturas municipais, concretamente proceder à mudança de óleos e abastecimento de viaturas em plena via pública, verter ou espalhar lubrificantes e combustíveis, sobre os pavimentos, reparar, lavar e estacionar a viatura sobre o passeio ou placa divisória das faixas de rodagem. É igualmente admitida a autuação dos agentes da Policia Municipal quando, eventualmente, alguém destruir qualquer semáforo, sinal vertical e horizontal. Wf Por parte da Polícia Municipal Estimado leitor colabore com o Wamphula Fax e com a página  Governação Participativa.  Pode  enviar o seu comentário ou opinião através de SMS para o número 87 908 0540, por email para  wamphulafax@gmail.com ou para a nossa página de Facebook (www.facebook.com/WamphulaFax). Sexta-feira Wamphula Fax 5 GOVERNAÇÃO PARTICIPATIVA Os munícipes são de opinião que a policia Municipal excedeu suas atribuições EXECUTIVOS APRENDEM SOBRE LIDERANÇA ÉTICA Gestores de diversas organizações, participaram há dias num seminário sobre a importância da liderança ética nas organizações, que teve como orador o administrador delegado do Instituto de Ética da África do Sul, Deon Rossouw. O seminário esteve centrado na identificação dos valores éticos que devem nortear às organizações na sua interac- ção com os demais intervenientes. Conforme explicou o director executivo do IODmz, David Seie, o seminário propôs- -se consciencializar os líderes para a necessidade de agirem com ética e integridade no seu quotidiano. “Qualquer líder tem de liderar com base em princípios éticos. Temos visto no País que muitos não têm dado importância aos valores da ética e isso tem um impacto negativo, tanto para o empresariado como para a sociedade. Há muitas empresas a falir, a despedir trabalhadores devido à ausência de uma liderança orientada por valores éticos”, disse David Seie. Por seu turno, o orador, Deon Rossouw, referiu-se à importância da observância ética por parte dos gestores das empresas. “A ética é vital para o bom desempenho de qualquer organização. Se a organização negligenciar este aspecto não atingirá os resultados desejados”. “A sua não observância tem efeitos nefastos no desempenho da empresa, na vida dos trabalhadores, dos clientes e da sociedade”, acrescentou o administrador delegado do Instituto de Ética da África do Sul, que também chamou à atenção para a necessidade de os gestores de organizações não liderarem ou relacionarem-se com os seus subordinados com recurso à intimidação, mas sim baseados em valores éticos, tais como o respeito e a integridade. “A liderança ética é uma condição prévia para a sustentabilidade de uma organização. Os gestores que lideram as suas organizações de uma forma ética aumentam o sucesso e a sustentabilidade das suas organizações. Igualmente, garantem que os seus funcionários, clientes e fornecedores se mantenham leais e comprometidos com a sua organização”, concluiu Deon Rossouw.Wf De várias empresas David Seie, Director Executivo do Instituto de Directores de Moçambique Participantes do evento Wamphula Fax 22 de Setembro de 2017 6 SOCIEDADE JOVENS CHAMADOS A CONTRIBUIR O Fórum Sustentável de Moçambique realizado na capital do país, esta semana, pela Comunidade Global Shapers de Maputo e sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU), concluiu que os jovens devem contribuir com o seu saber, inovação e criatividade para a implementação dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), determinados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para transformação do mundo até 2030. O evento, que juntou, em Maputo, jovens, académicos e representantes da sociedade civil, discutiu questões relacionadas com implementação dos ODS no nosso País. Na hora de fazer o balanço da realização do Fórum, Fei Manheche, representante da Global Shapers de Maputo, referiu que o evento foi bastante positivo, na medida em que os intervenientes debateram activamente os desafios dos ODS inseridos na “Agenda 2030”. “Debatemos diversos aspectos relacionados com os ODS, sobretudo atinente à forma dos jovens e a sociedade civil poderem contribuir para o alcance dos mesmos”, explicou Fei Manheche, acrescentando que, no evento, foram também discutidas as normas que devem ser observadas pelos cidadãos para o cumprimento da “Agenda 2030”. Entretanto, a principal mensagem transmitida no evento, de acordo com o representante da Comunidade Global Shapers de Maputo, incidiu sobre a necessidade da assunção dos jovens como principais actores na implementação dos ODS. “Os jovens constituem peça fundamental para o cumprimento dos 17 objectivos porque são dotados de capacidade de inovação e de decisão sobre aspectos susceptíveis de ajudar a sociedade a desenvolver”, vincou Fei Manheche, assegurando que, no Fórum Sustentável de Moçambique, ficou também evidente de que o sucesso da “Agenda 2030” não depende apenas do governo. “Os jovens e a sociedade civil têm uma grande responsabilidade para o alcance dos ODS em 2030, sobretudo dos três principais objectivos que elegemos para o debate,designadamente para as áreas de saúde, educação e emprego”, observou. O oficial de mobilização social das Nações Unidas em Moçambique, Ney Cardoso, contextualizou, por sua vez, a adopção dos ODS, a 1 de Janeiro de 2016, referindo que “o processo de criação de um conceito de desenvolvimento sustentável decorre desde 1983, com a criação da 1ª comissão sobre o meio ambiente e desenvolvimento ao nível das Nações Unidas”. Prosseguindo, Ney Cardoso vincou que a ONU espera, com estes objectivos, alcan- çar, até 2030, o desiderato de um mundo melhor para todos. “Desejamos ver as nossas vidas melhoradas e os nossos direitos respeitados”, referiu. No entanto e a propósito do Fórum Sustentável de Mo- çambique, o oficial de mobilização social das Nações Unidas no nosso País salientou que o alcance dos ODS passa pelo fortalecimento dos governos nacionais e da sociedade civil. “A ONU dá suporte técnico para que os ODS sejam implementados efectivamente. Seja através da capacitação de organizações, da criação de espaços de diálogo e do fortalecimento da sociedade civil, para que esta tenha uma voz mais robusta, bem como o apoio à outros projectos específicos relacionados com os 17 objectivos”, assegurou. Por sua vez, Eliana N’Zualo, gestora do evento e membro da Comunidade Global Shapers, na intervenção de encerramento, deixou transparecer expectativas optimistas. Afirmou que “a nossa ambição é grande, temos muitos desafios, mas também temos a vantagem de sermos muitos os jovens em Moçambique. Cabe a cada um dos presentes criar um efeito multiplicador para o envolvimento de todos os jovens.” Importa referir que a Comunidade Global Shapers é uma iniciativa do Fórum Económico Mundial, composta por uma rede internacional de 459 comunidades dispersas em vários países do mundo, incluindo Moçambique. Tem a incumbência de, ao criar e desenvolver projectos de impacto na sociedade, trabalhar em prol dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. (fds) Objectivos de Desenvolvimento Sustentável Participantes do fórum sustentável de Moçambique Sexta-feira Wamphula Fax 7 SOCIEDADE

Sem comentários: