segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Homem detido por escrever no Facebook que o líder dos Cidadãos “merece um tiro na cabeça”

 

Albert Rivera apresentou queixa em Madrid e o suspeito foi detido em Igualada, Barcelona. Em causa estão os crimes de ameaça grave e incitamento ao ódio.

Este não é o primeiro ataque de que o líder dos Cidadãos é alvo
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Este não é o primeiro ataque de que o líder dos Cidadãos é alvo JAVIER SORIANO
A polícia espanhola deteve esta sexta-feira um homem em Igualada, Barcelona, por ameaçar o líder dos Cidadãos, Albert Rivera, através das redes sociais. “A única coisa que merece [é] um tiro na cabeça”, escreveu o suspeito numa conversa com outras duas pessoas no Facebook, segundo o jornal espanhol El País.
Ameaça grave e incitamento ao ódio são os crimes que pendem sobre o homem, cabeleireiro de profissão, que foi detido ao início desta manhã, quando estava prestes a abrir o seu estabelecimento. Após a detenção, foi levado para o posto da polícia local, de onde sairá para ser presente a um juiz.
“Nos Cidadãos não vamos permitir ameaças a quem pensa de forma diferente. O nacionalismo da Catalunha provocou uma fractura social que levará anos para reconstruir”, disse o porta-voz do partido, que agradeceu à polícia pelo seu trabalho e à Justiça por “defender a segurança e a liberdade”.
Rivera apresentou queixa no tribunal de instrução número 51 na Plaza de Castilla, em Madrid. O caso foi entregue à Unidade da Polícia Judicial e ao Ministério Público, que analisaram as publicações em causa nas redes sociais e encontraram a referida conversa no Facebook entre as três pessoas. Na conversa, o primeiro interveniente diz: “Este Rivera nem tem formação.” O segundo responde: “Nem educação.” “Eu ia dizer o mesmo, mas teria terminado com a única coisa que merece: um tiro na cabeça”, respondeu o terceiro interveniente.
Este não é o primeiro ataque de que o líder dos Cidadãos é alvo, nem outros membros do partido. Em Setembro de 2017, a loja dos pais de Rivera, em Granollers, Barcelona, foi pichada com palavras intimidatórias contra o partido e o seu líder. Além dos graffiti, as grades metálicas foram cobertas com autocolantes e cartazes independentistas fazendo alusão ao referendo de 1 de Outubro, suspenso pelo Tribunal Constitucional.
Uma mulher que desejou via Facebook que a deputada dos Cidadãos Inés Arrimadas fosse violada em grupo foi condenada há dez dias. A mulher aceitou uma sentença de quatro meses de prisão por um crime contra a integridade moral que foi suspensa na condição de não cometer ofensas durante dois anos e de participar num “curso sobre igualdade e não discriminação, em particular por motivos de género e ideologia”.

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