sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Mercado de telecomunicações móveis cresceu em 2016 liderado pela Vodacom e Movitel, Mcel perdeu clientes


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Tema de Fundo - Tema de Fundo
Escrito por Adérito Caldeira  em 19 Janeiro 2018
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2º Relatório de Regulação das ComunicaçõesO mercado das telecomunicações móveis cresceu 11,1 por cento, entre 2015 e 2016, aumentando para pouco mais de 13 milhões subscritores no nosso país, dos quais estavam registados cerca de 12,4 milhões. A Vodacom continua a ser a operadora móvel com maior número de clientes, porém a Movitel foi aquela que mais cresceu enquanto a Moçambique Celular(Mcel) voltou a perdeu clientes.
“Em 2016, o mercado de telecomunicações móveis em Moçambique, compreendia um total de 13.086.554 subscritores, contra 11.850.227 no ano anterior” revela o  produzido pelo autoridade reguladora do sector que no entanto refere que desses cartões SIM somente 12.439.070 estavam registados.
De acordo com o documento do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique(INCM) com 5,5 milhões de subscritores, mais 6053 mil do que no ano anterior, a Vodacom Moçambique(VM) liderava o mercado em 2016, com mais de 1,5 milhões de clientes do que a Movitel.
A operadora “laranja”, que é aquela que mais penetração tem das zonas rurais, alcançou os 4 milhões de clientes, cerca de meio milhão mais do que em 2015, recuperando o segundo lugar no mercado que havia perdido em 2014 para a Mcel.
falida operadora estatal voltou a perder mercado, entre 2015 e pouco mais de 11 mil subscritores, amargando a última posição com aproximadamente 3,5 milhões de clientes.
O Relatório da Autoridade Reguladora das Comunicações atribui parte do crescimento “ao investimento efectuado nas zonas rurais pelo Fundo de Acesso do Serviço Universal (FSAU), a redução do custo dos telemóveis, bem como aos bónus atribuídos pelas operadoras o que forçou os subscritores a subscreverem os serviços de mais do que uma operadora para aceder aos serviços on-net”.
Investir em conectividade para minimizar perdas para serviços Over The Top
As receitas globais do sector das telecomunicações móveis cresceram de 23 mil milhões de meticais registados em 2015 para aproximadamente 26 mil milhões de meticais em 2016, um crescimento considerado tímido pelo INCM que aponta como causas a crise económica e financeira que Moçambique vive e migração dos subscritores das tradicionais chamadas de voz e mensagens de texto para os serviços Over The Top (uso de aplicativos de conversas de voz e troca de mensagens com imagens, conversas em grupo e outras funcionalidades por meio de plataformas IP como Whatsapp, Viber, Skype entre outros) e das chamadas on-net(mensagens ou chamadas realizadas dentro da mesma operadora móvel).
O documento da Autoridade Reguladora das Comunicações revela que o WhatsApp gera diariamente aproximadamente três vezes mais tráfego que o serviço de SMS e que os serviços Over The Top estão a custar as operadoras de telefonia móvel mundial avultadas somas.
Todavia as empresas de telefonia móvel em Moçambique “perceberam que podem obter benefícios com a oferta de uma boa conectividade 3G aos utilizadores de serviços Over The Top”.
Mcel continua a liderar no tráfego Off-Net
Relativamente ao tráfego dentro da mesma rede a Vodacom deteve o maior volume de tráfego, no período em análise, “com uma quota de mercado na ordem dos 46,5% equivalente a 5,41 mil milhões de minutos, muito abaixo de volumes de tráfego da Movitel (3,79 mil milhões de minutos) e da Mcel (2,43 mil milhões de minutos) correspondentes respectivamente a 21,0% e 32,5% de tráfego no mesmo ano”, indica o Relatório.
Contudo a Mcel continua a liderar no tráfego Off-Net, aquele que é originado na rede de uma operadora e terminadas na rede de outra operadora de telefonia móvel, tendo registado 1.093 milhões de minutos em 2016, contra os 949 milhões de minutos atingidos em 2015.
Perda drástica teve a Movitel que detinha 2,1 mil milhões de minutos de tráfego Off-Net, em 2015, e viu a sua quota de mercado reduziu para 199 milhões de minutos em 2016. A VM atingiu 574 milhões de minutos em 2016 contra 395 milhões de minutos atingidos em 2015.

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