domingo, 18 de fevereiro de 2018

Para atenuar a dor, os colegas da mãe de Maëlys oferecem-lhe quase três anos de licença do trabalho


Os 1300 funcionários do hospital onde Jennifer Cleyet-Marrel trabalhava como enfermeira no turno da noite mostraram-se solidários com o sofrimento provocado pelo desaparecimento da menina de nove anos, cujo corpo foi encontrado nesta quarta-feira.
Maëlys de Araújo desapareceu em Agosto, quando estava numa festa de casamento com a família
Foto
Maëlys de Araújo desapareceu em Agosto, quando estava numa festa de casamento com a família CORTESIA: JENNIFER CLAYET MARREL/FACEBOOK
Numa onda de solidariedade para tentar atenuar a dor da mãe de Maëlys de Araújo (a menina luso-descendente de nove anos cujo corpo foi encontrado nesta quarta-feira), os seus colegas de trabalho no hospital francês de Pontarlier, perto da fronteira com a Suíça, ofereceram-lhe horas de trabalho, num total de 572 dias — o que, com dias de descanso, equivale a quase três anos, noticia a France 3 – para que a enfermeira pudesse enfrentar a tragédia sem perder o seu salário.
A oferta já tinha sido feita na altura em que ainda não tinham encontrado o corpo. Participaram mais de 1300 funcionários do hospital, que tinham até ao final de Dezembro de 2017 para dizer quantos dias pretendiam “doar”. Desde que a sua filha desapareceu no final de Agosto, num casamento, que Jennifer Cleyet-Marrel não tinha voltado ao trabalho; Jennifer trabalhava como enfermeira no turno da noite, escreve o Le Parisien. Em média, cada funcionário do hospital ofereceu 2,27 dias a Jennifer Cleyet-Marrel.
“Esta solidariedade não nos surpreendeu, e ficámos muito emocionados quando chegou”, disse a responsável sindical da Confederação Geral do Trabalho no hospital, Lydie Lefebvre, citada pela imprensa francesa. “Será ela [a mãe de Maëlys] a decidir o que fazer com estes dias, se quer voltar progressivamente em part-time ou tomar o seu tempo”, afirmou ainda.
O principal suspeito da morte da menina é Nordahl Lelandais, um ex-militar de 34 anos que já estava em prisão preventiva. Segundo o procurador da República em Grenoble, Jean-Yves Coquillat, o suspeito “disse que matou Maëlys involuntariamente e se livrou do corpo”. "Ele matou a criança e enterrou-a num lugar perto de sua casa, voltou para o casamento, depois pegou no corpo novamente e levou-o para a floresta." Lelandais, acusado desde Setembro da morte da luso-descentente, recusou-se a explicar o que aconteceu ao certo. Os restos mortais da menina só foram encontrados nesta semana, depois da “cooperação” do suspeito.
Depois de o corpo ter sido encontrado, Jennifer Cleyet-Marrel fez uma publicação no Facebook, dirigindo-se ao “monstro” que matou a sua filha Maëlys. “A ti, o assassino da minha filha: a Maëlys vai assombrar as tuas noites e os teus dias na prisão até que morras e ardas no inferno”.

“Será ela [a mãe de Maëlys] a decidir o que fazer com estes dias, se quer voltar progressivamente em part-time ou tomar o seu tempo”.
Os 1300 funcionários do hospital onde Jennifer Cleyet-Marrel trabalhava como enfermeira no turno da noite mostraram-se solidários com o sofrimento provocado…
PUBLICO.PT
Comentários
Isilda Espanha Grandes colegas.Bem hajam.Essa mexeu comigo.Eu quando perdi a minha filha tive um estepor de um chefe que me infernou a vida.Sou católica ele está vivo que morra com a carne a cair lhe aos bocados .Sempre foi um cão para os indefesos um covarde para os mais decomentados.Que não consiga levar o pão há boca.Perder um filho? Só quem passa Deus vos livre
Gerir
Gouveia Silva Armando Idêntico passei pelo mesmo infelizmente
Gerir
Teresa Potier Dias Meireles Cada vez é mais difícil colocar -se no lugar dos outros. Um bjinho
Gerir
Beatriz Cotrim Ainda bem que há pessoas com um coração do tamanho do mundo . Esses pais iram precisar de muito apoio , foi um rapto e um assassinato , nenhum pai merece este sofrimento .
Gerir
Aurora Oliveira Que este ato sirva de exemplo para todos aqueles só pensam em fazer mal aos colegas um bem aja para todos eles e muita força para esta mãe pois como mãe que também sou não consigo pensar nessa dor é demais
Gerir
Marisa Isabel Ainda há gente que é gente! Que bondosos são estes colegas. Há esperança num mundo melhor...
Gerir
Dulcinea Gonçalves Isto sim chama-se colegas solidários e que compreendem a dor de uma mãe com o coração despedaçado! PARABÉNS vocês são espectaculares com um CORAÇÃO do tamanho do MUNDO. 👏👏👏👏💞💞💞
Gerir
Responder8 h
Beatriz Cardoso Gesto lindo, embora se fosse eu, acho que preferia trabalhar para ajudar a passar o tempo. Que Deus ajude esta família!!
Gerir
Isabel Carneiro É a 2a vez que vejo este gesto, em França. Bonito, sem dúvida e tão possível se todos colaborarem...Oxalá comece a ser seguido e o mundo será melhor!!!
Gerir
Rosa Miranda Não podiam ter gesto mais solidário, para com esta mãe que tento sofre. Um bem haja a todos.
Gerir
Margarida Goncalves Verdadeira solidariedade!
Colegas que ajudam e não se aproveitam da desgraça!
Gerir
Ana Moderno Um bem aja a pessoas de bom coração p minimizar o sofrimento k ninguém gostaria de passar..bjs tdo de bom a essa mãe e aos bons colegas..
Gerir
Responder1 dia(s)Editado
Luís De Figueiredo Pereira Não sei se é o melhor caminho. Se calhar o trabalho ajudava a ocupar a cabeça com outras coisas. Mas é um gesto bonito.
Gerir
Idalina Rocha Nené Mas isso só a mãe da menina é que vai decidir aceitar esse tempo todo ou regressar quando se sentir preparada para o fazer, saber que tem tempo para fazer o luto já é muito bom
Gerir
Responder14 h
Luís Pinto Luís Grande gesto. Mas há aí um qualquer problema com a matemática apresentada na reportagem
Gerir
Miguel Maia Ziano 1300 funcionários x 2.27 dias= 2951 ...
Gerir
Luís Pinto Luís Miguel Maia Ziano Pois, dava prai 10 anos de férias
Gerir
Anabela Melo de Carvalho A equação matemática pode até estar errada... não é o mais "importante"...
Gerir
Ana Lopes Não diz que todos deram dias portanto é 2.27 daqueles que os deram
Gerir
Maria Da Luz Gomes Parabéns a estes GRANDES ENFERMEIROS por este gesto de solidariedade tão grandioso
Gerir

Sem comentários: