terça-feira, 20 de março de 2018

Carro sem condutor mata mulher e leva Uber a parar testes


Não é a primeira vez que um carro autónomo tem acidentes, mas será a primeira vez que uma pessoa é atropelada mortalmente por um.
Um dos carros autónomos da Uber
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Um dos carros autónomos da Uber LUSA/UBER HANDOUT
Uma mulher morreu no estado norte-americano de Arizona depois de ter sido atropelada por um carro da Uber que se movia de forma autónoma, na noite de domingo para segunda-feira. O veículo seguia com duas pessoas a bordo, mas participava num teste de condução autónoma. A Uber suspendeu por agora o programa de testes nos Estados Unidos e no Canadá.
Segundo a Reuters, este é o primeiro caso de uma morte por atropelamento causada por um veículo autónomo – que ainda estão a ser testados por todo o mundo, sobretudo pelas questões éticas que são levantadas ao delegar para os sistemas de inteligência artificial dos carros decisões que podem afectar a vida humana.
O acidente aconteceu na madrugada de domingo para segunda-feira e o carro estava em modo autónomo, diz a polícia, ainda que estivesse um homem no lugar do condutor. Segundo a polícia, havia uma segunda pessoa dentro do veículo. As autoridades referiram que o automóvel seguia em direcção a norte, quando uma mulher atravessou a estrada fora da passadeira, de oeste para este, acabando por ser atingida pelo carro da Uber.
As autoridades não deram mais informações sobre a vítima, que ainda foi transportada com vida para o hospital, acabando por não resistir aos ferimentos.
A empresa expressou condolências pela morte e garantiu que estava a colaborar com as autoridades, escreve a Reuters.
Ainda que esta seja a primeira vez que um carro autónomo atropela uma transeunte, não é a primeira vez que há uma morte associada a este tipo de veículos. Em 2016, uma colisão entre um Tesla Model S e um camião resultou na primeira morte envolvendo veículos sem condutor. O Tesla não activou o sistema automático de travagem e embateu num camião, por não ter conseguido distinguir um camião branco de um céu brilhante. O ocupante que seguia no carro, e que tinha confiado a condução ao automóvel, acabou por morrer.
  1. Antes que comecem as lamúrias exclusivamente emocionais e as histerias alarmistas de redes sociais, deixem-me recordar o seguinte: O que aferirá as vantagens do uso de AI em condução autónoma de veículos automóveis não é este nem mesmo outros múltiplos acidentes que possam vir a acontecer mas antes a análise estatística do número de acidentes por horas de condução, quando comparadas com a condução feita por humanos.
  2. Concordo com o José. A ciência é importante mas tem que estar sujeita aos interesses humanos. E se a tecnologia não melhora o desempenho humano, tem que ser aperfeiçoada antes de ser adotada.
  3. Se a pessoa atravessou a estrada fora da passadeira, sujeitou-se. Este desfecho era igualmente provável caso fosse alguém a conduzir o veículo. É trágico, mas nenhum sistema semelhante irá alguma vez anular a incúria humana. Moral da história: a estrada é para atravessar na passadeira, e depois de olhar para os dois lados.
    1. Jorge Sm
        Portugal 
      As pessoas só têm de atravessar na passadeira quando existir uma (em Portugal, só quando existir uma a menos de 50 metros).
    2. Incompetente
        Barracão nº 33
      do artigo 101º do código da estrada: "1 — Os peões não podem atravessar a faixa de rodagem sem previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância que os separa dos veículos que nela transitam e a respectiva velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente. "
    3. Jorge Sm
        Portugal 
      Que incompetência, ó Incompetente!
    4. Incompetente
        Barracão nº 33
      A única incompetência aqui é a sua que trunca a legislação como bem lhe apetece para satisfazer a sua argumentação. Tal como o código da estrada bem explica, estar a mais de 50m duma passadeira não é uma carta branca para atravessar.
  4. Há um crime de homicídio que tem de ser assumido. Tem de haver um criminoso, uma acusação, um julgamento, uma pena.
    1. Incompetente
        Barracão nº 33
      Leu sequer a notícia? "mulher atravessou a estrada fora da passadeira" Se alguém se mandar para o meio da estrada e você a atropelar também é homicídio? Pouse lá a forquilha e a tocha. Mas que ignorância...
    2. Jorge Sm
        Portugal 
      Se o Incompetente não conduz, é desculpável. Se conduz, é grave que não saiba que as pessoas têm direito a atravessar a estrada fora da passadeira, quando não existe pasadeira (a menos de 50m, no caso de Portugal). Se não conhecemos as circunstâncias em que ocorreu esta morte, como é que se pode à partida achar que a culpa foi da vítima?
    3. Incompetente
        Barracão nº 33
      Para além de nos EUA atravessar sem passadeira ser uma ilegalidade, aconsenlho-o a ler o ponto 1 do artigo 101º do Código da estrada: "1 — Os peões não podem atravessar a faixa de rodagem sem previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância que os separa dos veículos que nela transitam e a respectiva velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente." Portanto a culpa é logo da vítima pois estava a cometer uma ilegalidade e mesmo se não fosse ilegal, como nem o sistema autónomo do veículo nem o ocupante conseguiram parar a tempo, a culpa continua a ser da vítima mesmo pelas leis portuguesas pois a senhora manda-se para a estrada de qualquer maneira não dando sequer tempo a um sistema automático de travar.
    4. Jorge Sm
        Portugal 
      O sr está a inventar factos. E já sentenciou a vítima sem conhecer as circunstâncias em que ocorreu o atropelamento.
    5. Jorge SM, Quais são, exactamente, os factos que acusa o Incompetente de ter inventado?
    6. Jorge Sm
        Portugal 
      "Manda-se para a estrada", "não conseguiu travar", etc. Naquele em que o carro autónomo se esmagou contra um camião por ter confundido um camião com uma nuvem, matando uma pessoa, já estou a imaginar que a culpa, à partida, foi da nuvem. Não percebo como querem meter as mãos no fogo por uma máquina, preferindo à partida julgar uma vítima sem conhecer as circunstâncias do atropelamento.
    7. Não é claro que a pessoa tivesse uma passadeira por perto, quando decidiu atravessar. Isso não é referido, apenas sabemos que atravessou fora da passadeira. Em todo o caso, há uma quota parte considerável de responsabilidade da vítima - não foi atropelada no passeio, mas na estrada.
    8. Incompetente
        Barracão nº 33
      "inventar factos". Seria bom que este comentador fosse ao funda das notícias e ficar-se pelas meias-verdades do Público. Facto: a vítima empurrou do passeio para a faixa de rodagem uma bicicleta no momento em que o veículo autónomo ia na sua direcção. Facto: nem o veículo autónomo nem o seu ocupante, um técnico da uber que estava a realizar testes conseguiram travar a tempo.

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