sábado, 24 de março de 2018

SUPREMO TRIBUNAL DE PORTUGAL DÁ LUZ VERDE A INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONTRA KOPELIPA


Já é do conhecimento público que corre no DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal, o mais importante órgão de investigação criminal em Portugal) uma investigação criminal contra o general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”.
Essa investigação começou em 2013, fruto de uma denúncia do embaixador angolano Álvaro Parreira, complementada por Rafael Marques. Como era habitual na época, a investigação começou por ser arquivada pelo Ministério Público português, para descanso dos oligarcas angolanos. Como já temos afirmado variadas vezes, a prática das magistraturas portuguesas face a Angola foi, durante anos, de completa subserviência aos interesses dos políticos portugueses, que por sua vez, se encontravam enfeudados a Luanda. Portanto, não admira que a denúncia contra Kopelipa tivesse sido arquivada.
Contudo, o então novo director do DCIAP, Amadeu Guerra, que tomou posse precisamente em 2013, inverteu a habitual deferência política do Ministério Público e, por despacho, avocou (chamou a si) o inquérito e mandou avançar com ele. Desde essa tomada de decisão, os advogados de Kopelipa têm esgotado todas as formas recursais para impedir a investigação. De tudo recorreram. Do despacho de Amadeu Guerra, da decisão sobre o despacho, da competência dos portugueses para investigar Kopelipa em Portugal… Enfim, um carrossel de recursos relativamente a uma investigação que ainda nem sequer produziu acusação…
Aparentemente, nesta investigação estão em causa movimentos bancários de Kopelipa em Portugal de mais de 400 milhões de euros, sem que se saiba a sua proveniência efectiva. Isto é, os bancos portugueses terão andado, anos e anos, a lavar dinheiro de Kopelipa, sem qualquer controlo. É evidente que, se esta investigação chegar ao fim, não é só Kopelipa quem fica em maus lençóis, mas todos os seus associados portugueses, na banca, nos hotéis de Cascais e nas quintas do Douro. Note-se que 2013, ano em que este processo se inicia, é o ano em que Rui Machete, então triste ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, pede as abjectas desculpas diplomáticas a Angola pelas investigações em curso.
O certo é que se chega a 2018 sem acusação e com constantes recursos interlocutórios (isto é, referentes a assuntos secundários e de andamento processual, não a assuntos materiais de fundo). Finalmente, estava tudo decidido no sentido de o DCIAP ter competência para investigar Kopelipa e o despacho de Amadeu Guerra ser válido, quando os sofisticados advogados de Kopelipa descobriram mais um motivo de recurso. Agora, o motivo era a contradição da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, que mandava avançar a investigação contra Kopelipa, face a outra decisão do mesmo tribunal, segundo a qual não era possível investigar outro cidadão angolano, neste caso o general Leopoldino do Nascimento. Ora, havendo uma contradição de decisões sobre factos semelhantes, pode-se recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça para uniformizar a jurisprudência, decidindo qual das versões é válida. É isto que os advogados de Kopelipa consideravam existir: uma contradição de julgados, o que os levou a recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça.
Este tribunal supremo de Portugal, pela mão do juiz conselheiro Souto Moura, antigo procurador-geral da República de Portugal, decidiu em 15 de Março de 2018 que os factos referentes a Leopoldino do Nascimento e Kopelipa são de naturezas diferentes, não havendo qualquer contradição de julgados. Assim, declarou improcedente o recurso e considerou que a investigação contra Kopelipa podia continuar.
Com a luz verde do Supremo Tribunal de Justiça relativamente à investigação dos movimentos financeiros de milhares de milhões de euros de Kopelipa em Portugal, aparentemente não justificados, espera-se que o DCIAP termine rapidamente o seu inquérito e produza o despacho final neste processo.
É importante que o povo angolano tenha consciência das actividades ilícitas que os seus líderes andaram a efectuar por esse mundo fora, apropriando-se da soberania angolana para fins privados (para enriquecerem), e escudando-se nessa soberania para manterem impunidade.
Não é só Manuel Vicente que se tem furtado à justiça. Não foi só o procurador Orlando Figueira (actualmente a ser julgado por corrupção em Portugal) que arquivou processos contra dirigentes angolanos. No caso Kopelipa também há matéria mais que suficiente para acusação, bem como um procurador “arquivador”. Aliás, já na famosa operação Furacão (operação portuguesa relativa a determinados ilícitos financeiros e fiscais por parte de bancos e empresas), em 2007, tinha surgido o nome de Isabel dos Santos, o qual seria rapidamente afastado do inquérito por decisão dos procuradores portugueses.
Todas as investigações à oligarquia angolana, seja em Angola – a José Filomeno dos Santos e Isabel dos Santos –, seja em Portugal – a Kopelipa, Tchizé dos Santos e Manuel Vicente – têm de chegar ao fim e obter resultados.
Sansao Celestino · 
Comercial na empresa Atlanfina
Bom 400 milhões e poucos de euros é muita verba,vamos já fazer assim,como temos estudantes bolseiros doentes com juntas medicas e outros angolanos a passarem mal em Portugal, vamos só já dividir assim:
200 milhões para pagar saúde e formação académica de Angolanos cá na Tuga.
100 milhões ficam com o general.Por causa dos serviços prestados a nação.
Os102 milhões,pagar as faturas de importadores angolanos.
Problema resolvido.
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Sem cadeia nem nada? Desde este tempo todo, quantas pessoas morreram nos hospitais por falta de assistência. Quantas viaturas danificadas por estradas esburacadas, quantos lares destruídos por causa da fome, quantas empresas faliram por... o pais inteiro foi a falencia por causa destes dinheiros roubado. Cope. 400, Dino outros 350, Isabel, 700, Zenu, 500, zemaria 300, Joao Pinto apenas 100 mil é so boca, mais não apanhou nada. Etc.etc.
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José Jorge · 
Piloto Comandante na empresa TAAG
Pedro Lemos Lemos E ainda há quem atribua prémios...é fantástico!...
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Beatriz Cassule · 
Trabalha na Empresa Ministério da Agricultura
Já está mais do que na altura de deixarmos de ver investigação como coisa do outro mundo e principalmente escandalizarmo-nos quando são nomes sonantes, isso porque investigação é um processo que permite averiguar se o investigado é ou não culpado de um determinado crime e é legitimo que diante de factos que provam a ocorrência de um crime, se responsabiliza o autor, disse e bem o presidente João Lourenço “ Ninguém é tão forte que não pode ser julgado, nem tão fraco que não mereça ser protegido”.
Ninguém está acima da Lei e todos os gestorres, p+olíticos e govetrnantes compete darem o exemplo ético e moral aos Povos! Que justiça seja feita, pois os angolanos pacíficos estão em sofrimento por causa da grande corrupção!
Os cofres do estado Angolano ficaram quase vazios. Uma dúzia de pessoas tornaram-se multi-milionários ou bilionários, porque trabalharam muito mais do que os 25 milhões de habitantes? Como é que se percebe isto?.
Pois bem 400 milhoes é muita fruta, por assim dizer este Lacaio precisa pagar este dinheiro de volta, conhecido pelo grupo dos intocavéis, terá que acertar essas continhas o mais rapido possivel.
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Se partirmos do principio de que o desempenho de uma equipa reflete a capacidade de liderança do seu Chefe, facilmente se compreende quem esteve a dirigir este barco não preenchia os requisitos para comandá-lo, numa escala de 1à10, tenho muitas dúvida se chega à 3, incompetência total. Se existe alguma coisa que conseguem fazer muito bem é roubar, nisso penso a nivel do Mundo são medalhas de ouro. Uns sem vergonha, altitas morais,uns sem carácter, monstros com muito imperativo categórico, constituem um enorme mal para a sociedade Angolana. Lúcifer guarda-vos para um banquete, o tapete vermelho já está estendido.
Para alguém que entenda do assunto vai esta pergunta: caso os supostos corruptos forem julgado e sentenciados em Portugal e havendo provas que todos os valores foram retirados dos cofres e empresas do estado Angolano, será que Portugal seguirá o exemplo da Inglaterra e devolverá o dinheiro para Angola?
Acho muito bem e quero ver se o estado angolano tambem pede o julgamento em Angola. Os 400 milhoes de dolares vao voltar a Angola 😂😂😂🤣😂😊e isto 'e pouco pois tem muitos mais milhoes de dolares noutros sitios.
GostoResponder22 h
É uma promiscuidade politico/juridica que reflete bem quão fortes os laços são entre Angola e Portugal. O final dessa história parece cada vez mais longínquo.
Aos EUA nunca lhes passou pla cachimónia, plas avultadas somas, q estes gajos financiam o terrorismo?
Mas fez então o q com Eur 400.000,00?
Podem acontecer as investigações e os julgamentos que tiverem de acontecer, o que nos importa é o veredicto final (quem cometeu cumpre, quem não cometeu que vá para casa com a consciência mais do que tranquila).
O primeiro compatriota que disse em dividir o dinheiro incluindo o kope,acho que e da familia,nunca ouvi um gatuno a dividir o que ele roubou com o dono ta
Responder1 dia(s)
Victorino João Miguel · 
Trabalha na Empresa Estudante
Infelizmente na busca cega pela justiça, acabamos por defender a injustiça, digo isso porque, todos somos iguais perante a lei, sendo assim, do mesmo modo como dirigentes africanos são chamados a responder por supostos envolvimento em actos criminais, cidadãos de Estados como (europeu, americano, …), também deveriam ter o mesmo tratamento cá, cadê os processos? Cadê os acordos de tramitação de processos? Cadê ? Porque eles não foram santos nas suas andanças por estas terras.

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