13 de Abril 21h54 - 159 Visitas
As Alfândegas estimaram que tivessem apreendido uma tonelada e meia de marfim, no Porto de Maputo, ontem. No entanto, os números são outros. As autoridades apreenderam três toneladas e quatrocentos quilos de marfim.
De acordo com o assessor de imprensa da Autoridade Tributária, Fernando Tinga, são oitocentas e sessenta e sete pontas de marfim, que pesam pouco mais três toneladas e meia. No mínimo, terão sido abatidos quatrocentos e trinta e quatro elefantes.
Entretanto, ainda hoje, os motoristas membros da associação dos transportadores do Porto de Maputo manifestaram a sua indignação pela detenção do seu colega, que conduzia o camião com o marfim. Estes dizem que o seu colega não esteve e nem tinha obrigação no carregamento do camião.
Em contacto telefónico, o assessor de imprensa da Autoridade Tributária garantiu que decorria uma investigação interna para se apurar o possível envolvimento de funcionários neste crime.
O País tentou contactar a empresa chinesa Newlite, apontada como proprietária da mercadoria. Porém, no endereço indicado, a nossa reportagem apenas se deparou com um muro alto, com o portão trancado, sem reclame e sem ninguém para atender, num local ermo da zona de Beluluane, na província de Maputo.Autoridade Tributária apreendeu 3,5 toneladas de 867 pontas de marfim
Pelo número, 867 pontas representam 434 elefantes abatidos.
As Alfândegas de Moçambique apreenderam no porto de Maputo, cerca das 11h00 da passada quinta-feira, um contentor contendo 867 pontas de marfim, pesando 3,5 toneladas. O produto foi embalado em Beleluane, em Maputo, e tinha como destino o Camboja. O contentor apreendido faz parte de um conjunto de seis que continham material plástico reciclável. A informação foi divulgada por Fernando Tinga, assistente de Comunicação na Direção-Geral das Alfândegas. Mas apenas o motorista do camião que transportou o contentor é que está implicado no escândalo. Apesar de a mercadoria ter estado pronta para zarpar, mais ninguém está implicado: nem os fiscais, nem alguém das autoridades portuárias, nem a empresa do partido Frelimo que faz o “scanner”.
“A mercadoria foi apreendida por volta das 11h00 num exercício de fiscalização usando o ‘scanner’.
Eram seis contentores”, disse Fernando Tinga e acrescentou que o proprietário da mercadoria, uma empresa registada em Moçambique, declarou que se tratava de resina. Mas durante a fiscalização verificou-se que era “produto plástico reciclável e não a resina”.
“Por outro lado, chegámos a conclusão de que, num dos contentores, havia pontas de marfim em quantidades até aqui não conhecidas, porque ainda não fizemos a contagem”, disse Fernando Tinga.
Na quinta-feira, a Autoridade Tributária emitiu um comunicado em que indica que foram apreendidas “867 pontas de marfim disfarçadas de garrafas plásticas prensadas para reciclagem e acondicionadas num contentor de 40 pés”.
Segundo o documento de exportação que está na posse das autoridades aduaneiras, a mercadoria apreendida tinha como destino o continente asiático, concretamente o Camboja,
Esta é considerada a maior apreensão de todos os tempos de um dos produtos abrangidos pela CITES (Convenção Internacional sobre espécies da Fauna e Flora), da qual Moçambique é signatário.
A Autoridade Tributária presume que, para a acumulação desta quantidade de marfim, tenham sido abatidos 434 elefantes.
A mercadoria pertencia a uma empresa registada em Moçambique, e especializada na produção de plásticos.
Este é o primeiro caso de exportação de produtos desta natureza a partir de um porto. A exportação tem sido feita por via aérea e em pequenas quantidades. (André Mulungo)
CANALMOZ – 16.04.2018
_*Alfândegas apreendem uma tonelada de marfim*_
Nunca se tinha visto nada parecido antes.
As Alfândegas de Maputo apreenderam, segundo estimam, mais de uma tonelada e meia de pontas de marfim, o que representa a maior apreensão em todo país.
Uma autêntica razia de elefantes é o que deve ter sido feito para se juntar a quantidade de marfim, disfarçada em fardos de garrafas de plástico recicláveis e detectada pelo scâner do porto de Maputo por volta das 11 horas de hoje.
Até agora, ninguém foi detido em conexão com o caso, mas, segundo o assessor de Imprensa da Autoridade Tributaria, o proprietário da mercadoria já foi notificado.
As pontes de marfim apreendidas equivalem ao abate de cerca de 90 elefantes.
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